21 w.7 Gênio Bethnael בתנאל – Shin ש


Gematria: 2+400+50+1+30 = 483 = 4+8+3 =15 = 1+5 = 6 

Relacionado a Hod (5+6+4 = 15); Abba Pai (1+2+2+1=6)

Outros nomes encontrados: Béthuel, Beth-Naél e Ram.

Tem relação com Hiddkel, o rio do Eden relacionado ao elemento Ar, fluindo a Tiphereth.

Dia da Lua: Mestre das Influências Cósmicas do 7º  Dia de Lua Cheia. A 21ª Morada Lunar se estende de 257º 08′ 36” a 270º 00′ 00” do seu ponto de partida, ou seja, de 17º 08′ 36” de Sagitário a 30º 00′ 00” do mesmo signo.

Forças em ação no ciclo lunar: A força da Lua Cheia (Ar) que manifesta seus fluxos mediante as pulsações de seu próprio centro (Ar do Ar) em sua terceira fase.

Bethnael é o sétimo da ordem das Ides (Lua Cheia) e situa-se na vigésima primeira morada filosofal da Lua (ou mansão Lunar).

1.1     Descrição Sephiroth cabalística

Trata primordialmente das forças do Ar, o “Vô” – disposto na relação YHVH – יהוה – Yod-He-Vô-He, cuja natureza é o movimento, que se move em espiral, oposto a estabilidade, o manancial de inteligência oriundo da inteligência primordial que se expressa pelo pensamento, e, aqui, refere-se as forças da Ar, o sopro imperecível de vida ou suspiro criador, que penetra a todos os seres, facultando que vivam e subsistam, movendo e preenchendo a tudo, que proporciona a manifestação pelo movimento das energias dos mundos superiores até a manifestação, atuando sobre o Ar do Ar que se refere Sephirah Yesod e ao signo de Gêmeos (conforme posição na Árvore – na terceira fase da Lua – “Vô” – Yetzirah) o terceiro signo do elemento Ár. Neste ponto, o Pensamento atuará sobre si mesmo com movimento e rapidez. O Ar alimenta o Fogo, anima a Água e nutre a Terra. Temos aqui o elemento mais tónico já que é possível embriagar-se com oxigênio ou ficar atordoado com sua ausência. Possui o movimento rápido, a calmaria ou mesmo a confecção dos redemoinhos e furacões. Sua calmaria pode ser o prenuncio anterior à tempestade; assegura, inclusive, as tormentas elétricas como os raios, trovões, mas, em todos os casos, vislumbra uma série de situações e possibilidades. Cumpre então conscientizarmo-nos enfaticamente do Ar interior, das tensões internas, refletir ante os transtornos interiores, evitar decisões apressadas já que aqui trata-se um ponto de grande movimento. Deste modo, o trabalho com Pensamento, aqui, consiste em desacelerar a mente, frear ou controlar seus próprios impulsos, refreando seu alento ou, aproveitando esta fase, impulsioná-los com mais propriedade e dinamismo, se necessário, já que estamos diante de um momento em que podemos exteriorizar a ideia, a razão com propriedade.

 Na 21ª Morada lunar se encontra ativo o Schin, de onde provém a palavra ou o nome de poder Shiah (Shin-Yod-Hé – שיה). Seu atributo: Deus Salvador.

No 31º Caminho a Água do Ar atua através do Ar sobre a Terra, ou seja, Mercúrio trabalha através do Ar sobre os elementos cósmicos, assim, como temos, neste ponto as forças da Ar (da Lua Cheia) empreendendo sobre o Ar do Ar perceberemos uma grande concentração aérea rumo a Terra, o que dá ensejo a Inteligência Perpétua potencializada. Diz-se que esta inteligência “regula os movimentos do sol e da lua na sua própria ordem, cada um em sua própria órbita”, ou seja, favorece a saúde do corpo etérico e físico pela inteligência, equilibrando as energias, os polos masculino e feminino. Favorece também a senda da instrução material, da conscientização sobre a imaginação.

Letra segundo Lenain: “Shin “c” (21), de onde provém o nome Schadaí שדי (omnipotens), cujo significado é Deus todo-poderoso. Essa letra é atribuída ao segundo princípio de Deus, aquele que dá origem a todas as substâncias vegetais.”

Shin é a vigésima primeira letra força – é uma letra mãe. Na tabela das letras hebraicas o Shin (300) situa a esquerda do Lamed (30), que representava a interiorização de Ghimel (3), portanto em Shin é que Ghimel se exterioriza.

A letra força Shin “c” (300) expressa hieroglificamente o mesmo que Zain “z” e Samech “s”, algo como uma flecha, mas aqui, procura uma meta determinada, com ritmo e periodismo.

A figura do Tarô refere-se ao Louco, cuja cobertura na cabeça é uma representação da Letra Shin e que se refere a Ruach Elohim – o espírito genético de Deus que pairava sobre as águas. Letra esta que quando colocada no topo do Tetragrama forma a palavra Yehashuah (יהשוה) conhecido pelos Cristãos no conceito histórico como Jesus.

O Louco carrega um alforje nas costas à altura da cabeça um pacote com suas experiências e uma roupa em farrapos. Caminha em direção ao abismo, apoiado em um bastão (símbolo da força espiritual), olhando para o alto, sem se preocupar enquanto um cão lhe morde a perna, insensível ao que ocorre na parte baixa de seu corpo. No precipício se acha um crocodilo disposto a devorá-lo.

No baralho egípcio aparece a figura de um crocodilo que é tomado como Seth, o Satã, o Eu psicológico (ego, que difere do Eu físico), o Mim Próprio. Mas é interessante notar que o Livro dos Mortos dos egípcios diz textualmente:

“Eu sou o crocodilo sagrado Sebekh. Eu sou a chama de três pavios e meus pavios são imortais. Eu entro na região de sekem, eu entro na região das chamas que derrotaram meus adversários.”

Nesta concepção o crocodilo sagrado Sebekh simboliza o Íntimo (em Hesed) com seus três pavios, isto é, a divina tríada reencarnando−se incessantemente, para alcançar a perfeição.

No sentido mais espiritualizado refere-se ao Cristo que abandona os Céus, o paraíso para mergulhar até Malkuth em uma missão. Um Mestre de compaixão (o Louco) que renuncia ao paraíso para auxiliar a humanidade, daí vem o atributo Deus Salvador.

Em sentido inferior refere-se ao crocodilo tomado como Seth, o Satã, o Eu psicológico, a situação do ser humano quando suas paixões, seus vícios, a supervalorização dos sentidos prevalecem; dessarte, aqui, o Louco do Tarô e o próprio ego que o domina; a estrela está invertida.

Na ordem dos elementos, Shin (21 = 2+1 = 3) corresponde ao Ar do Fogo no terceiro ciclo da terceira Sephirah e, também, Binah exteriorizado já que Shin é o Ghimel na fase “Vô” do nome יהוה – “Yod-He-Vô-He”.

Na ordem Sephirótica corresponde a Binah em seu terceiro ciclo e ao elemento Ar.

Shim corresponde ainda ao elemento Ar, é o terceiro dos três indicados no Sepher Yetzirah (Aleph, Men e Shin) como letras mães. Elementos estes dispostos na ordem relativa ao nome de Deus sendo o primeiro o “Yod” -Aleph (Fogo); a segunda letra “He” -Men (Água); “Vô” -Shin (Ar) e o segundo “He” (Terra).

Na trilogia dos elementos: Binah está relacionado ao signo de Sagitário (Ar do Fogo) o que se traduz em um exteriorizador das experiências ligadas ao elemento Fogo e que pode manifestar-se como a exteriorização da Vontade duplamente elencada: uma pelo ciclo que Binah ocupa e outra por ser a terceira Sephirah e letra deste ciclo.

No ciclo Sepher Yetzirah corresponde ao elemento Ar.

No ciclo zodiacal יהוה – “Yod-He-Vô-He”, Shin está livre de toda dependência zodiacal e trata-se agora de uma criação inteiramente sephirótica.

Resumindo, a Lua na Morada 21ª projetará o Schin, uma letra-força adstrita a Binah em seu 3º ciclo para o mundo de Formação bastante potencializada pelo elemento Ar. 

No Schin, como sabemos, a natureza divina e humana atuam conjuntamente e a posição da Lua nesta Morada indicará que o indivíduo se encontra na fase final do seu trabalho, já que corresponde ao término do terceiro ciclo, e que atingiu esse estágio em sua existência passada, contudo, cumpre lembrar que Binah é o exteriorizador por excelência e, agora, no terceiro ciclo, o discípulo vira mestre e, se for de compaixão, abandonará o paraíso para instruir, repassar o aprendizado. 

Dessarte, a resposta automática que dará às abordagens da sua existência será, pois, de ordem espiritual. O material deixou de lhe interessar. 

Se o Horóscopo solar determina uma conquista do material, a rejeição da sua natureza inconsciente combaterá sua Vontade com muita maior força que nas Moradas anteriores, já que o espiritual está, aqui, mais arraigado e já é uma força operativa.

  1. Contextualização astrológica-cabalística

Os planetas nesta morada darão força e vigor ao Schin e ajudarão à personalidade inconsciente a manifestar-se e ganhar a partida sobre o consciente.

Quando no trânsito mensal a Lua se Encontre nesta Morada, Cristo manifestar-se-á fortemente dentro de nós e levar-nos-á a agir em conformidade com as regras divinas, nossa personalidade divina induzirá a humana a colaborar em seu programa.

Em um resumo Cabalístico, podemos perceber que em seu 3º ciclo, Binah, que é o Vô primordial, e que se manifesta como 2º He-Yod no 2º ciclo (Yod, He, Vô, 2ºHe-Yod-Hesed), é um He no 3º ciclo (He-Yod, He-He, He-Vô, He-2ºHe-Netzah), ou seja, une suas leis com o Amor de Hochmah, que é o He primordial. Isto implica que Cristo envolveu a Lei com Amor e, embora tenha vindo para cumprir a Lei, fez com que o seu cumprimento se tornasse desnecessário em razão do Leão ter sido equilibrado com a balança pelas vias do Amor; isto não significa revogação da Lei, mas pelo contrário, o seu cumprimento – há que haver aqui um largo entendimento para que não desaguem na impunidade ou displicência e, então se diga: Basta aceitar o Senhor e terei uma carta branca para concorrer ao perdão de todos os males feitos ou por fazer. Não se trata em absoluto da revogação da Lei de Causa e efeito, mas sim do seu cumprimento. O verdadeiro conhecimento está muito bem selado ao profano e ao indigno, de modo natural, pelas vias do mérito, por isto pode ser passado abertamente a todos, eis que só compreendera esta sabedoria quem já esteja pronto e amadurecido para recebe-lo.

Neste ponto o 12 Gênio 2->5: HAHAIAH: ALADIAH, orientador dos Ides, deixa o lugar ao 13 Gênio 2->6 IEZALEL da ordem das Fines, tudo sob a coordenação de 9 Gênio 2->2: HAZIEL, o mestre supremo dos Gênios Lunares.

Bethnael nos proporciona as emanações ativadas pelos Arcanjos (Hod) e as Almas Humanas (Malkuth – Ashim). Perceba-se que em Hod a medicina é exercida com base nos elementos de Malkuth (boticário), diferentemente de Tiphereth onde a cura se processa pela administração das energias, o que se apresenta no mundo físico como milagre.

De outro modo temos o Louco, em seu aspecto positivo, como o Mestre que abandona o Nirvana para auxiliar a humanidade a fim de proceder-lhe a cura das Almas. Estes Mestres encarnados cumprem uma missão em favor da humanidade doente, passam despercebidos por todos os lugares, como qualquer transeunte das ruas, vestidos com roupa civil, vivendo e trabalhando para ganhar o pão de cada dia, tal qual qualquer cidadão. Como estão fora de seu ambiente natural, estão deslocados; e certo de que sofrem com algum desconforto, e algo meio confuso adequar-se as regras do tempo e do espaço, devem entender e se adaptar ao seu lar provisório.

Então podemos dizer que em Bethnael nos deparamos com o curandeiro do corpo e da Alma. Esta cura do corpo e da Alma se processa à medida que nos adequamos as Leis Imutáveis. Acrescentamos que a tradição considera os capítulos 18, 19 e 20 do Êxodo como inspirado por este Gênio. Estes capítulos referem-se a passagem em que Moisés recebe o Decálogo.

 No capítulo 19:5-6 do Êxodo, Jeová diz:

“Agora pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz, e guardardes o meu concerto, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos: porque toda a terra é minha.

E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel.”

Em outras palavras podemos traduzir: Se adentrarem em minhas energias, frequências e vibrações, conforme determinadas em Binah (minhas Leis, as Leis naturais), por Jehovah יהוה – “Yod-He-Vô-He”, administrada por seus Tronos, introduzida em nós por Bethnael (por influência lunar) é aceita por nossa personalidade humana, seremos a propriedade do Ser Eterno, eis que seremos “Um” com Ele. Pois, é ele quem formou nossa Terra (o planeta e nossos corpos) onde somos apenas imigrantes, até aceitarmos a sua Lei, a sua Aliança, a Liberdade no “Um”, onde tudo é tudo.

No mais, cabe esclarecer que povo de Israel não se refere a um povo físico, mas a todos aqueles que comungam com o Universo em Unidade, que aceitam a aliança com as Forças Superiores, pois todos somos oriundos de uma mesma fonte e Deus não discrimina sua criação. O que interessa é que o Universo tome consciência de si mesmo pelas vias de sua própria criação.

  1. Virtudes concedidas

E é neste dia (cada mês lunar) se tem a possibilidade de estruturar (sobretudo se se invoca ao Gênio Bethnael) o quadro no qual nosso projeto poderá realizar-se. Este quadro não nos será inspirado pelas Forças Superiores, mas pelo Pai de Abaixo (O Íntimo?).

Bethnael irá inspirar-nos a ação e levar-nos, a partir de nossas reais possibilidades materiais (Ajuda-te e Bethnael irá realmente e fortemente ajudá-lo).

  1. Atitudes

Neste dia, a obediência à superioridade (em geral) deve ser manifestada, Fidelidade aos princípios morais, e às hierarquias que os representam; Fidelidade às Leis Eternas, às normas e às regras cósmicas, naturais.

Para se conseguir o abrandamento na cobrança do Karma, deve-se conceder do mesmo modo, ou seja, para receber a graça é preciso conceder a graça, o que não significa ficar preso a situações, mas pelo contrário, se desligar dela, dos ressentimentos, estar livre. Isto também não significa que o mal se livrará das consequências da Lei de Causa e Efeito, eis que, a própria Justiça é um ato de misericórdia, já que ao mesmo tempo em que instrui equilibra as energias.

A exemplo dos Mestres de compaixão, baixemo-nos para esferas inferiores, a fim de aportarmos a caridade. Cumpre sair de nosso ponto de desfrute, de nossa zona de conforto para realizar um trabalho em direção ao outro, sob pena de retrocedermos em nosso progresso, já que tudo está em movimento e se ficamos parados o movimento passa a ser retrogrado. Cumpre sermos portadores de bondade e generosidade.

Oração de São Francisco

Senhor, fazei de mim um instrumento da Vossa paz.

Onde houver ódio, que eu leve o amor.

Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.

Onde houver discórdia, que eu leve a união.

Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.

Onde houver erro, que eu leve a verdade.

Onde houver desespero, que eu leve a esperança.

Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.

Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre, fazei que eu procure mais:

consolar, que ser consolado;

compreender, que ser compreendido;

amar, que ser amado.

Pois é dando que se recebe.

É perdoando que se é perdoado.

E é morrendo que se vive para a vida eterna.

  1. Orações

O GÊNIO BETHNAEL EXORTA

Quando algo te faz falta;

Uma ferramenta ou um marido, uma faca,

uma terma, um carro, uma garagem,

uma grande quantia de dinheiro…

A Verdade (que anula todo desequilíbrio)

é que o que te falta, outros têm

em abundância, e desejam oferecer-te

A Lei da Oferta e da Procura é uma

Lei Cósmica, Divina, a base da Evolução.

A ação da abelha é complementar

com a da flor (e vice-versa)

para obter o mel e os frutos.

INVOCAS-ME E TERÁS TUDO O QUE PRECISAS

Gênio BETHNAEL, rodeia-me

de sabedoria, de saber,

de todas as vantagens do progresso

as quais a minha consciência tem direito,

para que tudo tenha em abundância,

a fim de levar a cabo meus projetos.

Palavras chaves: Lei e amor unidos, cura pelo boticário e pela conscientização, compaixão, graça, bondade, generosidade.

A CABALA DE HAKASH BA HAKASH TOMO IV

Filosofia Metafísica Quântica Cabalística – TOMO IV – Os Gênios Lunares

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