34. 5->3: LEHAHIAH


1.1       Elementos constitutivos ou relacionados

Coro 5 – Potências  
Príncipe: Camael.
Mundo do coro: 2 – Briah, Mundo das Criações, Astral, mundo dos desejos – elemento Agua.
Signo: Virgem.
Elemento zodiacal: Terra.
Relação/elementos: Agua da Agua atuando sobre o Ar do Fogo.
Relação/mundos: “He” do Mundo de Briah sobre o “Vô” do Mundo de Atziluth.
Velas:  Vermelha em cima e duas brancas em baixo.
Incenso: [Sândalo, acácia, cipreste, absinto] e [Enxofre, raiz de guiné, gengibre].
Letras: Lamed – Heh – Cheth – Yod – Heh
Gemátria: 30+5+8+10+5 = 58 = 5+8 = 13 = 1+3 = 4
Arco:  166º a 170º graus da esfera zodiacal.
Invocação por domicílio: de 15° a 20° de Virgem ou 09 a 13 de setembro.
Invocação por rotação: de 3 a 4 de Touro: “Yod” ou 24 de Abril;

de 15 a 16 de Câncer: “He” ou 08 de Julho;

de 27 a 28 de Virgem: “Vô” ou 21 de Setembro;

de 8 a 9 de Sagitário: 2º “He” ou 02 de Dezembro;

de 21 a 22 de Aquário ou 11 de Fevereiro: quintessência.

Invocação pelo ciclo diário:   11:00:00 às 11:20:00 a partir da saída do Sol.
Invocação por conjunção:  Quando Marte se encontra em um dos graus de Saturno, ou seja, entre 2º a 3º, de 12º a 13º e de 22º a 23º de qualquer signo.
Atributo: Deus clemente.
Nome da essência: OBEDIÊNCIA.
Nome da Força: Construtor do dever e/ou de obediência.
Forças em ação: A força de Geburah que manifesta seus fluxos mediante as pulsações de Binah.
Sendero: 18, que une Binah a Geburah em sua trajetória de retorno pela árvore e de ida pelo zodíaco.

1.2               Palavras chaves:

OBEDIÊNCIA, apaziguamento da cólera, CUMPRIMENTO DA LEI, universo e leis divinas, SENSO DE DEVER, serviço público – servidores de má vontade, COMPREENSÃO DAS LEIS, pedidos a autoridades, CARGOS DE CONFIANÇA – elevados, FAVORES DE AUTORIDADES.

(-) Declaração de GUERRAS, traição.

1.3               Movimentação Sefirótica: Cinco na terceira posição

Enquanto no quatro encontramos um mundo praticamente sem Leis, sem limites, onde as circunstâncias são propícias, ao adentrarmos no cinco nos defrontaremos com a barreira da regra, geralmente violada, e vem daí sua temeridade, onde Geburah utiliza de seus instrumentos para corrigir as coisas, geralmente de modo violenta, já que a Lei não foi respeitada, não foi reconhecida de outro modo. Aqui a agua-emoção se encontra em máxima concentração, por ser o “He” do segundo ciclo que é dominado pela agua o que denota domínio extremo dos sentimentos. Geburah nos despoja de privilégios exagerados, já que foram mal aproveitados, conseguidos em uma fase anterior em que as benesses eram lenientes.

O cinco na posição três estará atuando em Binah e astrologicamente corresponde a Marte em trânsito por Capricórnio, na interpretação cabalística nos indica que Geburah atua desde o centro produtor de Lei. O rigor manifesto aqui tem por base a legalidade, ou seja, o cumprimento da Lei.

Devemos lembrar que Geburah é um centro de trabalho e energia que como o mar, os oceanos, tem seus movimentos constantes e incansáveis. E toda essa energia se dirigirá com vistas ao rigor para que tudo a sua volta se adeque e seu exemplo.

Destes conceitos virão a ideia de trabalho obrigatório, como castigo divino, trabalho com as leis, com a justiça, propensão a ser castigado pela Lei.

Os rigores de Binah dará a aparência de vítima àquele que se depare com a severidade da Lei, quando o karma esteja em ação e o indivíduo procura realizar as reconciliações de seus erros e injustiças cometidas em outras existências. Nesta situação, a fatalidade legalista de Binah é muito ativa junto ao indivíduo fazendo-se Lei em seu sangue (onde o karma e depositado – DNA) e músculos (movimentos e direcionamentos da existência) de modo vinculativo a um regramento de vida que não pode se desviar, por estar vinculado a uma Lei superior onde o karma deve seguir seu curso.

1.4               Arcano – Mundo: Três de copas no mundo de Briah

Recebe o título de Senhor da Abundância. Refere-se ao elemento Agua e astrologicamente corresponde a posição de Saturno transitando pelo terceiro decanato de Câncer onde manifesta seus fluxos mediante as roupagens deste signo e sob as pulsações do regente deste decanato que é Saturno.

Neste ponto o Amor-sabedoria de Hochmah expressa-se por intermédio de Binah o construtor do universo, centro instituidor de todas as coisas de onde emanam a Lei e a ordem. No mais, o resultado desta alquimia se exteriorizara ainda pelo tom prismático de Hesed, o coordenador deste subciclo evolutivo.

Aqui Binah cristaliza, torna disponível, a abundância de Hochmah o regente do elemento Agua, torna disponível a esfera sentimental. Trata-se, portanto, da abundância de sentimentos e emoções até então contidas.

Ocorre que Binah sendo uma energia cristalizadora acaba por exteriorizar, desvelar o sentimentalismo de Hochmah de forma livre e abastada. Trata-se, dessarte, de sentimentos que até então estiveram contidos na esfera de Hochmah, como agente imanifestado e que ainda não havia chegado a expressão.

Surge assim o compromisso vis a vis em uma fidelidade excludente por parte de Binah, que por possuir características limitadoras propõe aprisionar a energia a uma forma, assim, termina por renegar todas as outras possibilidades.

O três de copas no mundo de Briah estará atuando em uma função interiorizadora de modo que as energias receberão um “Plus” para que uma ação interna flua para o externo. Os rigores do três serão sentidos no interior causando uma certa rigidez para consigo mesma, contudo ao expressar este rigor o revestira de uma construção harmoniosa.

1.5              Virtudes concedidas:

1º.- O apaziguamento da raiva, própria e dos outros.

2º.- A compreensão da estrutura do universo, das leis divinas.

3º.- Favores surpreendentes por parte dos grandes personagens.

4º.- Bons resultados em pedidos para ministros, diretores gerais.

5º.- Protege contra a tentação de declarar guerras.

1.6               Descrição Sefirótica:

YEHUIAH é o segundo da 5º ordem de anjos denominado como Coro das Potestades, situa-se na morada filosofal de número 34, rege o sendeiro 18, que une Binah a Geburah em sua trajetória de retorno pela árvore e de ida pelo zodíaco. Trata das forças de Geburah, a séfira emocional que trata dos reajustes, da atuação dinâmica da Justiça na correção dos erros e, neste ponto, manifesta seus fluxos mediante as pulsações de Binah o construtor do universo, centro instituidor de todas as coisas de onde emanam a Lei e a ordem; “He” do Mundo de Briah sobre o “Vô” do Mundo de Atziluth, Agua da Agua atuando sobre o Ar do Fogo. Nesta casa nos deparamos com a essência filosofal chamada OBEDIÊNCIA, o conjunto de qualidades, propriedades e atributos que proporciona a obediência aos superiores ainda que não haja compressão das ordens, determinações, emanadas. Trata-se de uma força Construtora do dever e/ou da obediência, em que o comportamento, mediante o entendimento do dever, impulsiona o esforço e a voluntariedade, a fim de que se adeque, marche em uníssono com a sabedoria já anteposta em uma fase anterior, por uma Vontade Suprema. Aduz a compreensão de que o Universo está constituído mediante Leis e que somente submetendo-se a estas tudo pode progredir. Estas energias proporciona o encontro do conhecimento, entendimento, do bom conselho acerca do funcionamento de tudo nos momentos de frustração. Produz uma zona de sensibilidade que exala um manancial de obediência interna, atendendo assim aos ditames superiores, capaz fazer com que no exterior, a Justiça, que emana do alto, se cristalize por Lei de afinidade vibratória ligada a obediência (uma verdadeira obra de Magia), mesmo que suas essências estejam atuando ao revés por obra humana. Daí vem o atributo, esta qualidade imbuída de poder denominado Deus clemente.

Cumpre destacar aqui que os Gênios que de algum modo estão vinculados ao Mundo de Atziluth a exemplo dos ligados a Binah, contemplam as alturas e estão a serviço de nossa divindade interior.

Enquanto o Gênio anterior (YEHUIAH 33. 5->2) tratava da SUBORDINAÇÃO, da capacidade de reconhecermos o nosso lugar, da escala de valores sejam o que sejam, atuava por inspiração, e junto aos príncipes cristãos relacionadas a dinâmica de Hochmah, do centro Crístico do mundo das emanações, em uma relação interna; LEHAHIAH trata da relação de OBEDIÊNCIA ligada a Binah que é seu superior na coluna da esquerda e que produzirá o respeito ás Leis, ao poder civil, a hierarquia mundana por tratar das relações externas. Esta relação de dependência ao superior é ainda mais visível aqui do que a anterior, por ser mais imediata já que Geburah e Binah pertencem a mesma coluna.

Outros gênios ligados a subordinação e obediência:

  1. 5->2 YEHUIAH: Obediência e fidelidade dos subordinados;
  2. 5->3 LEHAHIAH: Obediência hierárquica, as Leis, etc.;
  3. 5->8 REHAEL: Essência chamada submissão filial;
  4. 8->4 HARAHEL: Submissão e respeito dos filhos para com os pais pela compreensão;
  5. 8->5 MITZRAEL: Fidelidade e obediência dos subordinados, relação pais-filhos.

1.7               Das virtudes concedidas:

1.7.1    O apaziguamento da raiva, própria e dos outros.

A cólera tem origem na obstrução dos desejos, quando sofremos agressões, etc. LEHAHIAH ajuda a aceitarmos estas vicissitudes como algo que ocorre por motivos justos, nos fornece a consciência de que de algum modo o merecemos e assim não responderemos a violência sofrida.

Esta consciência do merecimento das vicissitudes desagradáveis tem origem no conhecimento de sua geração em nossa dinâmica interna. Trata-se de um efeito a uma causa que nos mesmos demos origem. Do mesmo modo influenciara o profano, mesmo este não sabendo desta dinâmica, se o nosso trabalho interno é realizado com a ajuda deste Gênio.

Cabe aqui esclarecer que todo o ódio destilado (isto mesmo, destilado) pelos indivíduos, pelo inconsciente coletivo, acaba depositando-se em determinados departamentos da natureza, que são planos superiores ao nosso, de vibração mais acentuada que a matéria, porém, em regiões degradadas. Estes coágulos, condensações energéticas, recebem comumente o nome de egregores e, conforme sua natureza, podem ser qualificados em brancos ou negros – embora ambos sejam feitos com a energia emanada dos indivíduos.

Os chamados “brancos” são energias “positivas”, podem ser até criados pela adoração a um deus, um santo, um símbolo, uma entidade qualquer, reunião de uma igreja, seita, etc. ou pela dinâmica de uma atitude bondosa, originam, inclusive, os ídolos que fazem os milagres.

O egrégora negro é o oposto e consolida-se por energias negativas como o ódio, a inveja, entre outras…. Muitos deuses primitivos foram na realidade o resultado da criação de egrégoras e guardam em si o resultado da evolução humana no tempo em que foram criados como sentimentos, pensamentos, desejos que são de outros tempos, outros contextos de tempo e espaço de modo que sempre há perigo ao tratarmos com estas energias embora alguns digam que estas energias evoluíram com a humanidade.

São criados pela somatória de energia dos indivíduos – como afirmamos, pelos sentimentos + criações mentais – uma injustiça, uma película, um filme, uma música é capaz de dar origem uma egrégora. Pode ser dinamizado pela proclamação e difusão do ódio em uma mídia qualquer. Deste modo todos os que aderem a esta energia acabam por fornecer o carburante para sua composição.

A questão é que quando destilamos o ódio, a vingança, nos colocamos em contato direto com estas energias que possui sua dinâmica muito equivalente as nuvens de agua como a conhecemos. Assim, em um dado momento as nuvens tornam-se espessas e dão origem a raios e as chuvas. Estes raios de egrégoras negros são o que dão origem a assassinatos relâmpagos em que indivíduos matam várias pessoas em escolas, bares, etc., e posteriormente cometem o suicídio. Os magos negros utilizam estas energias para fazer o mal, contudo ao fazerem, deixam atrás de si o vácuo que será preenchido pela mesma energia que acabaram de criar ou liberar e que terão que suportar em um momento qualquer.

1.7.2    A compreensão da estrutura do universo, das leis divinas.

Compreenderemos que o universo foi criado mediante certas regras e que somente nos submetendo a estas regras e que poderemos avançar. Imaginemos que estas regras sejam fortes como a correnteza em um rio. Se nadarmos contra esta correnteza pode ocorrer que:

1) que não saiamos do lugar;

2) que a vençamos um pouco, mas a exaustão chegará e nos arrastará de volta;

3) que nademos a favor da corrente e, sem cansaço, possamos percorrer grande distância.

Contudo atuar sob as regras também comporta um “dever”, um esforço.

Muitas vezes não compreendemos as Leis as quais devemos obediência, isto decorre de ainda não estarmos preparados para sua compreensão e em razão disto nos tornamos rebeldes a estes ordenamentos. Estas rebeldias provem de nossa natureza emotiva já que estamos tratando de Geburah que é o “He” de seu mundo que é o “He” dos mundos. Como as emoções estão ligadas a Hochmah, que é um “He”, e desagua em Hesed, que é o seu subordinado na coluna da direita, a oposição advém por ser contrária as coisas que nos proporcionam aos gozos.

Esta essência chamada OBEDIÊNCIA nos induz ao cumprimento da Lei (a entendendo ou não) e desta maneira sufoca as rebeliões resultantes da natureza emotiva. O nosso “senso de dever” fala mais alto de modo que ao nos depararmos com uma situação conflitiva em nosso interior haveremos de cumprir com nossas obrigações já em posse da força necessária para vencer a tentação de adentrar pelo caminho dos gozos. Em seus dias e horas LEHAHIAH nos auxiliara nos indicando qual deve ser o nosso comportamento, encontraremos o bom conselho nos momentos de confusão.

Apesar de não compreender as Leis, se somos obedientes a elas, mesmo que possam parecer injustas, estaremos criando um vínculo, um elo de comunicação, uma zona de sensibilidade que nos permitirá compreende-las.

É comum que em nossa vida mundana nos deparemos com Leis injustas, muitas vezes criada pela vaidade, pelos interesses próprios de quem as faz. Isto ocorre porque a projeção do mundo de cima para baixo encontra-se obstaculizado em razão do próprio comportamento humano e tudo se manifesta ao revés. Entretanto nossa atitude de obediência para com as Leis injustas acaba por propiciar a obediência as Leis cósmicas. Ocorre que esta obediência externa nos indica em nossos mundos internos que existe uma obediência projetada ao revés nos fazendo submissos ao injusto. Isto fara com que o manancial de obediência que existe em nós um dia se expresse corretamente e o vínculo com o injusto interno se desvincule de nós como se nunca tivesse existido.

Cabe compreender que a atitude correta a seguir não é a de rebelião interna que no final nos levará a combater o justo com o mesmo fervor que se combate o injusto, mas sim de desconecção, de desapego ao descumprimento da Lei de modo que a própria lei, ordem viciada venha a se adequar a legislação cósmica.

Agora podemos compreender porque Sócrates, após ter sido condenado a morte injustamente, mesmo tendo a oportunidade de fugir com os amigos, resolveu beber a cicuta e, diante dos amigos, aos 70 anos, morreu por envenenamento. Em nenhum momento quis desistir de viver uma vida justa.

1.7.3     Favores surpreendentes por parte dos grandes personagens.

Enquanto com o Gênio anterior (YEHUIAH 33. 5->2) os príncipes, as cabeças coroadas, os nobres trabalham em nosso interior para promover os valores Crísticos, aqui em LEHAHIAH, estas forças internas, trabalham para o estabelecimento das Leis de Binah. Manterão a harmonia, a boa inteligência e a paz entre si, bem como a obediência entre os súditos.

É em Binah que nos deparamos com o grande Arquiteto, Demiurgo ou criador. Tudo é feito de acordo com as Leis, tudo é causa e efeito, tudo se opera, como que, por cálculos matemáticos, o Demiurgo não passa deste ponto, este é o seu limite de ação – então estamos no plano da inteligência em que se trabalha com aquilo que se tem. De outro lado vamos mais além dos limites de Binah, das Leis de Jehovah e entramos no reino da sabedoria de Hochmah onde há a liberdade, por esta situar-se em um plano acima das leis, acima da própria criação, é o império do amor.

Em nosso interior vão aparecendo impulsos diversos, alguns provenientes da vontade “ativa” emanada de nosso Real Ser e outras oriundas do ego animal, são os desejos “passivos”.

Quando se agrupam em nós os impulsos de uma mesma natureza aparece uma tendência. Ao se agrupam várias tendências de uma mesma índole surge então o principado. E a união de vários principados dão origem ao reino. Estes agrupamentos podem ser tanto dos impulsos provenientes de nosso Real Ser (Vontade) como do ego animal (desejos).

Na arvore, o Rei é o centro da vontade suprema ligado a Kether, o príncipe o que emana da vontade e é conhecido como Amor-sabedoria nomeado como Hochmah, o ponto forte onde a vontade triunfa e por isto obter a confiança e o favor do príncipe significa que a providência assegurará o êxito. Contudo cabe lembrar que, nestas pulsações, estes favores serão devidos ao merecimento, ao cumprimento das Leis cósmicas.

Um impulso pode ter uma vida curta, como um flash, um raio, mas de acordo com a intensidade, o dano pode ser sentido por toda a existência e até ultrapassa-la sendo muito difícil voltar atrás, mesmo após cessar este impulso. É muito perigoso nos deixarmos levar pelos impulsos. Este raio momentâneo é o suficiente para retirar a existência de uma pessoa em um momento de cólera – impulso produzido pelo ego animal. Isto pode ocorrer inclusive com pessoas tidas como pacifista, calmas, boas e então, num momento, queda toda uma perspectiva de vida arrastando nossa índole, caráter, renome, etc.

Um impulso pode ser fraco, pequeno e não mover nada em nosso mundo físico, faz aflorar apenas uma ideia, um desejo. A tendência, no entanto, por tratar-se da união de impulsos, de energias, produzirá necessariamente efeitos bons ou maus, mas os produzirá. Quando esta energia vai se estabelecendo, agora da união de tendências formando um principado passa a constituir suas regras, suas leis, bandeiras, hábitos, idiossincrasias com um príncipe que os governa e que nos tornamos seu súdito a que obedecemos e esperamos suas ordens. Mas não para por aí, então os principados transformam-se em um reino a que todo o nosso povo interno jura obediência.

Cada um desses desejos leva consigo uma parcela de nossa vontade e consequentemente nos escraviza. Então vem os impulsos que se reúnem formando as tendências, depois os principados e então os reinos que acabam por guerrear uns contra os outros para conseguir a supremacia e assim temos em nós a manifestação dos desejos dominantes.

LEHAHIAH procura manter a paz, a harmonia a inteligência entre nossos reinos internos de forma que prevaleça a “Vontade” de nosso Real Ser no trono e não os desejos provenientes do ego animal e, fazendo isto, nossos negócios prosperarão, todos os órgãos de nosso corpo funcionarão normalmente e nossa saúde será excelente.

A atual Constituição do Brasil é regida, entre outros, pelos princípios da legalidade e impessoalidade. Ambos ligados ao sentido de dever. Mas temos visto muitas pessoas dizendo que com amizade, ou agrado resolvem-se os problemas. Ou seja, o servidor trabalha conforme a pessoa seja amiga, de bom relacionamento ou lhe conceda algo a mais do que os seus proventos para cumprir suas obrigações. Logo, quem não é amigo é inimigo e quem não dá algo, não paga pelos serviços, não pode obter seus direitos.

LEHAHIAH pode na auxiliar nestas questões bastando nomear a pessoa, situação ainda que mentalmente e pronunciando seu nome, invocando-o por diversas vezes. Acende as velas referentes e seu perfume podem auxiliar ainda mais na solução do problema. Lembremos que este Gênio está ligado as Leis e seu cumprimento. VASARIAH (32. 4->9) também atua neste sentido, mas por outros caminhos.

1.7.4    Bons resultados em pedidos para ministros, diretores gerais.

Estas energias propiciam a confiança e a obtenção de favores de dignitários em cargos de confiança, os favores dos príncipes, tudo em razão de sua entrega e fidelidade, resultante das forças de Binah. Isto ocorre porque em nosso interior tudo está em ordem, os principados obedecem ao rei cujas tendências tem origem na vontade e não nos desejos, eis que nosso Real Ser, aquela vontade que vem de nosso âmago, de nossa parte mais interna onde encontra-se nossa real identidade está no poder. Esta fidelidade renderá favores por parte daqueles que governam, que estão no poder, que converterá o fiel dos desígnios internos em seu homem de confiança e que estará a ocupar os elevados cargos de confiança seja no Estado ou no setor privado.

Os nascidos durantes os dias, horas, conjunções de LEHAHIAH são considerados ótimas pessoas para os cargos de confiança, principalmente se referirem-se aos terceiros e quarto cenários quando então os frutos se apresentam; trabalharão para uma causa superior ou a um homem de caráter elevado que o respeitará e servirá de forma disciplinada. Este trabalho se dará de forma dura e abnegada o que lhe garantira segurança e continuidade no emprego. O fato de estar bastante ligado a seu superior, quando este ascender alcançando posições relevantes, também o acompanhará em bons cargos.

1.7.5     Protege contra a tentação de declarar guerras.

O lado negativo da força

O Gênio contrário converterá a obediência em traição, a harmonia em discórdia, a boa inteligência de avaliação em incompreensão e, por fim, da paz se passará a guerra provocara a ruina entre as nações, obrará contra os poderes estabelecidos.

O traidor aparece quando a relação entre Binah e Geburah estão obstruídas dificultando o entendimento entre o que está acima e o que está abaixo de modo que o inferior estará sempre pronto a atacar.

Cedo ou tarde uma guerra se instalará em nosso interior já que a evolução nos predispões, exige de nós a ruptura com valores que não condiz com nossos reais anseios. Se este combate é promovido pelas forças que vem do alto o combate será nobre e nós conduz a libertação, contudo, se provem das energias abismais será injusta e levará a autodestruição que consequentemente se cristalizará em seu exterior.

Ao aparecer os sintomas das guerras, da traição, o tratamento resulta em voltar ou começar a obedecer às regras, as leis sociais (caso de empresas), civis, pois é o único caminho para a solução, mesmo sendo estas uma imagem deformada das Leis eternas. Isto porque temos que começar a fazê-lo de algum ponto para que a dinâmica cósmica venha a colocar as coisas em seu lugar. A medida que comecemos a obedecer e respeitar estas Leis e que surja em nosso interior o afã de descobrir as outras estas aparecerão por acréscimo.

Outros Gênios que nos auxiliam a viver em paz:

  1. 1->2 JELIEL: Restabelece a paz entre esposos pela união da Vontade e Amor-sabedoria;
  2. 1->5 MAHASIAH: Pela retificação dos erros e sincronicidade com os desígnios divinos;
  3. 1->6 LELAHEL: Paz fruto da Vontade harmoniosa, pacífica e consciente;
  4. 4->2 NITH-HAIAH: Paz da solidão para alcançar a verdade e a sabedoria;
  5. 4->4 YERATHEL: Paz em ambiente justo e homens sábios;
  6. 5->3 LEHAHIAH: Paz entre os governantes – sem guerras. Guerra contra os desejos;
  7. 5->4 CHAVAKIAH: Paz e harmonia nas famílias e com todos, reconciliação com o passado;
  8. 5->7 HAAMIAH: Viver em Paz com a sociedade, proteção espiritual;
  9. 5->9 IEIAZEL: Para que os inimigos nos deixem em paz em razão de uma Nova Realidade;
  10. 6->4 VEULIAH: Paz mediante a guerra para retirada do usurpador e, pelo perfeito ordenamento natural das coisas na dinâmica יהוה;
  11. 6->5 YLAHIAH: Disposição para a paz com inimigos que fomos injustos;
  12. 6->9 MIHAEL: Paz e harmonia entre esposos;
  13. 8->7 IAH-HEL: Tranquilidade e solidão para alcançar a sabedoria;
  14. 9->8 HAIAYEL: Destruição da babilónia interna e externa, paz para quem está em guerra.

1.8        Escrituras

“S 131:3 (130-3) expecta Israhel Dominum amodo et usque in aeternum.

Israel, põe tua confiança no eterno, desde agora e para sempre. ”

 

1.9         Oração

“LEHAHIAH: Deus Clemente.

LEHAHIAH: dá-me boas causas em que servir.

Dá-me Senhores de vasto horizonte,

aqueles que aportarão minha fiel eficácia organizadora.

Me ensinaste, Senhor, a combinar a Água com o Fogo.

E nessa tarefa espero conquistar meus títulos de glória.

Me oriente para situações em que possam brilhar as qualidades que me hás insuflado,

e se me toca trabalhar para terríveis senhores,

coloque em mim a ambição de ser justo.

Faça com que minha voz e o meu gesto possam aplacar os espíritos encolerizados;

faça com que seja exemplo de generosidade e de entrega;

faça com que o coração e o cérebro vivam em mim na mais perfeita harmonia

e que possa transmitir aos meus irmãos esta paz que tens levado a minha alma;

fazei de mim, LEHAHIAH, o pilar inabalável da coluna do centro”.

 

1.10    Exortação

“Foi e é pela minucia e pelo detalhe que o universo se tornou o que é.

Alguém tem que se ocupar em ajeitar os pormenores

quando as ideias gerais hajam sido proclamadas e,

te escolhi a ti, peregrino, para esse trabalho.

Para levar a cabo a sua tarefa, hás de ser fiel ao propósito do grande homem

e engajado na lei que move o cosmos.

Eu pus em ti essa nobre fidelidade, para que possas trabalhar com igual maestria

com as forças que vêm da direita e com as que vêm da esquerda.

Procura, peregrino, não se identificar com a necessidade e ser em todo momento

o executor imparcial da exigência cósmica,

sem que teu coração se altere diante da crueldade inevitável

e nem a sua mente se indigne das complacências do Eterno

para os sujeitos que vivem o momento de seus gozos.

Passes pelas anedotas como o vento entre as árvores,

sem pensar em mudar o curso das coisas;

como o perfeito executor de um mandato que, talvez, não compreenda,

mas um dia, em sua mente plasmará a sua plena significação”.

 

Oração e exortação de Kabaleb.

 

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A CABALA DE HAKASH BA HAKASH

Filosofia Metafísica Quântica Cabalística – TOMO III

Schemhammephorasch  שם הםףורש

 

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