Inicialmente cumpre esclarecer que esta obra não é original, já que a Cabala é uma ciência muito antiga, portanto, estamos apenas esmiuçando o conhecimento que vem de longa data. Neste sentido, não podemos nos dizer donos da obra, ainda que, uma parte venha de nossos estudos, mas outra provem daqueles que nos precederam e o mais importante ainda é o que veio por meio das entidades que nos orientaram, seja por intuição ou ainda ao soprarem em nossa mente e, em alguns casos, até ditaram as letras. Em muitos pontos o leitor distinguirá, sentirá em seu Íntimo, o que nos veio por iluminação.
Enquanto escrevíamos a obra também aprendemos. Parecerá que somos mestres quando não somos mais que meros discípulos que retransmitiram o conhecimento – um avatar. É claro que, em razão disto, tivemos o privilégio de sentir o conhecimento como energia, mais do que a nível meramente intelectual, este contato direto com alguns seres muito iluminados.
Tal oportunidade surgiu em razão de um compromisso assumido desde antes do nascimento e do próprio curso evolutivo. Quero referir-me a idade e a experiência espiritual cujo curso imprimiu em nós o compromisso de repassar a obra sem esperar algo em troca. No entanto, cabe observar que isto não é bem assim já que de algum modo nos aproximamos da Unidade, desta meta para alguns que procuram a maestria e, destino final, para todos, seja lá de que modo for. Nossa linhagem espiritual não permite a cobrança do conhecimento, não se trata de uma imposição, mas de um Princípio que fundamenta estas pulsações e que acabam por formar um abismo intransponível, daí vem uma escolha natural apesar de nossos inúmeros defeitos.
Certa vez, estando fora do corpo físico, estive no departamento dos meirinhos, relativo as almas que se comprometeram a entregar o conhecimento a humanidade entre outras coisas. Em três níveis recebi o recado de um Ente de alta hierarquia queria me contatar. Tudo parecia um grande comércio, o ambiente se apresentava como um imenso camelódromo onde se vendiam todo tipo de bugigangas. Observei ao emissário algo como: Este comércio por aqui não está correto, e prejudicial aos trabalhos, precisa acabar…
O trigésimo segundo caminho é chamado de Inteligência Administrativa que, segundo me foi concebido, consistem em colocar cada coisa em seu lugar. Os Gênios disseram que minha missão seria esclarecer os mistérios, que seria um trabalho para toda a vida.
Antes de iniciarmos estas atividades, as Entidades que nos acompanha e orientam manifestaram-se com grande entusiasmo e alegria como se a obra já estivesse pronta e acabada – embora levariam anos para sua produção já que tivemos que adentrar em suas fontes, uma a uma, realizar compromissos vis a vis, unir nossas energias, embora não estivéssemos familiarizados com todas as nuances destas forças – por vezes tivemos que adentrar em seus abismos para compreender sua magnitude a razão da profundidade. Procurando traduzir em linguagem humana, afirmaram que seria aberta uma grande porta. Mas não se tratava de uma porta qualquer e sim de uma enorme, uma imensa porta, um superlativo muito grande, excelso pois nesta obra abarcamos os arquétipos e suas alquimias de modo que englobe, a noção, de tudo o que ocorre nos Cosmos, no interior humano e seu comportamento.
Como o leitor deve ter observado, uma das nuances que permeiam esta obra é a ilustração com algumas de nossas experiências pessoais no esoterismo e em relação aos arquétipos que abordaremos. Comumente é vedada a exposição das experiências pessoais, quanto o mais se seja neófito, seja porque a vaidade aflora e prejudica os trabalhos ou mesmo para se evitar que sentimentos alheios também venham a causar problemas àquele que vive a experiência. Contudo, aqui faz-se necessária uma ilustração a fim de transmitir não só o conhecimento, mas a conscientização de mundos e seres que a esmagadora maioria das pessoas sequer possuem a dúvida acerca de sua existência.
Convém pois não tentar a Deus atendendo pedidos de provas ou promovendo um espetáculo circense. Não se deve ainda atirar perolas aos porcos. Que cada um chafurde livremente em seu chiqueiro material.
Conta a tradição que algum tempo depois da morte de Salomão vieram ao sepulcro certos filósofos babilônicos; e quando estavam reunidos, formaram um conselho e decidiram que certo número de homens renovaria o sepulcro em sua honra. Quando o sepulcro foi escavado e mesmo reparado, descobriram um cofre de marfim e dentro dele estava a Chave dos Segredos do saudoso sábio.
Contudo tudo era obscuro, ninguém conseguia compreender o que havia ali até que um tempo depois surgiu um homem de espírito humilde, nominado como Iohé, que achou graça diante do Altíssimo.
Foi então que um Anjo se fez presente e o orientou que deveria guardar os segredos pois de outra maneira o segredos seriam profanados e não teriam efeito algum.
Iohé prometeu que não as revelaria, exceto para a honra do Senhor, e com muita disciplina, a pessoas penitentes, discretas e de confiança.
Um outro ponto que haveremos de compreender é que tudo está ligado a tudo, cada indivíduo situa-se em um ponto próprio de evolução e uma Lei que promove toda esta liga e relacionamentos chamada Lei de Afinidade Vibratória promove o encontro de cada coisa, ponto a ponto. Este rodeio é próprio para dizer que não é por acaso que esta obra chegou nuas nas mãos do leitor. De alguma forma está relacionada a ela, aos conhecimentos aqui elencados, e por que não dizer que o Universo, em consonância com seu estado interior, sua evolução, conspirou para este encontro?
Assim, só resta desfrutar…
Parabéns! Saiba que você é um privilegiado.