.2 HOCHMAH


1.1   Kerubins Elementos constitutivos ou relacionados

Sephirah: Hochmah (Em hebraico: חכמה: Cheth, Kaph, Mem, Hé – Sabedoria)
Coro, nome cristão: 2 – Querubins
Nome divino (Atziluth): (Jehovah – o Yod) – Yah, יה O Infinito
Arcanjo (Briah): Ratziel רזיאל
Coro Angélico (Yetzirah): Auphanim אופנים, rodas.
Material/Planeta (Assiah) ou Chakra Cósmico: Mazloth מזלות, o Zodíaco e Urano.
Inteligência Geomântica: n/c
Planeta: Urano
Títulos conferidos: Ab. Abba. O Pai Supremo. Yod do Tetragrammaton
Imagem Mágica: Uma figura masculina, barbada.
Símbolos/Armas mágicas: O lingam. O falo. O Yod do Tetragrammaton. O Manto Interno da Glória. O pedestal. A torre. O cetro ereto do poder. A linha reta.
Forma geométrica: Traço
Localização na Árvore: No topo do Pilar da Misericórdia, no Triângulo Supremo.
Relação/elementos: Água do Fogo
Mundo do coro: 1 – Atziluth, Mundo das Emanações, Arquétipo, espírito, elem. Fogo
Correspondência no Microcosmo: O lado esquerdo da face.
Correspondência no Macrocosmo: O Zodíaco
Signo: Leão – segundo signo do fogo.
Elemento zodiacal: Fogo
 
Texto yetzirático: O 2º Caminho é chamado de Inteligência Iluminadora. É a Coroa da Criação e o Esplendor da Unidade Suprema, que a iguala. É exaltada sobre todas as cabeças e os cabalistas a chamam de Segunda Glória.
Experiência Espiritual: A Visão de Deus face a face.
Atributo: Sabedoria, Providência e Graça
Virtude: Amor, Devoção.
Vício: Ódio, egoísmo.
Aspecto: 30º Semissextil
Animais: Homem
Plantas: Amaranto, visco, figueira (Ficus religiosa]).
Pedras: Rubi estrela, turquesa
Drogas: n/c
Cartas do Tarô: Os quatro dois: Dois de Paus: S. Domínio, Neutralização; Dois de Copas: amor ilimitado; Dois de Espadas: paz restabelecida; Dois de Ouros: Senhor da Abundância Material.
Cor em Atziluth: Azul-suave puro.
Cor em Briah: Cinza.
Cor em Yetzirah: Cinza-pérola iridescente.
Cor em Assiah: Branco salpicado de vermelho, azul e amarelo.
Velas:  3 Brancas ou amarelas ou cinza
Incenso: [Cravo, mirra, almíscar, estoraque, âmbar, louro, aloe vera]

1.2    Disposições gerais

Hochmah vem a ser o Cristo Cósmico imanifestado, o Christus, o Vishnú dos Indostães, o Segundo Logos conhecido como Filho (Filho do “Homem” – o “Homem” é Tiphereth que formou o carro de Mercabá ou Merckabah, os quatro corpos), Amor-Sabedoria (com expressão no Logos Solar, cujo corpo físico é o Sol, o Cristo manifesto), o Raio que nos une ao Absoluto. O Cristo não é um indivíduo, é Impessoal, Universal e está além da individualidade da personalidade. Um dia expressou-se através de Jesus (entre tantos outros) e ficou conhecido como o Cristo Jesus, portanto o Cristo está mais para uma substância. Quando um homem assimila a substância Cristo, no físico, no psicológico e no espiritual, cristifica-se, transforma-se em Cristo, converte-se num Cristo-Vivente. Há uma tendência da Humanidade personificar as forças divinas, as forças da natureza. Então ao invés de se perguntar quem é Deus ou quem é o Cristo cumpre perguntar o que é Deus ou o Cristo ou o Espírito Santo, etc., ou mais ainda, vivenciar estas forças em nosso interior.

O Cristo foi adorado sob os mais diversos nomes: Fu-ji na China, Quetzalcóatl dos Toltecas, Amida no Japão, Ahura-Mazda no culto do Zoroastro, Kristos pelos Eddas germânicos, Krishna na Índia, Hórus no Egito (uns se referem a ele como Osíris) bem como Hermes Trismegisto.

O V.M. SAW afirma que se um místico em estado de êxtase abandonar todos os seus 7 Corpos para investigar a vida de Cristo, então ver-se-ia a si próprio a representar o Drama da Paixão do Senhor, fazendo milagres e prodígios na Terra Santa, ver-se-á morto e ressuscitado ao terceiro dia. Este fenômeno deve-se ao facto de que no Mundo do Cristo não existe a individualidade, nem a personalidade, só existe um só Ser que se expressa como muitos.

Sua virtude e o amor e seu vício o ódio que se converte no fogo que queima. O que mente peca contra o Pai, que é a Verdade; o que odeia peca contra o Filho que é Amor e o que fornica peca contra o Espírito Santo, que é a Castidade.

1.3    Imagens da divina mãe relativa a Hochmah

as de ourosEm um dos seguimentos da Cabala a energia Hochmah é considerada feminina em relação a Kether. Estão representados nos 12 signos do zodíaco; foi de onde Leonardo Da Vinci extraiu a inspiração para pintar a obra de Jesus com os 12 apóstolos[1] e também se atribui a imagem da Divina Mãe, o aspecto Maria, com as 12 estrelas em volta da cabeça e dispõe os materiais para a construção do corpo, do universo, uma alusão a Hochmah enquanto Força.

Cada uma das estrelas, dos dose apóstolos, das 12 tribos do antigo testamento, cujo rosto visível referem-se a um dos domínios representados fisicamente pelos 12 signos do zodíaco tratam de nossa evolução em 108 etapas, divididas em 3 períodos[2] de 36 decanatos onde pelo menos 48 (12 signos +36 decanatos) Gênios principais e secundários guiam os nossos passos. Podemos adentrar nestes planos, como o fazemos com os 72. Interessante notar a semelhança com as 108 contas do colar de Budha.

Divina mãr grávidaOutra imagem atribuída a esta Sephiroth é a da Divina Mãe grávida, representando a Força de Hochmah que ainda não adquiriu a Forma.

Sabe-se que a Divina Mãe possui 5 aspectos, simbolizados pela vaca de 5 patas adorada na índia e a qual H.P.B. alegou ter encontrado um espécime em uma manifestação caprichosa da natureza:

1) Isis inefável – Hochmah: A imanifestada, aquela que nenhum mortal levantou o véu, a mãe espaço (criadora de toda a Ordem Cósmica, todas as Galáxias, universos, Templos Siderais etc.), mãe cósmica, conhecida como Adonia Rea, Cibeles, Tonanzin, a Casta Diana. Sem ela é impossível avançar no caminho espiritual pois é a encarnação da misericórdia e do auxílio divinal. Roga por nós para que em nosso progresso não caiamos no mal. Na mitologia egípcia está escrito:

“Eu lsis, conheço a ciência do caminho, acompanho meu filho na via-sacra, e se ele é fiel, poderei conduzi-lo até o Deus Tum”;

2) Hecate Grega – Binah: A mãe morte (terror de amor a Lei), Deusa morte, proserpina, Mãe ou rainha dos infernos (aniquila os demônios vermelhos no final das 108 existências), Deusa da escuridão, Deusa das encruzilhadas, Deusa da Lua nova, Deusa dos fantasmas, Mãe e raiz da magia negra, Coatlicue, reverenciada por todas as culturas como a equilibradora da Lei cósmica de Evolução e Involução, Mãe superior, Grande Mar, Marah (Mãe de toda a vida), Maria, Rainha do espaço e da noite;

3) Kundalini – Netzah: O fogo criador, o magnetismo, a magia sexual, Nephtis, Maria Madalena, Salambo, Matra, Ishtar, Astarté, Afrodite e Vênus, responsável pelo Fogo Criador que emana do sol e se fixa no mais profundo de nossa Alma.

4) Maga elemental instintiva – Yesod: Rainha dos elementos e responsável pelas forças instintivas da natureza, reprodução, sexualidade, instinto de sobrevivência etc. Aquela que originou os nossos instintos (sexuais.), potência sexual, força natural instintiva, Maria que lava os pés do cordeiro. O aspecto, Selene, Diana que governa os partos, amamentação.

RAM-IO, Maria a divina mãe aos pés da cruz no monte das caveiras.

Vaca de IO (iiiiiiiiiiiiiiiiooooooooooooo).

Também há aqui o aspecto Hecate lunar que rege a magia negra.

5) Mãe Natura – Malkuth: Cria o corpo físico de todos os seres, Maria mãe de Jesus, Juno, Demeter, Ceres, Perséfone, Maia, Mãe inferior, etc. A responsável pela união do zoosperma com o óvulo, pela multiplicação das células do embrião. Ela criou toda a natureza e tomou a forma desta.

Mas o que nos interessa por hora é a divina mãe cósmica, mãe espaço que está ligada a Hochmah, o Cristo cósmico, a terra fértil, útero de todo o universo, esposa inefável do divino espírito santo. Ela foi conhecida sob diversos nomes como: Isis, Adonia Rea, Cibeles, Tonanzin, Casta Diana, o Maráh, Mara, Maria – Ram-io, a Isis que nenhum mortal levantou o véu.

Hecate-Diana-Luna corresponde aos aspectos da Mãe divina no inferno (Hecate – para os Egípcios), na terra (casta Diana) e no céu (Luna – Artemisa Loquia ou Neiter nos céus para os Gregos) ao modo da trimurti indostânica Brahama, Vishnu-Shiva. Corresponde a Proserpina em sua tríplice aparência: celeste, terrestre e infernal que oprime os demônios do averno.

Deixo aqui a oração de Isis combinada com Hecate para ser usada durante a meditação:

“Ó Isis!, Mãe do Cosmos, raiz do amor, tronco, botão, folha, flor e semente de tudo o que existe.

A Ti, força naturalizante, te conjuramos; te chamamos, Rainha do Espaço e da Noite, e beijando seus olhos amorosos, bebendo o orvalho de seus lábios, sentindo o doce aroma de seu corpo, exclamamos:

Oh Nuit! Tu, que es, eterna seidade do céu, a Alma Primordial, aquela que é que foi e o que será.

Ísis! A quem nenhum mortal levantou o véu. Quando Tu estejas sob as estrelas irradiantes do noturno e profundo Céu do Deserto, com pureza de coração e na flama da Serpente, te chamamos.”

RAM I O (Pronuncia-se RRRRAAAAAAAMMMMM  IIIIIIIII  OOOOOOOO)

Temos aqui a encarnação da misericórdia e o auxílio divinal, e como foi expresso é aquela que roga para que a medida em que evoluímos espiritualmente não passemos para o lado do mal, já que o poder fatalmente corrompe se não for trabalhado internamente. Aliás, as provas da abundância e a do poder estão entre as mais difíceis – são chamadas também de gaiola de ouro.

divina mãe cósmicaPodemos captar as energias da Divina Mãe Cósmica com a seguinte prática:

Sente-se em uma cadeira com a coluna reta, os braços estendidos com as costas das mãos apoiadas sobre os joelhos.

Inspire profundamente e enquanto enche os pulmões de ar imagine uma luz azul vindo do infinito, preenchendo seus pulmões e a luz se expande até a aura aumentada de seu corpo.

Com o pulmão cheio continue em processo de inspiração por mais 4 segundos, sem travar os pulmões, como se dentro de você houvesse espaço para inspirar todo ou universo, como um balão que continua recebendo ar mesmo depois de preenchido, a energia que lhe preencheu continua rodando, como na imagem da Divina Mãe cósmica.

Aos espirar imagine agora que a energia desce por seus pés para o interior da terra.

Agora inspire a energia vermelha que vem do interior da terra e sob pelos seus pés e a medida em que enche seus pulmões a energia roda em seu colo.

Prenda novamente por quatro segundos. Agora a libere para o infinito.

1.4    Introdução Sephiróthica

Hochmah é a segunda Sephirah da Árvore e o segundo Centro do Mundo das Emanações (Atziluth), faz parte da coluna da Graça – topo da direita. Se Kether – Vontade era o Pai, Hochmah se assimila ao Filho, é a primeira manifestação visível do Pai, é a sua obra, o herdeiro de suas virtudes, o centro crístico por excelência. De Hochmah procedem as energias que permitem sanar os enfermos, é de alguma forma o boticário do universo. Tem sido considerado como que regido pelo planeta Urano, portanto, fora dos sete planetas básicos, mas também lhe sê atribui ao zodíaco pois representa o Cristo imanifesto com seus doze apóstolos enquanto Tiphereth refere-se ao Cristo manifesto que plasma a Vontade do Pai nos mundos mais baixos.

O atributo de Hochmah, Filho, Sabedoria, é nomeado como Providência e Graça. Em Hochmah que se interioriza (o primeiro movimento e a Vontade o segundo a interiorização desta) a Luz de Kether, constituindo assim um verdadeiro poço de Luz divina à disposição da vida e a partir daí gera as virtudes Crísticas de amor, restauração e cura. A nível de microcosmos faz com que cada um de nós seja um centro vivo de reparação do Universo enfermo, aquele através dos quais os demais recebem vitalidade, energia e saúde. Este centro se coloca em movimento mediante as forças de Kether.

No segundo dia da criação esta Sephirah leva a maturidade a perfeição que Kether iniciou por sua Vontade, i.é., leva a maturidade a perfeição iniciada em um processo de interiorização, transformação. Em Hochmah-Filho se encontra armazenada a corrente luminosa procedente de Kether bem como o suplemento de luz que corresponderia a Binah, que esta Sephirah renunciou para que fosse possível a existência de novas ondas de vida durante o processo de materialização da Luz de modo que Hochmah acaba por tornar-se um poço de forças brilhantes que servem para reconstituir a harmonia onde reina a desordem, o caos, o desarranjo, a doença.

A Vontade é uma força que nos vem do Pai e nos torna seres totalmente livres, assim, quando esta Vontade se coloca em marcha tudo ao nosso redor começa a mover-se e tomam a forma e configuração energética de acordo com ela, a força providencial de Hochmah se coloca em atividade automaticamente e espalha seu jorro de Luz para levar, aquilo que a Vontade colocou em marcha, a maturidade e a perfeição. A providência por outro lado é uma consequência da Vontade, assim, se esta não atua, aquela tampouco o fará, de outro modo a providência não atua se não houver uma Vontade, tudo em decorrência da falta de propósito. Isto quer dizer que sem uma Vontade ativa a vida se estanca.

Hochmah, como já foi observado, é o manancial, a pura luz por onde a Vontade de Kether se faz visível. De seus inesgotáveis fluxos energéticos sai a substância que repara os tecidos do Universo doente e daí vem esta substância que permite a curar os enfermos.

No plano material Hochmah se manifesta como o planeta Urano, cuja função é a de separar a luz das trevas, o joio do trigo, destruindo o Mal onde quer que esteja. Suas radiações têm uma tensão referente a uma oitava superior a ordinária, e por isso resultam desintegradoras.

1.5    Discorrendo sobre os elementos

Hochmah representa a Força, o capital energético fornecido a Binah que se expressa pela Forma, o aprisionamento da energia em um estado de força estável. Ocorre que a força instável tende a caminhar à uma forma organizada e consequentemente ao equilíbrio – assim se movimenta o Universo em toda sua criação. Kether é um ponto no vazio, com posição, mas sem dimensão, e aqui o vislumbramos como um buraco negro que em determinado momento entra em ponto de saturação e explode espalhando toda a matéria que condensou em si. Hochmah e esta explosão de energia e matéria que correria solta no Universo sem fim se Binah não aprisionasse esta combustão em uma Forma e, assim, desta nebulosa, desse origem aos conglomerados, sois, planetas, espécies, etc. Contudo, uma vez alcançado o equilíbrio (o paraíso que é da responsabilidade de Hesed) nenhuma nova evolução poderá ocorrer, de modo que a energia precisa se desagregar da Forma (função de Geburah) para que ocorra uma nova evolução.

Criação do circulo compassoVimos no capítulo que trata do nome de Deus que Kether-Yod é como um Ponto Primordial que ao mover-se no espaço se transformará em uma linha reta (ou cetro ereto do poder) que representa Hochmah-He, o fluxo de força desorganizada e, em razão do espaço ser tido como curvo. Esta linha (ou fluxo de energia ilimitada e desorganizada) se envergará em direção ao infinito até que encontre o ponto inicial (mas num arco superior, visto que o universo progride continuamente) e dê origem a primeira Forma (Binah-Vô) ou seja, o círculo.

Então percebemos que em Hochmah não existe uma organização energética, mas um Estímulo Universal é, pois, o carburante que dá origem a tudo, mas sua manifestação só acontece após Binah desenhar sua Forma pois é a primeira das Sephiroth organizadoras e estabilizantes. Binah tem como representação planetária a Saturno e é conhecida como a Grande Mãe de todo o Universo pois é a partir da forma que tudo é criado, mas também é conhecida como O Grande Arquiteto.

Em decorrência desta composição Força-energia e Forma alguns cabalistas polarizaram Hochmah e Binah em positivo e negativo, e todos os caminhos horizontais da Árvore, o que acaba gerando uma confusão quando colocado junto com Kether na relação positivo, negativo e neutro enquanto Pai-Positivo, Filho-Negativo e Espirito Santo -Neutro. Contudo existe uma Lei entre as Sephiroth que reza que quem está acima (na sequência do raio da espada que vai de Kether a Malkuth) é sempre positivo ou masculino em relação ao que está embaixo, de outro lado existe uma Unidade de identidades entre Pai, Filho e Espirito Santo de modo que as polaridades podem se alternar entre si. A disposição hieróglifa da Árvore ensejam muitas nuances que não implicam necessariamente em equívocos, mas em modos diferentes de ver a mesma coisa por pontos de vista diferente. Então resta-nos estudar, também, esta masculinidade e a feminilidade primordiais sob este prisma e tentar compreende-los, contudo em alguns tópicos voltaremos a utilização das três forças primárias.

O que tratamos aqui são o positivo e o negativo, o masculino e o feminino primordiais sob o prisma de Arquétipos já estabelecidos desde Kether quando ainda não se contemplava a criação eis que um Arquétipo tem sua origem anterior a própria criação ou seja o arquétipo da maternidade já existia mesmo antes da primeira mãe ter vindo a forma e, isto antecede até a criação do Universo pela Grande Mãe, por isto são as entidades mais poderosas do Universo é a Mãe que dá a Forma pois a antecede. Então Hochmah é tido como Pai-Abba e Binah a Mãe-Aima e destes pares de opostos surgem então os pilares do Universo representados pelas colunas da direita-Misericórdia e esquerda-Severidade da Árvore e assim tecem toda a rede de manifestação pela união Energia e Forma.

Considerando-se que embora a forma seja edificadora, também é uma limitadora, pois prende, limita a energia em seu recipiente podemos considerar que o Pai é um dador de Vida-energia e a Mãe dadora de morte eis que em algum tempo a Forma deverá ser rompida e a energia liberada como ocorre nos corpos físicos que liberam sua alma após a morte da Forma corpórea ou mesmo a qualquer corpo que se desfaz da Forma em energia como por exemplo: uma bomba, o material que queima e vira fumaça ou qualquer outra coisa fora da Forma.

Existe a chamada Lei do Pêndulo, o conhecimento da periodicidade dos ciclos, que explica como uma energia deixa a Forma para virar outra coisa. Por exemplo o materialismo se converte no espiritualismo, e depois no politeísmo e depois no monoteísmo; ou uma nação sobe e outra desce como aconteceu com o Egito, depois Roma, após Inglaterra, depois EUA, etc.; hoje somos ricos em dinheiro e amanhã pobres e o amigo ou irmão enriquece ou o contrário a sorte varia como as fases da Lua (no dizer de Carmina Burana); esta Lei se opera na história das nações, durante as quais há atividade e passividade, construção e destruição que prevalecem alternadamente.

Há ainda as polarizações que se manifestam nos quatro mundos, nas três colunas ou mesmo pelos caminhos do Relâmpago Brilhante que ziguezagueia as Sephiroth em seu caminho de descenso a Malkuth. Se a transmutação das energias ocorre de acordo com o Relâmpago Brilhante, a força altera seu tipo; se ocorre de acordo com os Pilares, ela permanece do mesmo tipo, mas num arco superior ou inferior, de acordo com o Mundo que esteja (Atziluth, Briah, Yetzirah, Assiah), assim será positiva na coluna da direita (Yang), negativa na coluna da esquerda (Yin) e neutra ou equilibrada na coluna central (Tau).

Então como exemplo analisemos a energia sexual pelas vias do Relâmpago Brilhante no sentido ascendente e teremos: Em Malkuth, no microcosmo homem, no seu o corpo físico, a força do sexo se expressa em termos de óvulo e espermatozoide; em Yesod, o duplo etéreo, ela se expressará como força magnética ou em imagens refletidas dos planos; em Hod se expressa em imagens mentais planejamentos; em Netzach em um magnetismo mais sutil, o charme; em Tiphereth, o Centro Crístico, como inspiração espiritual, iluminação, influxo oriundo da consciência superior, se for do tipo positivo, ela se toma inspiração dionísiaca, inebriação divina e se for do tipo negativa, revelar-se-á como amor cristão impessoal e harmonizador.

Analisando a evolução das energias pelas colunas temos que o dinamismo puro de Hochmah converte-se em Hesed no aspecto edificador e organizador da evolução (que é o oposto do aspecto destrutivo de Geburah seu oposto no caminho 19º – Hesed-Teth-Geburah) e subindo de Hesed para Hochmah nos deparamos com um magnetismo relacionado ao poder de liderança de onde surge a grandeza. Já na coluna da esquerda a força restritiva Binah torna-se a força destrutiva de Geburah e em Hod novamente uma força formadora de imagens, constitutiva.

Material/Planeta (Assiah) ou Chakra Cósmico: É o Zodíaco ou Mazloth מזלות em hebraico e Urano. Basta lembrar que Hochmah refere-se ao Cristo Cósmico e que em sua literatura estava rodeado por 12 apóstolos que simbolizava cada um dos signos do Zodíaco, das tribos de Israel, trabalhos de Hercules, etc. e, de outro lado, compreende o processo de evolução de nosso sistema solar.

Embora o Chakra Cósmico seja o Zodíaco, tem-se considerado também que o planeta Urano rege esta Sephirah. Oras, a primeira exteriorização planetária corresponde a Hochmah e é Urano que por ser o mais afastado dos planetas, por sua órbita engloba todo o sistema solar, cobre tudo, com suas asas amorosas, que dele se desprende deste centro de vida.

Em Hochmah, há um concentrado de luz, que se direciona a Binah, que teve que renuncia-la para dar vida a um universo onde a vida inferior pudesse desenvolver-se. Esta acumulação de luz faz com que o material procedente de Urano vibre a uma frequência superior ao ordinário.

Astrologicamente, diz-se que Urano vibra em uma oitava superior a todos os outros planetas, como nas oitavas Musicais. A consequência desta situação e que a força de Urano se manifesta necessariamente destrutiva, uma vez que se algo vibra a uma intensidade superior não pode integrar-se a um conjunto cuja frequência vibracional é inferior sem destruí-lo.

Urano aporta-nos, pois, uma força desintegradora e sua posição em um horóscopo indica aquilo que o indivíduo não poderá consolidar, porque ira se desintegrar à medida que passe o tempo, salvo se for de matéria espiritual. Não se trata de que Urano se manifeste indiscriminadamente, mais que suas radiações destroem aquilo que para nós constitui um obstáculo para nosso desenvolvimento espiritual.

Na natureza, Urano e o responsável pela radioatividade natural. Sob a sua ação vemos que determinada matéria é transformada em outra, e esta por sua vez é transformada em outra distinta e assim sucessivamente até se chegar ao chumbo. Mas essas partículas luminosas que vão desaparecendo dos materiais compostos não desaparecem do universo, mas se integram a seu mundo. Isto é, Urano por um lado faz com que o material seja cada vez mais material e que o luminoso forme um corpo separado. Em outros termos, poderíamos dizer que este seja cada vez mais radical e mais facilmente reconhecível. É a famosa separação do joio do trigo. Aí se detém a proliferação uraniana. Note-se de passagem que o chumbo é regido por Saturno. O que caracteriza essa família radioativa é a sua perda progressiva de luz de forma que uma segunda matéria nascida de esse processo tem uma frequência vibratória inferior a primeira. Uma terceira vibra a uma intensidade inferior a segunda e assim por diante.

Na atual fase evolutiva, o homem reconhece perfeitamente o processo destruidor uraniano, mas não sabe ver nesse processo, ou não sabe usar, essa parte de bem. Sua ação desintegradora é uma ação libertadora, mas o homem ama suas sombras e raras vezes compreende a mensagem. Urano, por sua ação sobre nossos sentimentos, sobre nossos pensamentos, nos convida a integrar a um mundo mais elevado, obscurecendo ainda mais aquilo que já estava escuro, a fim de que possamos reconhecer essa escuridão sem lugar a dúvidas e mirarmos rumo a pureza e a Luz. Dessarte, Urano é, o portador de luz, o que nos indica o caminho para cima, o distribuidor do amor universal que transita em nossas naturezas e abre nossos olhos para o divino. Embora os astrólogos modernos tem atribuído a Urano a regência de Aquário, no afã de dar-lhe um destino, um signo, não se pode dar um comando a Urano, posto que, com sua vibração destrói aquilo que toca, separando a energia da matéria.

Os bons aspectos de Urano indicam que a pessoa tem disposição para a vida superior. Os maus aspectos asfixiam a sua radiação, tornando-a inoperante, se procedem de planetas como Saturno Mercúrio ou pelo contrário, aumentam seu poder desintegrador, se procedem de planetas amplificadores, como Júpiter, Vênus, Sol, ou com o destruidor Marte.

De acordo com os ensinamentos da mitologia, Urano é a oitava superior de Vênus embora alguns astrólogos consideram Mercúrio. Eis que na narrativa Vênus nasceu do sangue de Urano ao sofrer a mutilação de seus órgãos pelas mãos de seu filho Saturno.

Urano rege tudo o que está mais além do real, invenções, inovações, seja no domínio da técnica ou da ciência. Dá-nos a sabedoria divina em nossas ações humanas.

Palavras chaves:

(+) Destruição dos obstáculos espirituais, joio x trigo, integração a um mundo mais elevado, ação libertadora, portador de luz, vida superior, invenções, inovações, sabedoria divina.

(-) Desintegração, destruição

Títulos conferidos:  Ab. Abba. O Pai Supremo. Yod do Tetragrammaton.

Por Abba que significa Pai, o progenitor, verificamos sua manifestação ao que dá vida ao não nascido, naquele que se esforça em sua profissão para manter o lar, nas aventuras colonizantes a procura de novas terras. Como Yod (falo) do Tetragrammaton vemo-la na cauda aberta do pavão a no balançar do pescoço do pombo; podemos ouvi-la no chamado do gato no cio, no cheiro do bode, etc.

Aqui se distinguem três ritos ou cultos sexuais:

1) O culto da Fertilidade que visa tão somente a reprodução de animais, seja dos rebanhos, dos campos ou mesmo das esposas e que está vinculado a Yesod-Lua;

2) o da Vitalidade vincula-se a Netzach a esfera de Vênus-Afrodite e tem a ver com as influências vitalizantes e magnéticas que é distinto do ato sexual comumente concebido, refere-se, pois ao Sahaja Maithuna, e

3) o da Iluminação ou Inspiração que invoca as línguas de fogo de Pentecostes. É o rito de Hochmah que trata do influxo da energia cósmica, que não possui forma pois ainda não passou por Binah, assim, pode assumir qualquer forma podendo até ser sublimada. Trata-se, portanto, de um impulso puro da criação dinâmica e deste modo pode ser desviada de seu aspecto puramente sexual.

Para entrar em contato com estas fontes convêm participar de sua natureza essencial, experimentar a precipitação na energia cósmica dinâmica em sua forma pura ou seja, tornar-se Uno com a energia que é Una e, ao fazermos isto, atingimos também a Kether eis que aqui a Experiência Espiritual é a Visão de Deus face a face onde se alcança a compreensão da natureza da existência sem partes, atributos ou dimensões. A questão aqui é que quem caminha com Deus, levado em sua carruagem, não mais retorna eis que quem penetra na luz, nela permanece pois trata-se de uma energia tão imensa que o homem mortal nela se funde e se desagrega, salvo se tiver criado o chamado carro de Mercabá ou Merckabah (Manto Interno de Glória, do Pai, Hochmah), então a consciência mantem sua consistência e com as sementes dos quatro corpos poderá recriar os corpos desintegrados a exemplo do que fez o Kabir Jeshua Bem Pandirah entre tantos outros no intuito de cumprir uma missão.

Êxodo 33:20 “E disse mais: Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá.”

Imagem Mágica: é a de um homem barbado. A barba para indica a maturidade; o pai que provou sua masculinidade, não se trata do homem virgem inexperiente.

Símbolos/Armas mágicas: Uma alusão ao lingam dos hindus, ao falo dos gregos, são o órgão gerador masculino. O pedestal, a torre e o cetro levantado simbolizam o membro viril em sua potência maior. Tudo para indicar que Hochmah um símbolo dinâmico ou positivo, pois a masculinidade é uma forma de força dinâmica, assim com a feminilidade, seu contrário, é uma forma de força estática, latente ou potencial, inerte até que o polo masculino se lhe comunique o estímulo. A força polarizante, masculino-feminino, Hochmah-Binah é um todo do qual o sexo é uma parte eis que a manifestação sexual somente existe dentro da polaridade e tem sua conotação espiritual porque origina-se das Três Supremas de onde tudo parte de modo que o sexo faz parte da espiritualidade, daí as práticas como o Sahaja Maithuna, sublimação das energias, etc. bem como ao fato das imagens sexuais invadirem sempre a visão dos videntes e as práticas de concentração, meditação, etc.

O Manto Interno da Glória representa a Luz interna que ilumina a todos os homens e concede a visão interna mística das coisas espirituais partindo do alto e, rumo a subjetividade, que alcança a altitude. Refere-se também a criação dos corpos espirituais de Luz, pelo único caminho possível: a sexualidade e que nos permite estar frente a frente com Kether sem ser desintegrado, compreende os trajes das bodas (veja Mateus 22:1-14).

Uma vez estando no domínio destas energias, a força inicialmente e necessariamente descendente pode voltear do nadir ao zênite e transformar-se numa força ascendente, pode assim, ser dirigida para qualquer das esferas ou transformar-se no canal que desejarmos, lembrando-se da necessidade das vestes necessárias para tocar esta força, sob pena de rebento.

Forma geométrica: Traço

Mundo do coro: 1 – Atziluth, Mundo das Emanações, Arquétipo, espírito, elem. Fogo

Localização na Árvore: No topo do Pilar da Misericórdia, no Triângulo Supremo.

equilibrio das forças nos planosCorrespondência no Microcosmo: Refere-se ao lado esquerdo da face (nos olhando de frente).  Isto nos remete a que sempre que operamos de forma dinâmica, seja em que plano for, o faremos pelo Pilar Direito da Árvore já que as energias derivam da energia primária Yod de Hochmah.

E como estamos tratando da polaridade convém relembrar o que foi dito no capítulo referente ao método nesta parte das correspondências, ou seja: o que está à direita no homem está à esquerda na mulher e vice-versa e, na relação dos planos o que é positivo no plano físico é negativo no plano mental e é positivo novamente no plano astral e negativo no plano espiritual, e, quando uma mulher na meditação ou na magia será física e mentalmente negativa, mas psíquica a espiritualmente positiva, sucedendo o contrário do que ocorre com o homem.

Na prática vemos a mulher assumindo a posição de Isis na sala de prática e assim, acende as velas e os incensos, mas se for o homem que for faze-lo deverá entrar em contato com sua Divina Mãe interna para que seja feita via ela, já que estará assumindo uma função de polaridade negativa pois quem acende o fogo, seja espiritual, sexual ou físico é a mulher. Assim, o homem que deseja operar com uma força oposta ao seu veículo físico deve elevar sua consciência ao qual encontre a polaridade que deseja trabalhar. Dion Fortune recomenda: “o sacerdote de Osíris pode empregar os espíritos elementais para suplementar sua polaridade, e a sacerdotisa de Ísis invoca as influências angélicas”.

ida pingala e sushumahIlustrando mais podemos considerar os dois Pilares, o positivo sob Hochmah, o negativo sob Binah e o central como neutra que correspondem, respectivamente, a Ida, Pingala e Sushuma dos sistemas da ioga. As duas correntes magnéticas, positiva e negativa, que correm na aura paralelamente à espinha, chamam-se correntes do Sol e da Lua e, em cada existência, trabalhamos com uma destas forças, ou seja, em uma predomina o Sol-masculino-positivo e em outra a Lua-feminina-negativa, então como exemplificamos o homem que deseja trabalhar com a Lua emprega algum artifício que possibilite o reflexo desta energia em si mesmo e a mulher utiliza um artifício oposto, capaz de focalizar em si mesmo a energia masculina e refleti-la. No plano físico o homem reflete sua Luz solar na mulher para a reprodução e a mulher seduz o homem por meio dos desejos, atração até que derrame sua Luz. Nos magnetizamos também em nossa convivência no dia a dia com as pessoas pois tem pessoas que são Hochmah e outras Binah e aquelas que são mais poderosas do que nós é positiva para nós, tomando-nos comparativamente negativos em relação a elas e a que é menos poderosa do que nós, em qualquer aspecto, é negativo para nós e assumimos assim o papel positivo. Tudo o que estimula é atribuído a Hochmah e tudo o que ceda refere-se a Binah. Então se somos positivos fertilizamos o mundo e quando somos negativos somos fertilizados pela energia de Hochmah. É preciso haver um intercâmbio de polaridade entre nós e tudo sob pena de esterilidade.

Esta alternância pode ser feita porque a Centelha Divina, oriunda de Kether, é de um núcleo naturalmente, bissexual ou melhor dizendo bipolarizado, contendo as raízes de ambos os aspectos. Não se trata de modo algum de homossexualismo que é uma infâmia a todo processo de criação e, portanto, também espiritual que torna impossível a autorrealização por contrariar as leis básicas que geraram e coordenam tudo o que existe e está por existir, assim o homossexual tem um universo contrariado que traz o caos físico, psicológico e espiritual e, acaba refletindo tanto em sua existência atual como nas demais, com muito sofrimento, até que se adeque a ordem Universal, seja voluntariamente ou não. A forma física e o tipo racial que a alma assume em cada encarnação são determinados pelo destino, ou seja, o Karma, a resultante de variáveis energéticas geradas pelo próprio indivíduo, e a vida deve ser vivida de acordo com isso. Devemos aceitar nosso tipo racial ou físico pois introduzir mudanças em uma resultante de forças é algo arriscado e pode ser desastroso.

Virtude/vício: Vimos a pouco como a polaridade está implícita em tudo pelas influências de Hochmah e Binah, por esta razão podemos dizer que há tanta força no ódio sincero (vício de Hochmah) como no Amor. Cumpre saber trabalhar com as energias para atrair esta e repulsar a outra, e também criar os estímulos correspondentes ao que se deseja. Cabe esclarecer aqui a equivocada ideia de que o oposto do amor é a indiferença. Tal assertiva não está presente no âmbito da polaridade portanto não confere, de modo que o oposto do amor é o ódio e vice-versa; a indiferença estaria então mais relacionada a coluna do meio, ou seja, a neutralidade ou equilíbrio.

Outro vício relacionado a esta Sephirah é o egoísmo, eis que, enquanto o amor é uma força expansiva como Hochmah, que dá, que quer o bem alheio, que transmite a ideia de devoção, sua antítese, o egoísmo, quer tudo para si, só pensa em si mesmo, no seu bem estar, em seus problemas, etc.

Aspecto: 30º Semissextil. Cuida do encontro astrológico regido por Hochmah que trata do primeiro aspecto que se produz no caminho entre os dois planetas no caminho de ida, ou seja, uma separação de 30 graus, e também é o último que ocorre no caminho de retorno, antes da próxima conjunção.

Então, conforme seja o caminho de ida ou de retorno a interpretação difere, eis que, na ida, trata-se de um primeiro encontro entre duas forças que ainda não se conhecem, assim, trata-se de um primeiro encontro harmonioso, uma contribuição inicial para que produza um efeito. Tratando-se de um aspecto primeiro, não se espera do Semissextil (30º) de ida um efeito favorável imediato. O Semissextil (30º) indica, portanto, que o indivíduo está trabalhando para um objetivo distante, conciliando forças que ainda não podem ser domesticadas por não estarem amadurecidas, mas que um dia serão. Porém graças a sua influência, à vida toma uma inclinação para o que deve ser mesmo que a pessoa não tenha uma clara consciência do fato.

Trata-se de uma predisposição favorável para algo para o qual as forças da personalidade lutarão, como uma criança que hoje aprende música, mas que no futuro será um virtuoso, ou seja, um fato insignificante em si, mas sem o qual, posteriormente, não haveria conseguido realizar o seu destino.

No caminho de retorno, o Semissextil (30º) supõe um último toque favorável após uma longa jornada em que as forças incompatíveis entre si aprenderam a servir e a criar juntos algo tangível. Refere-se a um toque final que faltava para levar a maturidade e a perfeição um propósito qualquer, de forma que esse aspecto, pode ser decisivo para o final feliz de uma empresa. A natureza desta empresa nos é desvelada pelos signos e elementos envolvidos nesse aspecto. (Para maiores detalhes veja o capitulo intitulado: Aspectos astrológicos e os caminhos).

Planta: Amaranto, visco, figueira (Ficus religiosa]). O amaranto e considerado a flor da imortalidade é adorado por vários povos em rituais antigos, colocado aqui de modo a simbolizar essa qualidade do Yod do Tetragrammaton. O visco é citado por um motivo semelhante. A Figueira foi o abrigo de Buda no momento de sua iluminação. De outro modo suas folhas sugerem o falo.

Cor: e em Atziluth é Azul-suave puro; a cor de Hochmah em Briah é o cinza em seus aspectos superiores; cinza-pérola iridescente em Yetzirah que simboliza o velamento da pura luz branca de Kether, que desce, em sua rota de manifestação, até Binah, cuja cor é o preta. Em Assiah é branca salpicado de vermelho, azul e amarelo.

Incenso: Utiliza-se os mesmos de Tiphereth por constituir-se Hochmah o Cristo Imanifestado.

1.6    Caminho 2º

Corel caminho 2O 2º Caminho é chamado de Inteligência Iluminadora. É a Coroa da Criação e o Esplendor da Unidade Suprema, que a iguala. É exaltada sobre todas as cabeças e os cabalistas a chamam de Segunda Glória.

Refere-se ao sendeiro de Hochmah, o Cristo imanifestado, exaltado sobre todas as cabeças, ou seja, trata-se de “Isis a que nenhum mortal levantou o véu”, isto é, só aqueles que chegaram a imortalidade podem trilhar por este sendeiro que dá a visão direta do Pai sem ser fulminado, pois somente através do Cristo se chega ao Pai.

João 14:9 “…Quem me vê a mim vê o pai….”

João 14:10 “…mas o pai, que está em mim, é quem faz as obras.”

João 14:11 “Crede-me que estou no pai, e o pai, em mim…”

Da Inteligência Iluminadora advém a palavra criadora que diz “Faça-se a luz” e de sua simbologia Manto Interno da Glória suscita a ideia da vida animadora – o espírito iluminador. O Cristo já afirmava:

João 10:10 “…eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância.”

Trata-se desta fonte de energia ilimitada, da força masculina que, em todos os planos, deposita a centelha fecundante em seu óvulo passivo e transforma a latência inerte no desenvolvimento ativo que se manifesta pelo crescimento e evolução. Trata-se da força dinâmica da vida, que é espírito, energia pura, que anima a forma física e constrói o Manto Interno da Glória, que está associado ao espirito enquanto o Manto Externo do Ocultamento constante em Binah refere-se a energia aprisionada na Forma.

O título de Coroa da Criação, implica que essa Sephirah, assim como Kether, está além do universo manifesto e não faz parte de sua natureza, que a força viril de Hochmah que dá impulso à manifestação é anterior à própria manifestação como podemos comprovar ao estudarmos Binah, de onde surge, então, a primeira forma.

Observe que os Elohim clamaram “Faça-se a luz” muito antes que as águas e o firmamento fossem separados ou seja “Gênesis 1:2 …até então a “a terra era sem forma e vazia…” somente depois que Binah apareceu dando Forma a Luz emanada, mas também o texto iguala Hochmah com o Esplendor da Unidade Suprema e certamente o faz em todos os seus aspectos inclusive na alternância de polaridade já que a Trindade é Una eis que a palavra esplendor, aqui empregada, indica uma emanação ou irradiação e coloca Hochmah mais como uma influência emanante do Ser puro do que como uma coisa em si, como uma força dinâmica que promove a vida primordial e evoca a manifestação que embora sejam de mesma essência são de níveis diferentes. Não é por acaso que na simbologia o Yod do Tetragrammaton é idêntico ao lingam (falo) pois esta força ou Luz de nível “inferior” é positivamente polarizada.

Uma boa pergunta a ser feita então seria não quem é Deus, mas o que é Deus?

Uma resposta simples é que os deuses são criações do criado, eis que, nascem da adoração daqueles que o invocam, conjuram as forças naturais, de acordo com sua natureza, e atribuem-lhe uma forma e desígnio. Estas formas, uma vez constituídas, tomaram-se canais de expressão de forças especializadas. Estão por vezes mais próximo das egrégoras, ou seja, emanações das almas grupais das raças (de baixo para cima), e não de Eheieh, o Um, o Eterno (de cima para baixo – arquétipos – especializações dos centros de vida). Isto não implica a ausência de poderes já que temos aí a união entre o microcosmo e o macrocosmo, então os resultados obtidos são proporcionais as energias depositadas, sua fé e necessidade. Assim, meditando-se sobre a beleza sensual de Afrodite a alma humana se abre ao arquétipo da sensualidade. Daí que as mesmas causas, as mesmas necessidades originaram panteões semelhantes em diversas partes do mundo, mas com suas idiossincrasias próprias. Nesse sentido a adoração dos deuses torna-se algo útil para se alcançar um designo, de sorte que os iniciados nos mistérios não apenas acreditam nos deuses, santos, etc., mas também os adoram, já que é uma maneira de se alcançarem os arquétipos divinos.

O Sepher Yetzirah afirma, a respeito das duas Sephiroth, que elas são exaltadas sobre todas as cabeças. São elas Hochmah e Malkuth, pois a exaltação se encontra nos dois textos. Ocorre que Hochmah é tido como o Pai Supremo e Malkuth é a Mãe Inferior e o texto de Malkuth afirma que ela se senta no trono de Binah – a Mãe Superior que é o polo negativo de Hochmah. Então temos em Hochmah a forma mais abstrata da energia e em Malkut a mais densa, a matéria, a energia fortemente aprisionadas, ou seja, temos um par de opostos em que cada um é, a manifestação suprema de seu próprio tipo de manifestação da energia, o que significa que ambos são igualmente sagrados em seus diferentes domínios.

Chegar a este domínio significa conhecer todos os valores da criação, possuir todas as ciências, todas as artes, falar todas as línguas, dispor da ajuda dos Querubins, tornar-se um Deus. Segundo consta, Jesus foi um dos que conseguiram alcançar este nível.

A nível humano só se chega a este sendeiro pelas vias do Amor que se constitui em atos de dar que ultrapassem ao próprio indivíduo, como faz o Sol, ou seja, quanto mais se dá mais amor se tem, lembrando-se que Hochmah refere-se a uma força expansiva.

O caminho 2º é regido pelo Querubim 9 2->2: HAZIEL.

Palavras chaves: Energia ilimitada, expansiva, Esplendor da Unidade Suprema, um com o Pai.

1.7    Cartas do Tarô

Os quatro dois: Dois de Paus: S. Domínio, Neutralização; Dois de Copas: amor ilimitado; Dois de Espadas: paz restabelecida; Dois de Ouros: Senhor da Abundância Material.

Os quatro dois são o reflexo de Hochmah, de modo que os quatro dois, conjuntamente, formam o He do nome impronunciável יהוה – “Yod-He-Vô-He”, ainda que em separado como ocorre com os ases, constituirá o nome divino em sua totalidade nesta fase He, então teremos que: o dois de Paus é o Yod dos dois; o dois de copas é o He; dois de espadas é o Vô e o dois de ouros o segundo He. Hochmah se encontrará particularmente relacionado com o dois de copas.

1.7.1    Dois de Paus

dois de pausRecebe o título de Senhor do domínio, as forças do Hochmah se expandem infinitamente no Universo dominando tudo. Refere-se ao elemento Fogo e astrologicamente corresponde a posição de Urano transitando pelo segundo decanato de Áries onde Hochmah manifesta seus fluxos mediante as roupagens deste signo regido por Geburah-Marte que o influencia e sob as pulsações do regente deste decanato que é o Urano.

Neste ponto, Kether o primeiro ponto de partida na Arvore e no zodíaco, o centro produtor de iniciativas, a essência divina, expressa-se por intermédio de Hochmah o centro produtor de Amor-Sabedoria, o Amor universal, a essência Crística. No mais, o resultado desta alquimia se exteriorizará ainda pelo tom prismático de Tiphereth, o coordenador deste subciclo evolutivo.

O Dois de Paus é o Yod (יהוה “Yod-He-Vô-He”) do quaternário dos dois, deste modo, possui uma relação com Kether o iniciador supremo, o primeiro, que está acima de todas as coisas e refere-se à influência de Hochmah no plano espiritual (Hochmah em Yod).

Aqui as forças de Kether se veem neutralizadas, eis que a vontade primordial queda prisioneiro do amor. Uma vez que a vontade esteja aprisionada, as virtudes do “Um” não podem manifestar-se. Em razão disto os mananciais de Kether como liberdade e supremo desígnio quedam como inertes.

No campo prático, algo que havia sido posto em andamento vê-se neutralizado e ao invés de exteriorizar-se pela força de Kether retém-se nas interiorizações de Hochmah. A paixão aprisiona a Vontade tornando-a passiva, i.e., sem existência. A força criadora é dominada antes que venha a produzir qualquer coisa, eis que a primeira produção só aparecerá após a manifestação do três – em Binah.

Palavras chaves: 2♣ Senhor do Domínio, Neutralização de algo, primordial é prisioneiro do amor.

(Reta) Tristeza, desgosto, desespero, mal humor, agressão, cólera.

(Invertida) Surpresa, milagre, fenômeno.

1.7.2    Dois de Copas

dois de copasRecebe o título de Senhor do Amor. Refere-se ao elemento Água e astrologicamente corresponde a posição de Urano transitando pelo segundo decanato de Câncer onde Hochmah manifesta seus fluxos mediante as roupagens deste signo regido por Yesod-Lua que o influencia e sob as pulsações do regente deste decanato que é o Urano.

Neste ponto o Amor-sabedoria de Hochmah expressa-se por intermédio de seu próprio centro. No mais, o resultado desta alquimia se exteriorizará ainda pelo tom prismático de Geburah, o coordenador deste subciclo evolutivo.

Aqui ainda a liberdade é ilimitada e, assim, o amor é inesgotável, magnânimo, expansivo que não se prende a um objeto determinado, basta ver que Hochmah encontra-se no mundo das emanações, onde Binah ainda não se manifestou impondo seus limites, suas restrições, suas Leis.

O Dois de Copas é o He (יהוה “Yod-He-Vô-He”) do quaternário dos dois, deste modo, possui uma relação com Hochmah o supremo representante do amor e refere-se à influência de Hochmah no plano astral (Hochmah em He).

Neste ponto o amor sem limite abrange a todo o criado, por cima de todas as coisas, capaz de todos os sacrifícios.

Ao analisarmos o segundo signo do elemento Água veremos que se trata de Escorpião, regido por Marte, ao passo que na árvore cabalística, pertence ao mundo da criação que é subordinado a Hochmah, já que ambos são “He”, e neste mundo ocupa a segunda posição que também pertence a Hochmah. Perceberemos, deste modo, como está carta e dominada inteiramente pela segunda Sephirah.

De outro lado como esta carta refere-se ao número dois, no sentido invertido encontrará elementos de passividade como o desejo, a paixão.

Palavras chaves: 2♥ Senhor do amor, amor ilimitado, por todo o criado.

(Reta) Amor, atração, simpatia, amizade, bondade, sublimes sentimentos.

(Invertida) Desejo, concupiscência, paixão, ilusão, capricho, apetite.

1.7.3    Dois de espadas

dois de espadasRecebe o título de Senhor da Paz Restabelecida. Refere-se ao elemento Ar e astrologicamente corresponde a posição de Urano transitando pelo segundo decanato de Libra onde Hochmah manifesta seus fluxos mediante as roupagens deste signo regido por Netzah-Vênus que o influencia e sob as pulsações do regente deste decanato que é Urano.

Neste ponto as restrições de Binah o construtor do universo, centro instituidor de todas as coisas de onde emanam a Lei e a ordem, expressa-se por intermédio de Hochmah o centro produtor de Amor-Sabedoria, o Amor universal, a essência Crística. No mais, o resultado desta alquimia se exteriorizará ainda pelo tom prismático de Binah, o coordenador deste subciclo evolutivo.

O Dois de Espadas é o Vô (יהוה “Yod-He-Vô-He”) do quaternário dos dois, deste modo, possui uma relação com Binah a inteligência ativa e refere-se à influência de Hochmah no plano mental (Hochmah em Vô).

A força de Hochmah, aproveitando-se de uma brecha, de um momento de não formação, penetra no interior dos combatentes e faz com que desistam da luta. Indica que as forças destrutivas das espadas estão em equilíbrio temporário. Os sentimentos de Amor-sabedoria influenciam fortemente os combatentes já no momento de iniciar a luta.

Palavras chaves: Senhor da Paz Restabelecida, restaurada.

(Reta) Amizade, pacto, afinidade.

(Invertida) Falsidade, mentira, má fé, dissimulação.

1.7.4    Dois de Ouros

dois de ourosRecebe o título de Senhor da Abundância Material. Refere-se ao elemento Terra e astrologicamente corresponde a posição de Urano transitando pelo segundo decanato de Capricórnio onde Hochmah manifesta seus fluxos mediante as roupagens deste signo regido por Binah-Saturno que o influencia e sob as pulsações do regente deste decanato que é Urano.

Neste ponto Hesed com o seu poder espiritual realizador das bondades, expressa-se por intermédio de Hochmah o centro produtor de Amor-Sabedoria, o Amor universal, a essência Crística. No mais, o resultado desta alquimia se exteriorizará ainda pelo tom prismático de Netzah, o coordenador deste subciclo evolutivo.

O Dois de Ouros é o 2º He (יהוה “Yod-He-Vô-He”) do quaternário dos dois, deste modo, possui uma relação com Hesed o instrumentador do Paraíso e refere-se à influência de Hochmah no plano físico (Hochmah no 2º He). Aqui, as energias de Hochmah estão diretamente associadas a Malkuth, que representa a personalidade física em Assiah.

Dessarte, temos a atuação de duas forças trabalhando conjuntamente: a de Hochmah, que rege os dois, e a de Hesed, representante do segundo He do nome sagrado, relacionado ao dois de ouros. O amor de Hochmah acima age sobre a terra fecunda de baixo e anuncia a fartura paradisíaca, o amor, transformando-se em bens materiais: o amor de Deus, proteção divina, que se manifestará através dos objetos e das pessoas, como a proteção dos grandes, dos elevados.

Palavras chaves: 2♦S. Abundância material, terra fecunda, proteção Divina e dos grandes.

(Reta) Terra fecunda, loteria, circ. afortunada, favores de mãe, fartura paradisíaca;

(Invertida) Corrupção, nepotismo, parasitismo, abuso de confiança, caciquismo.

[1] Veja o capítulo intitulado “Os doze apóstolos e a Santa Ceia” em Suplemento dos 12 signos.

[2] Um período para Yod; um período para He e um período para Vô já que o segundo He é o resultado.

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A CABALA DE HAKASH BA HAKASH

Filosofia Metafísica Quântica Cabalística – TOMO I

ÀRVORE DA VIDA – OTZ CHIIM

ELEMENTOS, PLANETAS, SIGNO, TARO

Autor: Inácio Vacchiano