No caminho da obtenção do conhecimento aplica-se a regra da ordem criativa que reza “os últimos serão os primeiros”. Assim, quando nos enfademos das experiencias terrena iniciamos a busca interna pelo conhecimento. Depois sentimos a presença do ultra e por fim adentramos a Vontade Universal.
O estudo da Cabala se faz primeiramente pelos livros, afinal inicialmente devemos curar a ignorância, além do mais estarmos atuando no caminho de retorno que vai de Malkut a Kether de modo que o Mundo de Formação tem natureza cognitiva intelectual em um primeiro momento.
Posteriormente vem as práticas para adentrarmos aos Arquétipos onde concorre a assistência do mundo invisível para a sua concretização.
A medida que ficamos familiarizados com as energias bastará mentalizar os signos, os atributos, forças, etc., para que estas pulsações se coloquem a nossa disposição. Contudo antes que isto ocorra haveremos de fazer nossa contraparte, os trabalhos de entrada em cada mundo.
Agrippa citou três maneiras de invocar ou evocar os gênios por meio das simpatias energéticas:
1.1 Modo natural
A primeira é natural e é feita por meio dos mistos com os quais os gênios simpatizam, ou seja, incenso, pedras, perfumes, cores, animais, elementos etc.;
Em cada um dos arquétipos elaboramos uma relação com os elementos constitutivos ou relacionados que podem ser utilizados nos trabalhos.
1.2 Pela observação dos astros
O segundo modo consiste na observação dos astros para capitação das influências favoráveis no momento desejado. São muitas as escolas que ensinam aos seus adeptos a não realizar trabalhos sem antes consultar a posições zodiacais.
Neste sentido nos disponibilizamos do mapa astral no momento dos trabalhos para análise dos aspectos, principalmente as conjunções, trígonos em seu sentido positivo ou mesmo para nos precavermos das quadraturas em seu curso negativo. O que se pretende aqui é nadar no mesmo sentido do fluxo do rio, pegar uma carona em suas forças.
Cabe ainda a observação referente aos Gênios que se encontram ativos em cada momento segundo o arco em que se encontre de modo que podemos fazer as invocações das seguintes maneiras:
- Pelo ciclo diário, a cada 20 minutos a partir da saída do sol onde os Gênios vão se alterando no decorrer do dia.
- Por rotação, de Grau em Grau o que corresponde a cerca de 1 grau por dia, mas com uma variação em razão do ano ter 365 ou 366 dias e o círculo possuir somente 360 graus;
- Por domicilio, que corresponde a uma fração de arco de 5 graus em cada ponto que multiplicado por 72 dará os 360ºs do círculo;
- Por conjunção que ocorre quando cada planeta se encontra nos graus referentes aos signos nas escalas de 1 a 10 a que corresponde cada sephira em cada decanato.
- Aspectos entre planetas que se apresenta quando um planeta segue em direção ao outro, ou mesmo em seus encontros, levando-se em consideração os signos e planetas que esses encontros representam bem como suas posições em cada casa, mais as suas configurações diurnas ou noturnas.
1.3 Assessoria divina
O terceiro modo é mais divino e faz-se pelo auxílio de Deus (o qual cumpre primeiramente compreender sua natureza) pela via dos nomes divinos e cerimônias sagradas. Entramos aqui no aspecto ritualístico que visa nossa entrada psíquica e espiritual aos mundos superiores. De um modo grosseiro seria uma magnetização, ou um tipo de auto hipnotismo que proponha a união energética. Mas não é adequado utiliza-se deste termo em razão de tratar-se da entrada em um modo alterado de consciência de modo consciente.
Ao concorrerem as entidades e termos a sensibilidade de capta-las, suas vibrações elevam as nossas, e podemos nos comunicar com toda a estrutura de nosso ser.
Com o auxílio dos textos que relatam as virtudes e nomes dos gênios, as orações, talismãs, tábuas com seus dias e horas, ferramentais mágicas, citações dos textos tradicionais, podemos, invocar ou evocar a forças dos arquétipos, suas potencialidades, inteligência, auxílio a fim de que promovam um verdadeiro milagre em nossas vidas.
1.4 Invocação por conjunção:
A invocação por conjunção dos Serafins difere dos demais coros. Enquanto nos outros oito, cada sephira se posiciona em todos os graus, relativos aos demais centros de vida para promover sua influência através destes, ao tratarmos do Serafins devemos nos lembrar que se referem a emanação das emanações de modo que os demais Sephiroth apresentam sua Coroa a Kether no intuito de receber a Vontade primordial. Como esta séfira é a doadora original não cabe que as demais se manifestem por intermédio de Kether pois estariam usurpando a coroa em uma abstração inconcebível eis que ao penetrar neste plano tudo se dissolve na Unidade de modo que não há manifestação possível, seria necessário para tal, sair da Unidade e recriar veículos de manifestação nos planos inferiores. Escritos ocultos afirmam que o Kabir Jesus teria feito tal proeza.
No mesmo sentido, como não há representação para a abstração de Kether, não caberia a este prostrar a Coroa para si mesmo, assim, a primeira séfira a reverenciar com sua Grinalda é o Filho-Hochmah, cuja missão é cumprir a Vontade do Pai.
Tratando-se do primeiro Serafim VEHUIAH, essa “manifestação” de Kether mostra sua face quando Hochmah representado fisicamente por Urano se encontra em um dos graus de Kether, ou seja, entre 0º a 1º, de 10º a 11º e de 20º a 21º de qualquer signo e nesta lógica seguem os demais Sephiroth ou planetas conforme será detalhado na sequência dos estudos arquétipos.
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A CABALA DE HAKASH BA HAKASH
Filosofia Metafísica Quântica Cabalística – TOMO III
Schemhammephorasch שם הםףורש