16 w.2 Gênio Azeruel אזרואל – Ayin ע


Gematria: 1+7+200+6+1+30 = 239 = 14 = 5

Outros nomes encontrados: Azertel, Azemel e Mihr.

Dia da Lua: Mestre das Influências Cósmicas do 2º Dia da Lua  Cheia. A 16ª Morada Lunar se estende de 192º 51′ 26” a 205º 42′ 52” do seu ponto de partida, ou seja, de 12º 51′ 26” de Libra a 25º 42′ 52” do mesmo signo.

Forças em ação no ciclo lunar: A força da Lua Cheia (Ar) que manifesta seus fluxos mediante as pulsações de Júpiter (Fogo da Água) na terceira fase da Lua.

Azeruel é o segundo da ordem das Ides (Lua Cheia) e situa-se na décima sexta morada filosofal da Lua (ou mansão Lunar).

1.1     Descrição Sephiroth cabalística

Trata primordialmente das forças do Ar, o “Vô” – disposto na relação YHVH – יהוה – Yod-He-Vô-He, cuja natureza é o movimento, que se move em espiral, oposto a estabilidade, o manancial de inteligência oriundo da inteligência primordial que se expressa pelo pensamento e, aqui, refere-se as forças da Ar, o sopro imperecível de vida ou suspiro criador, que penetra a todos os seres, facultando que vivam e subsistam, movendo e preenchendo a tudo, que proporciona a manifestação pelo movimento das energias dos mundos superiores até a manifestação, atuando sobre o Fogo da Água que se refere a Sephirah de Hesed-Jupiter e ao signo de Câncer (conforme posição na Árvore – na terceira fase da Lua – “Vô” – Yetzirah), i.e., temos aqui o Ar atuando sobre dois elementos contrários que precisam trabalhar juntos, que promovem a fecundação dos pensamentos, favorecem o crescimento pessoal mediante o batalhar das antíteses. Assim, sob a influência do Ar, temos a tese que se une a antítese originando a síntese, ou seja, o Tetragrammaton do pensamento resultado das racionalizações (até o plano mental) e, aqui, propõe o crescimento pessoal mediante o confronto das adversidades, das paixões.

Na 16ª Morada lunar se encontra ativo o Ayn, de onde provém a palavra ou o nome de poder Ayah (Ayn-Yod-Hé – עיה)  Seu atributo: Deus que socorre.

No 26º caminho nos deparamos com o Ar da Água atuando através do Fogo da Terra sobre a Água da Ar que se refere ao Sol empreendendo através de Capricórnio sobre Mercúrio. Neste ponto nos deparamos com a Inteligência Renovadora que nos proporciona a compreensão equilibrada da organização cósmica e tem por finalidade a renovação e o aperfeiçoamento da obra. Trata-se de uma energia automática de restart da Lei de Causa e Efeito, da Justiça Universal, quando já não há uma solução de saneamento, que vem a nós; mas, quando trabalharmos duro e conscientemente, antes que a Lei nos alcance (aqui provavelmente já não há mais tempo), não será tão traumático, lembremo-nos do brocardo esotérico:

“Ao Leão da Lei se combate com a balança”.

Então temos que neste ponto houve uma tese, uma antítese e o restart será a síntese, a resultante da equação energética; mas com valor zero, já que tudo deverá voltar ao ponto de partida; daí que este reequilíbrio origine muito desconforto, grande dor; basta ver que o intermediário desta operação é Capricórnio e ainda que no ciclo Sepher Yetzirah também há uma correspondência a este signo, o construtor, regido por Binah, o Senhor supremo e originário da Causa e Efeito e de um dos pontos, seja como ida ou retorno, nos deparamos com Tiphereth que também é um exteriorizador de Bina, mas principalmente pelo sacrifício.

Lembremo-nos que o 25º caminho passa pela Noite Escura da Alma pelo abandono da personalidade com seus egos que devem ser superados. O único ponto de apoio aqui seria o Íntimo, a nossa intuição sediada em Âtmâ-Hesed; dizemos seria porque ao se adentrar neste ínterim é razoável deduzir que tudo já foi perdido; salvo é claro se este for um trabalho voluntário de autoaperfeiçoamento a que se passe.

Letra segundo Lenain: “Ayinu (70), décima sexta letra, dá origem ao nome Hazaz עזז, (fortis), que significa Deus forte. Corresponde aos nomes Jehovah-Tsebaoth, יהוה-צבאות. Tem domínio sobre o nono céu[1], chamado pelos hebreus Iareach ורח e, pelos árabes, Ianeah, a lua. A inteligência que a governa se chama Gabriel, גבריאל, mestre de José, Josué e Daniel.

Gabriel recebe a força de Deus por intermédio de Mikael, para transmiti-la às ordens inferiores que governam a terra e os elementos.[2]

A letra força Ayinu (70) refere-se a uma ligação direcionada com vistas a Vontade espiritualizada. Ou seja, o firme suporte para aqueles que estejam realizando o trabalho sobre si mesmo nesta instância.

No Taro temos a imagem da Torre Fulminada pelo raio que vem do alto (as Leis Universais ora violadas) sendo destruída, onde dois homens caem e um deles molda seu corpo em conformidade com a letra Ayn, ou ainda a estrela flamejante investida, de cabeça para baixo. Também é tida como aqueda de Adão (uma das inscrições em hebraico na figura do Tetragrammaton em seu braço direito). Ocorre, dessarte, a destruição como resultado das más escolhas trilhadas. Tratando-se do grande arcano, encena a perda das energias, a queda mediante a fornicação. Observemos que a gematria de Azeruel nos remete a temperança e a Geburah (1+7+200+6+1+30 = 239 = 14 = 5) o retificador dos erros.

Na trilogia dos elementos nossa deparamos com Netzah que está relacionado ao signo de Libra. Deste modo, temos aqui mais uma referência do universo equilibrando as energias.

Na ordem Sephirótica corresponde a Netzah em seu segundo ciclo, as inteligências soberanas que habitam o mundo visível, astrológico relativo a Briahe ao planeta Vênus.

No ciclo zodiacal יהוה – “Yod-He-Vô-He”, corresponde a transição entre o ciclo da Terra que terminou em Samekh (15) e o novo ciclo que se inicia com o elemento Fogo, a transição entre Virgem e Áries; representa, pois, uma ruptura forçada em razão da necessidade de se seguir adiante na evolução.

Na ordem de fenômenos naturais o Ayin representa as montanhas – Terra de cima – a pressão violenta devido à gravidade. Sentido prático, capacidade de enraizar-se, também relacionadas a Capricórnio[3].

A Lua na Morada 16 disparará em Ayn, que é a Força que incorpora os valores do ciclo anterior ao novo ciclo que se inicia. Neste retorno ao ponto zero a energia da matéria é retirada e volta a ser Luz; dessarte, ao se retirar energia da matéria, esta se desmorona, levando a catástrofe anunciada na lâmina do Tarot ora nominada.  Deste modo, esta Morada será de colapso de um mundo que esgotou a sua vitalidade e utilidade, marcando para o indivíduo afetado a hora de voltar para a vida espiritual. Conforme seja o grau evolutivo do indivíduo, este entrará em pleno grau na sua nova condição ou fá-lo-á à força, por mediação da catástrofe.

No grau evolutivo, a sua resposta automática será a do que reconquistou a inocência, acertou o caminho por conta própria, e que está aberto e disposto a seguir as regras do seu novo mundo.

No grau involutivo, será o indivíduo portador de síndromes tóxicas cujo impulso o levará a conservar o corrupto interior, usado, deteriorado, com tendência a provocar infecções, em si próprio e nos outros.

  1. Contextualização astrológica-cabalística

Apesar deste Arcano indicar tendencias ruins, o horóscopo solar, como em todos os outros casos, pode dar indicações de modificações dessas tendências, lançando o indivíduo por outras bandas. De qualquer modo, os planetas nessa Morada potenciarão o Ayn, amplificando suas tendências.

Quando em seu trânsito mensal a Lua se encontra nessa Morada, conforme se trate de Morada Celeste (as que partem da mesma Lua influenciadas por Hochmah) ou Terrestre (que partem do Ascendente influenciadas por Binah), o Ayn é precipitado ao consumo humano ou nos desprendemos de Ayn que levamos dentro. No sentido voluntário, ocorrerá que o indivíduo se sentirá impulsionado a abandonar seus velhos hábitos e adotar outros novos tais como retorno a espiritualidade, conversões etc. Se não o fizer, per si, haverão de se produzir as catástrofes que o obrigarão a mudar.

Azeruel nos traz as energias das Virtudes (Tiphereth) e pelos Arcanjos (Hod) conjuntamente. O caminho de ida pela árvore é regido pela Virtude o 48 6->9: MIHAEL e o caminho de volta pelo Arcanjo 69 9->6: ROCHEL. Proporciona uma percepção interna do futuro nesta relação originária de Causa e Efeito que nos leva ao reset de modo que possamos elaborar uma Vontade que proporcione o socorro ante a sucumbência, mediante a recuperação de nossa essência, a restituição de valores, das Leis Espirituais que descartamos, porquanto nos proporciona uma visão geral de nosso interno e da situação em vigor.

Azeruel, faz descobrir a nosso Moisés interior, sua missão, nos proporciona receber o maná (conhecimento) e as Leis elaboradas pelo Ser Eterno e que administram tudo o que existe. Por vezes o nosso Moisés interior tem suas dúvidas, não se sente capaz de levar a bom termo o programa que sua divindade interior concebeu, então a divindade proporciona uma série de provas convincentes, concernentes ao sucesso do projeto.

  1. Virtudes concedidas

Como estamos tratando de um reset, a nível humano positivo, a ação prática do Gênio Azeruel se traduzirá pela aparição de uma ideia nova. A Vontade “sobe, escala a Montanha” e entende a voz que o lança a um caminho mais curto, rumo à realização do projeto. É assim que tudo acontece nos capítulos 3 e 4 do Êxodo.

A nova idéia (dada por Binael, Saturno-Binah) elimina tudo o que torna o projeto incompatível com a Sabedoria Coletiva. No capítulo 35 do Êxodo, vemos que o Povo põe tudo o que possui para a construção do Tabernáculo. Da mesma forma, a ideia ascendente (montante), inoculada por Azeruel, coloca todas as suas riquezas para que o Ser-Binah possa construir o Tabernáculo do futuro (ou seja, para que o Cérebro dos Antigos Espíritos Virgens [nós] possa voltar, tornar-se Deus Criador). Então e desde já cada uma de nossas tendências trabalhará no sentido, no único propósito de construir este tabernáculo que permitirá residir de forma permanente a nossa Divindade Interior, em seus veículos humanos e celestes com a criação dos corpos supra energéticos no vital, mental, astral, causal, Búdico e Atmico – quanto ao físico já estamos trabalhando ao sublimar as energias.

1º Coríntio 6:19

“Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do espírito santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?”

Em princípio, esta Divindade exercerá seus poderes na ação cotidiana de nosso corpo Físico. Logo quando este desapareça, nossa Divindade residirá em nosso corpo Mental, depois no Corpo dos desejos (ou Astral) e assim sucessivamente para construir imediatamente, para realizar um projeto, e mais tarde, num próximo período de Manifestação, nos planos subsequentes, para construir um próximo universo.

Orar e invocar a este Gênio Lunar do 16º dia é coisa essencial. Basta ler os últimos capítulos do Êxodo, 35 a 40 que não deve ser entendido estritamente de modo literal, já que tratam de uma construção espiritual, para perceber que os grandes trabalhos foram tanto interiores como exteriores. É na assimilação interior que nosso Real Ser cresce em saber, sabedoria e Poder.

Tudo o que está consignado nas escrituras deve realizar-se. Na verdade, está a acontecer, mesmo que estejamos inconscientes desta realidade, e que pensemos que se trata de factos históricos ou simbólicos. No Levítico, no Êxodo etc. os Gênios Lunares descrevem a realidade Divina que será, que é a realidade humana. Também os ArcGênios, no Livro do Gênesis, apresentam a atualidade permanente, divina e Humana; o caminho a seguir para ter sucesso na existência

  1. Atitudes

Como estamos tratando de um período de reset, cumpre que nos adiantemos – se ainda houver tempo -, e mudemos nos mesmos o que precisa ser mudado, mutatis mutandis, antes que as emanações corretivas venham do alto, já que tudo faz parte de um ciclo e se não darmos a vazão adequada a represa, esta estourará suas barragens e tudo virá de uma vez como um desastroso dilúvio.

Percebamos que A força da Lua Cheia manifesta seus fluxos mediante as pulsações de Júpiter na terceira fase da Lua, i.e., sobre a exteriorização de Jehovah-Binah, ou seja Azeruel faz borbulhar a bondade de Hesed sobre a Lei. Trata-se de um momento em que precisamos buscar auxílio em nosso íntimo e realizar boas obras de modo a socorrermos ao próximo e concomitantemente a nós mesmos. Daí vem o atributo, Deus Caritativo, Deus que socorre.

1º Pedro 4:8

E sobretudo, tende fervente caridade [ardente amor] entre vós, [uns para com os outros,] porque a caridade cobrirá a multidão de pecados.

  1. Orações

O GÊNIO AZERUEL EXORTA

Seus pensamentos e desejos se espalham

Vibrações, em todas as direções,

Como as ondas formadas pela pedra

Que cai na água

As vibrações positivas, otimistas

São as altas frequências que dominam

As baixas frequências

As novas ideias são cor-de-rosa irisado.

Os pensamentos corretos são amarelos

As palavras inteligentes são castanho-claros (castanho escuro, se lhes falta sinceridade)

As frequências e cores emitidas,

Atraem, e enraízam, o que lhes é semelhante.

O que é está gravado no Interior

Atrai irremissivelmente tudo o que lhe está associado.

PRONUNCIA A INVOCAÇÃO MAGICA SEGUINTE

“Por ti em mim Angel Azeruel

Nada de mau me pode acontecer.

Pelo contrário, porque eu quero

Só o Bem, a alegria, o sucesso

E a fortuna para fazer avançar

Minha alma, e para ser útil ao meu próximo e a mim mesmo

Palavras chaves: Renovação, reset, restituição de valores, castidade, mutatis mutandis, caridade.


[1] Jehovah-Tsebaoth, יהוה-צבאות refere-se ao nome de Deus no sétimo centro de vida do Mundo de Atziluth – Lenain parece trocar constantemente as posições. No Tomo III, capitulo 5 – A Árvore cabalística apresentamos alguns esquemas relativos as posições dos nomes de Deus nos 4 mundos.

[2] Mais uma vez Lenain troca as entidades já que aqui refere-se a entidades lunares ligadas a letra Tzaddi, quando termina o mundo astrológico e começa o mundo elementar que vai do 19 ao 22.

[3] Veja no Tomo I – 3. A triplicidade do zodíaco e elementos

 

A CABALA DE HAKASH BA HAKASH TOMO IV

Filosofia Metafísica Quântica Cabalística – TOMO IV – Os Gênios Lunares

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