.9 YESOD


Anjos1.1    Elementos constitutivos ou relacionados

Sephirah: Yesod (Em hebraico: יסוד Yod, Samech, Vau, Daleth – Fundamento)
Coro, nome cristão: 9 – Anjos
Nome divino (Atziluth): Shaddai el Chai שדי אל חי, o Deus Vivo Todo-poderoso.
Arcanjo (Briah): Gabriel גבריאל.
Coro Angélico (Yetzirah): Kerubim כרבים, Base dos

Filhos, os Poderosos.

Material/Planeta (Assiah) ou Chakra Cósmico: Levanah לבנה, a Lua.
Inteligência Geomântica: Gabriel (גבריאל)
Regente do planeta: Gabriel (גבריאל)
Títulos conferidos: Yesod, o Fundamento. (Em hebraico, יםוד: Yod, Samech, Vau, Daleth.)
Imagem Mágica: Um belo homem desnudo, muito forte.
Símbolos/Armas mágicas: Os perfumes, as sandálias.
Forma geométrica: Eneagrama
Localização na Árvore: Na base do Pilar do Equilíbrio acima de Malkuth.
Relação/elementos: Ar do Ar.
Mundo do coro: 3 – Yetzirah, Mundo de Formação, Mental – elemento Ar.
Correspondência no Microcosmo: Os órgãos reprodutores.
Correspondência no Macrocosmo: Os lugares ermos, desertos, florestas, nas rochas, nos lugares pedregosos, as montanhas, as fontes, as águas, os rios, os mares e os portos; os barcos, os diversos lugares campestres e os bosques; e também os caminhos públicos, os celeiros e outros semelhantes.
Signo: Gêmeos – terceiro signo do Ar.
Elemento zodiacal: Ar
Texto yetzirático: O Nono Caminho chama-se Inteligência Pura, porque purifica as Emanações. Ele prova e corrige o desenho de suas representações e a unidade segundo a qual elas estão dispostas, sem diminuição ou divisão.
Experiência Espiritual: A visão do mecanismo do universo.
Atributo: Fundamento
Virtude: Independência.
Vício: Inveja.
Aspecto: 150º Quinquício
Animais: Terrestres: Camaleão, cães, suínos, corsas, cabras, babuíno, pantera, gatos, lontras. Aves: gansos, patos, mergulhões, garças, escaravelho. Animais aquáticos: Peixe gato, tartaruga, os equeneídeos, o caranguejo, as ostras, os sapos e as rãs.
Plantas: Seringueira, coqueiro, palmeira, o agrião, cânfora, arruda, eucalipto, hortelã, alecrim, absinto, artemísia, o selenotrópio (parece referir-se a dama-da-noite), o hissopo, o alecrim, o agnocasto, cogumelo, papoula.
Pedras: Quartzo, cristal, marcassita de prata, selenita, perolas. Metais: Prata.
Drogas: Os abortivos – Yesod em seu aspecto Hécate.
Cartas do Tarô: Os quatro noves. Nove de Paus: Grande Força; Nove de Copas: felicidade sentimentalrealização amorosa; Nove de Espadas:  Crueldadeimagens restritivas; Nove de Ouros: ganancia material.
Cor em Atziluth: Índigo.
Cor em Briah: Violeta.
Cor em Yetzirah: Citrino salpicado de azul.
Cor em Assiah: Púrpura muito escura.
Velas:  3 Brancas
Incenso: [cânfora, murta, louro, arruda, eucalipto, hortelã, alecrim, patchouli, citronela, absinto]

1.1    Disposições gerais

Yesod em nossa anatomia oculta refere-se ao corpo vital ou etérico, ou seja, o assento das atividades biológicas, físicas, químicas, mas também representa o “Fundamento” do Terceiro Logos, o Espírito Santo (Binah)[1]. E a região da Árvore e do corpo onde se encontra os órgãos sexuais.

No Templo de Jerusalém havia uma Pedra sagrada, esculpida pelo patriarca Enoque antes do Dilúvio (ou seja, antes de Briah, portanto refere-se a Atziluth) e colocada no templo de Salomão. Nesta pedra esta gravada a Shem ha-Mephorash שם המפורש que contém o nome secreto de Deus (o seu Nome Inefável), hoje conhecida pelos 72 nomes dos Anjos ou arquétipos, que somente os sacerdotes tinham acesso. O conhecimento dessa palavra bem como das combinações entre suas letras e valores numéricos (gemátria), juntamente com a pronúncia correta desse Nome dá grandes poderes a quem a conhece. Diz-se que os Leões rugem quando profanada.

obeliscoPois bem, esta pedra, também conhecida como a Pedra cúbica de Yesod, a pedra de nove lados (número de Yesod – o número do homem – 9 meses), a pedra negra Heliogábala, a pedra filosofal quadrangular, é o próprio sexo, o obelisco das cidades e o nosso obelisco corporal. Somente ungindo esta Pedra com azeite (sémen transmutado) é que encarnamos o nosso Mestre Interno, o nosso Real Ser.

Mateus 16:18 “Pois também eu te digo que tu és Pedro [Gr. Petros, que significa pedra pequena] e sobre esta pedra [Gr. petra, que significa grande Rocha] edificarei a minha congregação, e as portas do inferno [Gr. Hades: lugar debaixo na terra] não prevalecerão contra ela.”

O nome secreto de Pedro é PATAR cujas iniciais são PTR, acrônimo de:

Pedra ou ainda Pai – Ancião dos dias;

Tao ou a Cruz que representa a união sexual entre homem e mulher bem como o caminho do meio e,

Ra o Deus Sol e o mantra egípcio “Ra” e representa ainda o Fogo.

Estas três letras podem-se utilizar nos altares indicando o caminho do Mago, lembrando que a Rocha é o Sexo sobre o qual devemos levantar o Templo Interior e não edificar seu tempo sobre a areia. Nosso corpo é o templo do Espírito Santo e a blasfémia contra ele não tem perdão:

1ª Coríntios 6:18-19 “Fugi da fornicação (derrame do sémen). Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que fornica peca contra o seu próprio corpo.

Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do espírito santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?”

Mateus 12:31 “Portanto, eu vos digo: todo pecado e blasfêmia se perdoará aos homens, mas a blasfêmia contra o espírito não será perdoada aos homens.”

Levítico 15:18 “E também a mulher, com quem homem se deitar com semente da cópula, ambos se banharão com água, e serão imundos até à tarde.”

Se durante a cópula sobrevier os espasmos, convém retirar-se imediatamente, antes do derramamento das energias. Então deita-se em decúbito dorsal, na mesma posição do Cristo na cruz, com a perna direita sobre a esquerda e apertam-se os glúteos ao mesmo tempo em que se joga a língua para a garganta e se realiza uma inspiração super forçada, sem fim, sem travamentos, até que a energia suba para a cabeça e, se evite assim, a polução. Posteriormente as energias na taça (cabeça) devem ser direcionadas ao coração e daí para todo o corpo.

A Magia Sexual foi sempre ensinada em todas as antigas Escolas de Mistérios Ocidentais. Conheceu-se o Maithuna nos mistérios Templários, nos mistérios dos Aztecas, maias, Incas, Chibchas, Zapotecas, Araucanos, Toltecas; nos mistérios de Elêusis, nos mistérios de Roma, Mitra, Cartago, Tiro; nos mistérios Celtas, Fenícios, Egípcios, Druidas, Essênios, Cristãos primitivos, etc.

A pedra cúbica de Yesod está alegorizada ou simbolizada no Diabo (veja o arcano XV), então, quando se diz que temos de trabalhar com o Diabo, é para transformá-lo em Lúcifer, o criador de Luz.

1.1    Introdução Sephiróthica

Yesod é a Sephirah número nove da Árvore Cabalístico. É a terceira Sephirah do Mundo de Formação (Yetzirah) e a terceira da coluna do equilíbrio. É o centro responsável por cristalizar e objetivar os impulsos provenientes de outros centros, transformando-os em atos, projetando a consciência de cima para baixo.

Graças a Yesod tudo o que está em nosso interior, se transforma em imagens, isto é, situações. Por exemplo, se sentimos ódio ou rancor, podemos ter a segurança de que Yesod, um dia ou outro, objetivará no mundo real esses sentimentos, nos concederá a ocasião de exercer esse ódio, ou bem, analisando o caminho inverso, nos fará viver situações desagradáveis, violentas ou cruéis.

É, pois, perigoso alimentar este centro Sephirótico quanto mais, juntamente, com emoções ou intenções negativas, já que depois nos veremos obrigados a vivê-las. É preciso exercer um controle consciente sobre a produção de imagens. Procurando captar sempre imagens positivas dos outros, já que se guardarmos apenas o negativo, vamos viver esta negatividade.

Podemos comparar as funções de Yesod com a tela de um equipamento de informática ou mesmo de TV de modo que as pulsações energéticas se transformam em imagens. Yesod é também o centro produtor dos sonhos. É regido pela Lua.

Yesod é a terceira Sephirah da coluna do Equilíbrio e suas funções consistem em cristalizar os impulsos provenientes das outras Sephiroth, transformando-os em Atos. No universo material Yesod é a Lua, conhecido na Astrologia por suas funções cristalizadoras, eis que, que nada acontece no mundo sem a atividade fecundadora da Lua. De outro lado Yesod projeta a consciência superior para baixo dando aso ao ato físico e, em direção oposta, também centraliza as experiências procedentes de Malkuth, ou seja, os conhecimentos obtidos por nossas ações no mundo físico, para verte-las para a Consciência superior, representada por Tiphereth.

A nível microcósmico convém evitar de alimentarmos a Yesod com imagens perversas já que nos encontraremos depois servidos por este banquete em nossas vidas. Ocorre que Yesod é o Centro através do qual todos os impulsos interiores se exteriorizam e se objetivam. É por Yesod que aquilo que está em nosso interior, sejamos ou não conscientes disso, se transforma em imagens, ou seja, em situações. Se sentimos ódio, rancor, desejo de vingança, então ocorrerá que Yesod, em um dia ou outro, o objetivará, o plasmará no mundo real e nos dará – no modo ativo – a ocasião de exercer esse ódio, ou bem e, pelo contrário – no modo passivo – nos fará viver uma situação desagradável, violenta, cruel. Cumpre, então, exercermos um controle consciente sobre a produção das imagens, que é uma função desse Centro e procurar estar sempre limpos interiormente. É melhor vermos o lado positivo que há em nossos semelhantes, porque se captamos apenas o negativo ocorrerá que Yesod exteriorizará essas imagens internas e viveremos ativamente essa negatividade em uma cadeia sem fim até que aprendamos a ver o belo que cada vida encerra.

1.1    Discorrendo sobre os elementos

Da oposição de Netzah e Hod, resulta um terceiro elemento em equilíbrio, que vem a ser Yesod, a Esfera da Lua também conhecida por Levanah, a consciência psíquica, e o centro reprodutivo. Yesod significa o Fundamento e é também é chamada de senhora da feitiçaria. Aqui fechamos o Triângulo Mágico, ou seja, temos um Triângulo composto pela Senhora da Natureza (Netzah), pelo Senhor dos Livros (Hod) e pela Senhora da Feitiçaria (Yesod).

Estão representados em Yesod todas as divindades de simbolismo lunar tais como: a própria Luna, Hécate (que rege a Magia Negra em seu aspecto Lunar e também a Divina Mãe rainha dos infernos que destrói o ego em seu aspecto Saturnino); a Diana, que governa os partos, também a Lua física, Yesod em Assiah – Levanah, com seu ciclo de vinte e oito dias, corresponde ao ciclo reprodutivo da fêmea humana.

Três Arvores Já dissemos que o curso da evolução segue a trilha do Relâmpago Brilhante ou da Espada Flamejante, de Kether a Malkuth, na ordem de desenvolvimento das Sephiroth. O Caminho da Iniciação segue as espirais da Serpente da Sabedoria (Nechushtan) na Árvore já o Caminho da Iluminação segue o Sendeiro da Flecha lançada pelo Arco da Promessa, Qesheth, o arco-íris de cores astrais que se estende como um halo por trás de Yesod na coluna do meio e segue até Kether.

Yesod nos fornece a compreensão da força vital e de seu comportamento cíclico, então, penetramos mais profundamente na consciência psíquica e tocamos as forças vitais ocultas da Terra e de nossa própria natureza.

Em Yesod nos deparamos com duas simbologias contraditórias. De um lado temos a ideia de Yesod como “Fundamento” (do Universo), sua tradução literal que vem amparado pela Imagem Mágica de um home forte, musculoso, desnudo acrescido ainda ao Nome Divino de Shaddai el Chai שדי אל חי, o Deus Vivo Todo-poderoso e de Kerubim כרבים, os Anjos Poderosos, corroborado pelo Nove de Paus que recebe o nome de Senhor da Grande Força. De outro lado o simbolismo Lunar (a Luz) nos deixa a ideia de algo fluídico, que revela constante fluxo e refluxo e que é governado por Gabriel que também é o regente do elemento Água.

Segundo consta a Cabala, a conciliação destas simbologias opostas encontra resposta a partir do Texto Yetzirático do Nono Sendeiro onde afirma: “Ele prova a corrige o desenho de suas representações e a unidade, segundo a qual elas estão dispostas, sem diminuição ou divisão”. No mais, este conceito pode ser iluminado pela Experiência Espiritual da “Visão do Mecanismo do Universo” onde todas estas simbologias se integram, a força e a fluidez, em um fluxo e refluxo que necessita da força para seu movimento, provando que não são excludentes, mas trabalham em harmonia. De outro modo, as águas fluídicas do caos se organizam por intermédio das representações concebidas em Hod organizando, assim, o Maquinário do Universo. Com base no que foi concebido acima (em Hod): “Ele prova a corrige o desenho de suas representações”.

Cada Esfera opera em seu círculo e de acordo com sua natureza que não pode ser alterada, nem magicamente. O máximo que podemos fazer é corrigir o desenho destas representações. Deste modo as condições do mundo material também não podem ser modificadas diretamente pelo plano espiritual seja para cair chuva, fazer Sol, cura de uma enfermidade, etc., contudo podemos nos aproximar de Malkuth por intermédio de Yesod, e de Yesod por meio de Hod modificando os “desenhos” e consequentemente as “representações”. Então, o Espírito não pode agir diretamente sobe a matéria, mas por meio da mente que opera sobre o Éter que é a estrutura da matéria e o veículo das forças vitais, e pode ser assim manipulado nos limites de sua natureza que, diga-se de passagem, são amplos. Se compreendermos a natureza do Éter compreenderemos também o “modus operandi” dos acontecimentos sobrenaturais não deduzindo-os de criaturas ou espíritos mortos.

O Éter está tão presente em tudo quanto a eletricidade, eis que, ambas não podem ser vistas, mas podem ser manipuladas. O Éter possui a capacidade de ser moldado pela mente.

Yesod está para a Magia assim como Tiphereth o está para o misticismo eis que olhando do ponto de vista de Malkuth, Tiphereth é o Kether para nós pois só é possível ver o Pai através do Filho sem ser destruído. Já vimos que a Árvore da Vida está escalonada em três triângulos: o Logoico (Kether, Hochmah e Binah), o Ético (Hesed, Geburah e Tiphereth) e o Mágico ou Funcional (Netzah, Hod e Yesod). O Triângulo Ético é um espelhamento do Logoico, por isto Moisés só poderia ver a Deus de costas. As quatro Sephiroth inferiores formam a personalidade, o Triângulo Ético (Atma-Hesed, Bodhi-Geburah e Manas-Tiphereth – o Íntimo com suas duas almas: a Alma Espiritual com a Alma Humana) representa a individualidade e o Triângulo Logoico corresponde a Chispa Divina, a Mônada. Embora cada Sephira emane a sua sucessora, dentro dos triângulos encontramos um par de opostos que se equilibra por uma terceira Sephirah que as tornam funcionais. Aqui temos Yesod como receptora das emanações e equilibradora de Netzah e Hod. Mas aqui ela funciona como o Vô do nome divino יהוה – “Yod-He-Vô-He” em relação a Binah, Tiphereth, Netzah e Hod já que todos tem a propriedade Vô em si enquanto é também o Vô de Kether. Em razão disto, Yesod é chamada de o “receptáculo das emanações” e é por Yesod que Malkuth recebe o influxo das forças divinas.

Quando o ocultista pretende elevar-se aos planos, a primeira Sephirah que entra em contato é com Yesod, também chamado a Casa dos Tesouros das Imagens, Esfera de Maia ou das Ilusões. É pelas vias do Trigésimo Segundo Caminho do Tau, arcano 22 e coluna do meio que se inicia. Yesod é o Éter refletor da Terra e no microcosmos corresponde ao inconsciente (inclusive o coletivo em termos de imagens[1]) dos psicólogos onde se encontram as coisas esquecidas, as imagens reprimidas deste o início das raças. Para se comandar estas imagens e seus habitantes é preciso atuar um nível acima, em Hod, na Casa da Magia. Aliás qualquer centro em que se deseje atuar deve-se antes dominar o seu superior.

[1] Temos ainda o inconsciente coletivo mental em Hod e o inconsciente coletivo Astral em Netzah. A consciência só aparecerá em Tiphereth e a supraconsciência estará acima desta Sephirah.

A Lua, esotericamente, é tida como mais antiga do que a terra. Afirma-se inclusive que já fora habitada, passou por sete raças e por fim tornou-se um cadáver. Postula-se que a Terra está no mesmo rumo e que agora está em sua quinta raça raíz; que esta raça está em seu final e que restam ainda duas raças raízes. Helena P. Blavatsky fala em rondas.

Como a Terra e a Lua estão muito próximos, ligados até por um campo magnético, afirma-se que ambas compartilhem um duplo etéreo comum e, como a Lua é o elemento mais velho é o polo positivo e a Terra o negativo. Yesod é a refletora de Tiphereth, o Sol, que é tido como Kether em um arco inferior. Por esta linha de pensamentos, assim como Tiphereth reflete Kether, podemos deduzir que de algum modo o nosso Sol reflete energia ígnea do espaço exterior que nada mais é do que o Grande Imanifestado.

Tudo no Universo está em constante estado de fluxo e refluxo, seja a terra em suas estações, seus dias e noites, ciclos anuais, etc. O mesmo ocorre com a Lua em seu ciclo de vinte e oito dias, suas quatro fases. Dessarte, o ocultista obra por intermédio destas marés, pois seu trabalho depende delas, sempre caminhando paralelamente a natureza e nunca contra as marés que exercem papeis na fisiologia das plantas, animais, germinação, ciclo sexual, reprodução, etc. A Lua determina a estimulação das atividades etéricas e como a Terra e a Lua compartilham o mesmo duplo etéreo estes fluxos influenciam a Terra sobretudo durante a Lua cheia assim como na Lua nova estas influencias são mais baixas, do que, convém abandonar os trabalhos mágicos na Lua nova, podendo utiliza-los com cuidado nos processos de cura, eis que, as forças vitais estão relativamente fracas e as forças desequilibradas fortes de modo que o resultado pode ser o caos. É interessante notar como os agricultores, indígenas, etc., seguem seus trabalhos no curso do fluxo lunar.

Material/Planeta (Assiah) ou Chakra Cósmico:         Levanah לבנה, a Lua.

A Lua é o rosto visível de Yesod e sua função é converter em imagens concretas as pulsações provenientes dos demais planetas, da mesma forma que os displays dos nossos aparelhos eletrônicos convertem em imagens os sinais elétricos que recebem das estações emissoras. Assim, em nossa TV interna se projetam essas imagens com força imperativa, de modo que todos os recantos de nosso organismo se mobilizam para realizar na vida prática aquela imagem projetada em nosso mundo interno. Deste modo, a Lua desempenha funções equivalentes ao de um monitor de TV, Pc, etc. e que nela se refletem as imagens do que será a nossa vida. Como consequência, à medida que não controlamos as imagens projetadas em nosso interior, é evidente que não podemos imputar a ninguém as responsabilidades pelo mal que está sucedendo a nós, já que este mal vem de nós e não deles.

Com este conhecimento podemos ter uma ideia muito próxima da compreensão de toda a mecânica do universo. Daí que o inimigo, o rival, o tirano, o torturador, não seja mais que o intérprete de filmes que se projetam em nosso interior e que sua aparição na vida ordinária corresponda a uma necessidade interior, de modo que, se uma pessoa que interpreta esse papel não está disponível, será outra a que ocupará o seu lugar.

Não recebemos da Lua nenhuma propriedade em particular, pois é uma simples transmissora das pulsações procedentes dos planetas e, se ao tratar do Sol aprendemos que nenhum aspecto planetário é efetivo sem a ajuda de um aspecto solar, aqui temos de acrescer que para que a influência do Sol surta efeito, será necessário que a Lua o transmita a nós.

O Sol e a Lua são como os ponteiros do relógio de nossa vida. O Sol que marca as horas e a Lua que marca os minutos. O Sol percorre o Zodíaco em um ano; a Lua o faz em 28 dias, de modo que o Sol assinalará o mês em que um determinado evento há de ocorrer, enquanto que a Lua assinalará o dia e a hora.

Uma posição da Lua em um horóscopo indicará a qualidade do monitor de TV, Pc, etc., do aparelho que deverá transmitir as imagens, vídeos das radiações planetárias e, como se compreenderá, é importante que estejam em bom estado, caso contrário, as imagens serão borradas, tênues, muito carregadas de cor, ou então, por momentos teremos a voz mas não uma imagem, exatamente como acontece com os aparelhos citados.

No Zodíaco, a Lua trabalha com os materiais de Câncer, de onde recebe a faculdade de imaginar, ou seja, sua faculdade de converter em imagens o que não é mais que um impulso sem história, procedente de qualquer centro de vida. Isso nos ensina que por trás de cada história que vivemos (uma imagem detectada), há um impulso, um sinal luminoso que indica algo, que quer interiorizar em nossa consciência uma informação relativa ao funcionamento do universo. Mas nós somos pouco dados as sutilezas, tomamos a anedota como uma verdade em si mesma e nos alegramos como se fossem algo reais.

Se no universo, as funções do Sol não são as mesmas que as da Lua, é evidente que na vida Microcósmica tampouco o serão as do homem e da mulher. Os maus aspectos planetários sobre a Lua nos dirão se os impulsos planetários são captados com nitidez. Se o Sol representa a polaridade masculina, a Lua representa a polaridade feminina da alma humana e, no cenário da vida física, algumas vezes nos identificamos com o Sol e nascemos sob o sexo masculino e, outras vezes nos identificamos com a Lua e nascemos sob o sexo feminino.

Nesta briga pela difusão das imagens entre os planetas, pode ser que um determinado planeta monopolize uma produção de imagens, e outros se vejam excluídos desse instrumento de difusão, de maneira que os impulsos produzidos, nunca sejam cristalizados e tornados uma realidade. Uma Lua mal aspectada, para uma mulher, é o anúncio de um caráter difícil. Para um homem, anuncia a captação de uma mulher difícil, e para ambos, mãe conflituosa.

Palavras chaves:

(+) Imagens, imaginação, funcionamento do universo, difusão.

(-) Caráter difícil mulher e mãe.

Quadrado mágico, sigilos do planeta, inteligência e espíritolua sigilo inteligência espirito

Imagem Mágica: Um belo homem desnudo, muito forte.

ArtemisDianaHá uma natureza doble nas simbologias de Yesod. Vemos por exemplo Diana a deusa lunar dos Gregos que no início era apresentada como uma deusa casta, virgem e posteriormente com muitos seios reverenciada como deusa da fertilidade. Isis a deusa lunar que posteriormente aparece com cornos de vaca, símbolo da maternidade. Tudo se explica pelo fluxo e refluxo da Lua, sua natureza rítmica, no ritmo sexual das mulheres, que ora estão acessíveis e ora agressivas, às vezes é uma deusa virgem a às vezes uma deusa da fertilidade.

Há também três deusas atribuídas a Lua: Diana; Selene ou Luna e Hécate  (na Grécia), a deusa da feitiçaria, dos encantamentos e que preside os partos.

Temos ainda Thoth o Senhor da Magia que em tempos antigos foi atribuído a Lua embora Hermes Trismegistos (Thoth) esteja mais associado a Hod em razão da matemática, astrologia, conhecimentos de magia, etc.

Assim, ao tratarmos da Lua nos referimos aos estados etéreos e não de estados físicos. O magnetismo dos seres vivo cresce e diminui no ritmo da Lua em razão de particularidades de cada indivíduo, exemplo: nascimento em determinada fase da Lua. O modo que um magnetismo pode estar em ascenção e em outro não, e vice-versa.

Símbolos/Armas mágicas:    Os perfumes, as sandálias. Como estamos tratando do campo da magia estas referem-se ao uso durante as operações.

Trata-se, pois, de sandálias e chinelos de puro couro, sem solado de borracha e nem saltos, devidamente consagrados que utilizamos para trabalhar no círculo mágico. Visa permitir a circulação das energias, o magnetismo da Terra ao Mago ao mesmo tempo que que cria um campo sagrado no próprio magista.

Êxodo 3:5 E disse: Não te chegues para cá; tira os teus sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa.

Do mesmo modo atua o tapete com as cores apropriadas, os símbolos, a mobília, etc. que concentram o magnetismo da Terra utilizado nas operações, da mesma maneira como o altar é o lugar dos poderes espirituais.

Os perfumes representam o lado etéreo das operações e possuem influência psicológica cuja a finalidade e tirar proveito das emoções, de alterar o foco da consciência.

Correspondência no Microcosmo: Os órgãos reprodutores. Embora o órgão seja físico esta esfera se refere a uma representação etérea em razão do magnetismo sexual e de sua atribuição na espiritualidade como órgão gerador e transformador da energia. Refere-se, pois, aos trabalhos do Sahaja Maithuna, a Magia Sexual tão ocultada pelas entidades esotéricas em seus círculos fechados, ou seja, a prática sexual sem o derrame do sémen, sem a perda das energias sexuais que se convertem em alma e poder. Então as reações físicas do sexo são apenas uma parcela muito pequena do que realmente representa, a ponta do iceberg.

Correspondência no Macrocosmo: Os lugares ermos, desertos, florestas, nas rochas, nos lugares pedregosos, as montanhas, as fontes, as águas, os rios, os mares e os portos; os barcos, os diversos lugares campestres e os bosques; e também os caminhos públicos, os celeiros e outros semelhantes.

Experiência Espiritual: A visão do mecanismo do universo. Esta descrição ocorre por trata-se da parte vital, da energia vital, de tudo o que se encontra no mundo físico. É a casa das máquinas de tudo o que conhecemos e emite uma luminosidade que chamamos de “aura”.

Portanto Yesod é também onde se localiza o Éter do Sábio, a Luz Astral, Akasha, também conhecido como o 5º elemento, eis que os outros quatro (Fogo, Água, Ar e Terra) integram Malkuth. Este Éter não é o mesmo conhecido no plano físico, que possui natureza densa e representa o elemento ígneo dos quatro elementos físicos, mas constitui-se na raiz do éter físico.

Para se compreender os quatro elementos inferiores, deve-se faze-lo a partir do quinto elemento mais acima, pois do contrário estaríamos correndo em “petição de princípio” onde o definido está na definição, o que não leva a lugar algum. Portanto, em cabala, para se compreender um plano deve-se conhecer o seu superior onde radica sua natureza. Então em Yesod nos deparamos com o quinto imanifesto dos quatro inferiores em Malkuth ou seja: o Fogo dos antigos ou éter dos modernos, a Terra, a Água e o Ar, que correspondem aos estados sólidos, líquido e gasoso da matéria.

Por fim, vislumbramos as águas fluidas do caos reunindo-se e organizando-se por meio das representações que foram delineadas em Hod. Este reordenamento final, correção e disposição da unidade das representações ou imagens formativas resultam na organização do mecanismo do Universo.

Virtude: Independência. Surge da capacidade de criar suas próprias fundações pelas vias da imagem que segue de baixo para cima e de cima para baixo e, assim, poder reconstruir-se constantemente.

Vício: Inveja. Refere-se a um desgosto provocado pela felicidade ou prosperidade alheia ou ainda o desejo de possuir ou gozar o que é de outrem, seja qualidades, atributos, bens, etc. Pode ter origem em uma incapacidade de alcançar a independência para se conseguir algo que outro tenha, em um processo competitivo, sentimentos de vingança ou prevenção kármica, medo, descrédito na a justiça divina que dá a cada um segundo seu merecimento[2], etc.. Eliminando-se a inveja lunar surge a justiça e alegria pelo bem alheio.

Aspecto: 150º Quincúncio

O quincúncio corresponde a uma separação de 150 graus entre dois planetas. É um aspecto considerado benéfico, mas de menor intensidade embora alguns astrólogos não veem nele um aspecto nem benéfico e nem maléfico e, não lhes falta razão para duvidar, já que o quincúncio corresponde à Lua, que, por sua posição na coluna central, transmite a ideia de um equilíbrio entre o Bem e o Mal. Contudo, ao tratar-se de um equilíbrio, já se fala de um bem. Esse aspecto corresponde ao mundo cabalístico de Formação (Yetzirah) e trabalha sobre o Éter de Vida que (como dissemos no aspecto em Hod) conecta a região responsável pelos arquétipos da vitalidade universal com os órgãos sexuais físicos em Yesod.

Já vimos como a Lua é fecundadora de todos os aspectos, e que transforma as vibrações planetárias em imagens interiores que nós projetamos tal qual o mundo exterior. O quincúncio é a porta de manifestação destas imagens projetadas.

Para se gestar uma criança são necessários nove meses, durante os quais sua imagem vai se formando internamente na mãe. Portanto, não se pode pretender que a imagem que o quincúncio forma em nosso interior se exteriorize em um momento como por arte de magia. Por esta razão os efeitos do quincúncio não aparecem imediatamente, daí seus efeitos serem subestimados. Mas a verdade é que com o quincúncio pronunciamos um veredicto inapelável, eis que, uma vez que a imagem seja formada em nosso interior, quando esse aspecto ocorre, as imagens se exteriorizarão sem que haja nada que possa evitá-lo e viveremos em nossa realidade física os valores que represente esta imagem, os seus resultados no campo material.

Deste modo, podemos evidenciar que no processo de cristalização de um ato, o trígono (30º) uraniano nos oferece circunstâncias extremamente favoráveis para realizar nossas ambições; porem a sesquiquadratura (135º) mercuriana nos convida depois a refletir sobre se fazemos bem ou mal, aceitando aquilo que com tanta facilidade nos vem. Estas reflexões, unidas com as possibilidades do trígono, passam ao o quincúncio (150º) para estabelecer o quinhão definitivo (a imagem) do que haveremos de viver. Os maus aspectos sobre o ponto do quincúncio podem alterar profundamente a natureza da imagem proposta por nossa vontade, como também podem alterar os maus aspectos que receba a Lua em um tema, já que isso implicará na alteração da má qualidade do centro produtor de imagens.

O quincúncio de ida é o portador de fecundidade física (por estar ligado ao sexo), no sentido mais amplo: descendência, realizações materiais de acordo com a tônica dos planetas que o formam. O quincúncio de retorno tem de ser portador de produções espirituais, de acordo também com a natureza dos planetas envolvidos.

Animais terrestres: Animais lunares são aqueles que amam a companhia do homem e que crescem no amor ou no ódio, como todas as espécies de cães. O camaleão que é lunar porque sempre assume uma cor de acordo com a variedade da cor do objeto embora também tenha natureza mercuriana por adentrar as cores do arco íris. Também são lunares os suínos, as corsas, cabras e todos os animais que observam e imitam o movimento da Lua, como o babuíno e a pantera. Os gatos, cujos olhos aumentam ou diminuem de acordo com o percurso da Lua, e aquelas coisas que são de natureza semelhante, como o sangue da menstruação e todos os animais que vivem na água e na terra, como a rã, o sapo, as lontras e outros animais que se alimentam de peixe.

Aves: Entre as aves, os gansos, patos, mergulhões e toda espécie de ave aquática que se alimenta de peixe, como a garça, o besouro de dois chifres, que parece um touro, o escaravelho, pois, segundo escritos antigos, ele escava sob o estérco e lá permanece por um período de 28 dias. após o que abre o esterco e o joga na água, de onde vêm os besouros.

Animais aquáticos: O peixe-gato, cujos olhos mudam de acordo com o percurso da Lua, e todos os que observam o movimento da Lua, como a tartaruga, os equeneídeos, o caranguejo, as ostras, os sapos e as rãs.

Plantas: Entre as plantas e árvores, são lunares as leitosas como a seringueira; as que são aquosas, acumulam água, vivem no elemento ou bem perto a ela como a bananeira, coqueiro, a palmeira que nasce um ramo a cada nascer da Lua, o agrião; as de folhas aromáticas como a cânfora, arruda, eucalipto, hortelã, alecrim, absinto, artemísia ; as de hábitos noturnos como o selenotrópio (parece referir-se a dama-da-noite) que se inclinam para a Lua, assim como o heliotrópio se inclina para o Sol; o hissopo, o alecrim, o agnocasto (indicado para o tratamento de irregularidades do ciclo menstrual).

Pedras: O cristal, a marcassita de prata, e todas as que são brancas, a pedra selenita, as que brilham de um corpo branco, com um fulgor amarelo, imitando o movimento da Lua e tendo em si a figura da Lua com sua volatilidade diária, que aumenta ou diminui, assim como a própria Lua. Também as pérolas, que são geradas nas conchas.

1.2    Caminho 9º

Corel caminho 9O Nono Caminho chama-se Inteligência Pura, porque purifica as Emanações. Ele prova e corrige o desenho de suas representações e a unidade segundo a qual elas estão dispostas, sem diminuição ou divisão.

É o Caminho de Yesod, a encarregada de fixar as imagens provenientes dos outros Sephiroth, do mesmo modo que o display, as telas dos aparelhos reconstituem as imagens enviadas pelo centro emissor em forma de pontos luminosos, projetando-as depois sobre Malkuth.

A experiência espiritual deste Sephirah é chamada de “Visão do Mecanismo do Universo” porque aqui as imagens ganham sentido e adquire um rosto, que permite compreendê-la. Aqueles que não realizaram a experiencia espiritual reservada a este caminho veem o universo como um puro jogo de energias desorganizadas sem o seu aspecto de imagens delineadas por Hod (“segundo a qual elas estão dispostas”) ao qual Yesod deve adequar-se, “provar, corrigir o desenhos de suas representações”, conforme decretado por sua superiora sem que haja perca de suas nuances essenciais.

Neste mecanismo do Universo, Yesod figura como o receptáculo das emanações das outras Sephiroth e, como o imediato transmissor destas emanações a Malkuth. Reforçando o entendimento, cumpre a esta Sephiroth corrigir as emanações destinadas a Esfera mais densa conforme implica o próprio Texto Yetzirático: “Ele prova e corrige o desenho de suas representações”, portanto, em um ato de magia, deve-se cuidar desta Sephirah, controlar os desvios da imaginação, corrigir os desenhos.

A nível humano, estaremos trabalhando no 9º Caminho se soubermos dar a cada conhecimento a coerência que faça a verdade reconhecível para todos, de não nos conformarmos em conhecermos uma ‘verdade’ e enuncia-las através de uma série vaga de pontinhos luminosos. Afirma-se que os grandes iniciados sabem criar imagens na mente de seus discípulos e nela está a prova de seu saber, o fazem na passagem do conhecimento ou da própria iniciação.

O trabalho no 9º Caminho constitui-se em fazer claro e evidente a mensagem procedente das oito Sephiroth superiores, de modo a evitar que seja confusa, indistinta e dando interpretações diversas, ou seja, deve ser compreendida de uma forma tão perfeita, que possa ser salvo desta forma de destruição e de divisão pela confusão e duplicidades de sentidos.

O caminho 9º é regido pelo Anjo 72 9->9: MUMIAH.

Palavras chaves: Prova e correção, imagens, receptáculo das emanações, controlar os desvios da imaginação, precaução contra as contextualizações imaginativas.

1.3    Cartas do Tarô

Os quatro noves. Nove de Paus: Grande Força; Nove de Copas: felicidade sentimentalrealização amorosa; Nove de Espadas: Crueldadeimagens restritivas; Nove de Ouros: ganância material.

Os nove em conjunto representam a produção de imagens de tudo o que foi trabalhado pelos demais centros. Separadamente o nome divino, יהוה – “Yod-He-Vô-He”, se dividirá da seguinte forma: o nove de paus é o Yod; o nove de copas o He; o nove de espadas o Vô e o nove de ouros o segundo He. Yesod se encontrará particularmente identificado com nove de ouros, eis que já se encontra no nível mais baixo para despejar e absorver as imagens para a terra.

Os nove tratam do resultado final de todo um processo de elaboração. Indica que nada de novo se apresentará em relação a coisa ou situação objeto da consulta. Significam sempre uma coagulação das energias em formas concretas. Que o assunto chegou ao seu ápice e está esgotado restando apenas sua estagnação.

Embora seja interpretada como triunfo, indica concomitantemente, a necessidade de ir-se para outra coisa e não se eternizar naquilo, eis que, as forças invisíveis da vontade se iniciaram a trabalhar em outra frente. Então o indivíduo tem que ser capaz de seguir adiante, caso contrário, perceberá que estará se jogando em uma posição infrutífera, sem futuro por assim dizer.

1.3.1    Nove de paus

nove de pausRecebe o título de Senhor da Grande Força. Refere-se ao elemento Fogo e astrologicamente corresponde a posição da Lua transitando pelo terceiro decanato de Sagitário onde manifesta seus fluxos mediante as roupagens deste signo regido por Hesed-Júpiter que o influencia e sob as pulsações do regente deste decanato que é a Lua.

Neste ponto, Kether o primeiro ponto de partida na Arvore e no zodíaco, o centro produtor de iniciativas, a essência divina, expressa-se por intermédio de Yesod o centro produtor de imagens, que reflete tudo o que foi trabalhado pelos demais centros. No mais, o resultado desta alquimia se exteriorizará ainda pelo tom prismático de Hesed, o coordenador deste subciclo evolutivo.

O Nove de Paus é o Yod (יהוה “Yod-He-Vô-He”) do quaternário dos noves, deste modo, possui uma relação com Kether o iniciador supremo, o primeiro, que está acima de todas as coisas e refere-se à influência de Yesod no plano espiritual (Yesod em Yod).

Aqui, as imagens vêm do Mundo das Emanações pelas vias de Netzah, a Sephirah que representa o terceiro ciclo, o “Yod” do Mundo de Yetzirah. Ocorre que as energias de Kether não podem descer diretamente a Yesod pois causaria danos tanto a Yesod quanto a Malkuth dada a intensidade e sutileza de suas pulsações de modo que passa por Netzah que é um “Vô”, mas também um “Yod” em seu mundo, de onde recebe e direciona para Yesod.

Quando as energias de Kether passam por Netzah dá lugar a grandes realizações, fama, renome, fortuna. Um fluxo que beneficia a todos.

Estas imagens projetadas ao cérebro emitem um grande impulso, uma vontade grandiosa ao indivíduo, espetacular, como em um palco e que ensejará a realização culminação de suas empresas. Os que o rodeiam perceberão uma porta aberta a um mundo maravilhoso.

Apesar das boas novas, ao trabalhar com os noves cumpre ter em conta as posições das demais cartas, observar se as forças espirituais não estão obstaculizadas durante a sua descida, de modo a dificultar a chegada ao cérebro as emanações de cima, o que dificultará o cumprimento da ordem que emergiu das emanações e poderá levar o indivíduo a situações de fracasso ou retardar a coroação de sua empresa.

Palavras chaves: 9♣ Senhor da Grande Força, empresa espetacular.

(Reta) Final de luta, vitória moral, decisão favorável, paz;

(Invertida) Atrasos, suspenção, lentidão, obstáculo, adversidade, calamidades.

1.3.2    Nove de copas

nove de copasRecebe o título de Senhor da Felicidade Sentimental. Refere-se ao elemento Água e astrologicamente corresponde a posição da Lua transitando pelo terceiro decanato de Peixes onde manifesta seus fluxos mediante as roupagens deste signo regido por Hesed-Júpiter que o influencia e sob as pulsações do regente deste decanato que é a Lua.

Neste ponto o Amor-sabedoria de Hochmah expressa-se por intermédio de Yesod o centro produtor de imagens, que reflete tudo o que foi trabalhado pelos demais centros. No mais, o resultado desta alquimia se exteriorizará ainda pelo tom prismático de Hesed, o coordenador deste subciclo evolutivo.

O Nove de Copas é o He (יהוה “Yod-He-Vô-He”) do quaternário dos noves, deste modo, possui uma relação com Hochmah o supremo representante do amor e refere-se à influência de Yesod no plano astral (Yesod em He).

O título original aqui é Felicidade Material, contudo, como parece contradizer o significado da carta que trata dos sentimentos, alteramos para Felicidade Sentimental.

Temos, então, o domínio do mundo dos sentimentos regido por Hochmah, a influência de Júpiter sobre o pacto do casamento e a expressão deste amor em Yesod; não é por acaso que alguns entendimentos sobre esta carta estejam associados a gravidez já que aporta a exteriorização dos sentimentos e Yesod é representado por Isis como a vaca com cornos, símbolo da maternidade ou mesmo Diana (ou Artemis) a Deusa da fertilidade com muitos seios. Difere do Ás de espadas que refere-se ao engendramento inicial, mas aqui a gravidez já está próxima ao parto.

De outro lado, Yesod programa a exteriorização dos pensamentos do amor em forma de realização amorosa, de manifestação última destes sentimentos, uma beata felicidade vivida por um bom tempo. Então, satisfeita a felicidade amorosa a pessoa sai em busca de novas experiências e quer levar junto o objeto de sua felicidade, eis que, o estancamento deixa caminho aberto para o nove de espadas, que em breve poderá os separar pois, como já foi dito sobre os noves, as forças invisíveis da vontade se iniciaram a trabalhar em outra frente.

No mundo das Águas os sentimentos são predominantes, são, portanto, empresas amorosas ou obtida através do relacionamento sentimental. As imagens são depositadas em Yesod para que um processamento cerebral articule as manifestações.

Se a força é frágil (carta invertida), as imagens revelarão uma realidade interior propiciadora de vitórias, sem que, contudo, venha a exteriorizar-se.

Palavras chaves: 9♥ Senhor da Felicidade Sentimental, realização amorosa, gravidez, sentimentos em Yesod, empresa amorosa, beata felicidade.

(Reta) Vitória, ganho, superioridade, espetáculo;

(Invertida) Sinceridade, lealdade, coração aberto, liberdade, confiança.

1.3.3    Nove de espadas

nove de espadasRecebe o título de Senhor da Crueldade. Refere-se ao elemento Ar e astrologicamente corresponde a posição da Lua transitando pelo terceiro decanato de Gêmeos onde manifesta seus fluxos mediante as roupagens deste signo regido por Hod-Mercúrio que o influencia e sob as pulsações do regente deste decanato que é a Lua.

Neste ponto as restrições de Binah o construtor do universo, centro instituidor de todas as coisas de onde emanam a Lei e a ordem, expressa-se por intermédio de Yesod o centro produtor de imagens, que reflete tudo o que foi trabalhado pelos demais centros. No mais, o resultado desta alquimia se exteriorizará ainda pelo tom prismático de Hod, o coordenador deste subciclo evolutivo.

O Nove de Espadas é o Vô (יהוה “Yod-He-Vô-He”) do quaternário dos noves, deste modo, possui uma relação com Binah a inteligência ativa e refere-se à influência de Yesod no plano mental (Yesod em Vô).

Yesod é o “Vô” terminal de várias exteriorizações, principalmente no que tange as restrições de Binah já que ocupa a posição de “Vô” do terceiro triângulo na terceira posição. Tome-se ainda que o nove de espadas se refere a Binah o que nos dá uma energia bem resolvida e que Yesod (por ser o exteriorizador de todos os “Vô”) domina plenamente.

Como estamos tratando da união entre Binah e Yesod as imagens projetadas são de caráter restritivo acerca de nós mesmos, que limitam as nossas possibilidades, porque estamos quase em Malkuth e, nos deparamos de forma crua, nos damos conta das necessidades, do que devemos fazer diante do que pretendemos. Assim começam as primeiras sensações que passam da teoria à prática, da imaginação a materialidade.

As possibilidades inerentes ao mundo das ideias são infinitas, mas quando nos deparamos com o mundo físico somos obrigados a abandonar parte do teórico em razão das práxis que impõe o resultado.

Deste modo, adentramos a materialização do brocardo filosófico: “Sei que nada sei”. Eis que as pulsações acabam de sair das diversas etapas de desenvolvimento em que o universo não esconde mais seus segredos e se vê agora arrefecer na fase das cristalizações onde tudo depende de um desenrolar certo, adequado sob pena de fracasso. O nove de espadas é um passo para a prática que, todavia, somente se cristalizará com o dez.

Palavras chaves: 9♠ Senhor da Crueldade, Imagens restritivas de nós mesmos.

(Reta) Solidão, celibato, claustro;

(Invertida) Desconfiança, temor justo, timidez, vingança.[1] Temos ainda o inconsciente coletivo mental em Hod e o inconsciente coletivo Astral em Netzah. A consciência só aparecerá em Tiphereth e a supraconsciência estará acima desta Sephirah[1] Temos ainda o inconsciente coletivo mental em Hod e o inconsciente coletivo Astral em Netzah. A consciência só aparecerá em Tiphereth e a supraconsciência estará acima desta Sephirah

A solidão que expressa por esta carta é relativa ao seu caráter depressivo, das imagens restritivas sobre si mesmo, diferente da solidão do quatro de espadas invertida que se trata de um recolhimento após uma luta, um período de descanso.

1.3.4    Nove de Ouros

nove de ourosRecebe o título de Senhor da Ganância Material. Refere-se ao elemento Terra e astrologicamente corresponde a posição da Lua transitando pelo Terceiro decanato de Virgem onde Hod manifesta seus fluxos mediante as roupagens deste signo regido por Hod-Mercúrio que o influencia e sob as pulsações do regente deste decanato que é a Lua.

Neste ponto Hesed com o seu poder espiritual realizador das bondades, expressa-se por intermédio de Yesod o centro produtor de imagens, que reflete tudo o que foi trabalhado pelos demais centros. No mais, o resultado desta alquimia se exteriorizará ainda pelo tom prismático de Hod, o coordenador deste subciclo evolutivo.

O Nove de Ouros é o 2º He (יהוה “Yod-He-Vô-He”) do quaternário dos noves, deste modo, possui uma relação com Hesed o instrumentador do Paraíso e refere-se à influência de Yesod no plano físico (Yesod no 2º He). Aqui, as energias de Yesod estão diretamente associadas a Malkuth, que representa a personalidade física em Assiah.

Neste ponto há uma inversão e, agora, é Malkuth que projeta as suas imagens partindo das experiências materiais do indivíduo, imagens estas ligadas a autoconservação em um mundo onde se idolatra os valores que vem de baixo, sem se preocupar com outras coisas. Basta conquistar o respeito dos seus semelhantes na medida que se obtém aquilo que respeitam.

Aqui não importa que se trate de um homem sábio, pois não se trata de adquirir o respeito nesta instância, já que o idolatrado é o homem rico, de modo que as imagens que Malkuth projeta em Yesod, para que volte a o cérebro, são imagens de riqueza e opulência, o ganho material em detrimento do espiritual, há portanto uma inversão de valores.

Contudo se as influências da carta não vêm com plenitude (carta invertida) a Yesod, o caminho do dinheiro será incerto e, portanto, levara às decepções que falam as interpretações negativas.

Palavras chaves: 9♦ Senhor da Ganância material, respeito alheio por ter R$, inversão de valores.

(Reta) Interesse, triunfo material, riqueza, opulência;

(Invertida) Engano, decepção, promessas, projetos abortados.

1.4    Evocação para o dia de domingo – Dia da Lua

Eu vos invoco, vos conjuro e me cofio a vós, Anjos fortes e santos de Deus, pelos nomes de Adonai, Adonai, Adonai , Eye, Eye, Eye, Cados, Cados, Cados, Achim, Achim, Achim, La, La, Forte La, que apareceu no monte Sinai, que resplandeceis sempre glorioso na montanha do Ser, com a glorificação do Rei Adonai, Sadai, Zabaoth, Amathay, Ya, Ya, Ya, Marinata, Abim, Ida, que criou o mar, e todos os lagos e as águas, no segundo dia, que estão nos céus e na terra, selou o mar com seu grande nome, e deu seus limites além dos quais ele não pode passar, e pelos nomes dos anjos, dos Elohim que governam a primeira legião, sob o mando de Orphaniel, grande anjo, precioso e honrado, e pelo nome da sua estrela que é a Lua, por seus treze mil raios e por todos os nomes acima referidos, Eu te conjuro, Gabriel, que é o regente do domingo, dia da Lua e segundo dia.

Vos conjuro em nome do santo e misterioso TETRAGRAMMATON a vir até aqui para assistir-me neste trabalho, que venhais em meu auxílio e realizeis todas as minhas vontades. AMEM.

[1] Na coluna do meio Kether e o Pai; Tiphereth o Filho e Yesod o Espirito Santo.

[2] Não é considerado aqui a fortuna obtida ilicitamente.

[1] Temos ainda o inconsciente coletivo mental em Hod e o inconsciente coletivo Astral em Netzah. A consciência só aparecerá em Tiphereth e a supraconsciência estará acima desta Sephirah

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A CABALA DE HAKASH BA HAKASH

Filosofia Metafísica Quântica Cabalística – TOMO I

ÀRVORE DA VIDA – OTZ CHIIM

ELEMENTOS, PLANETAS, SIGNO, TARO

Autor: Inácio Vacchiano