12 O ENFORCADO – LAMED


caminho 22 Enforcado

1.1    Elementos constitutivos ou relacionados

Sephirah: Binah no segundo ciclo
Signo do sendeiro: Libra
Elemento zodiacal: Ar
Trilogia elem. sephirótico: Ar do Fogo no segundo ciclo
Planeta do sendeiro: Vênus
Arcanjo do signo: Zuriel (זוריאל)
Velas:  3 Verdes ou rosa
Incenso: [violeta, rosas, almíscar, lavanda, dama da noite e também o açafrão]
Letras: Lamed-Men-Daleth
Gemátria: 30+40+4= 74 = 7+4 = 11 = 1+1 = 2
Valor numérico: 30
Armas mágicas: A cruz do equilíbrio.
Poder mágico ou oculto: Obras de Justiça e Equilíbrio.
Forças em ação: A força de Geburah que manifesta seus fluxos mediante as pulsações de Tiphereth pelas vias de Libra.
Sendero: 22, que une Geburah a Tiphereth.
Texto yetzirático: O 22º caminho é a Inteligência Fiel porque nela estão depositadas as virtudes espirituais que se acrescentam até que afluem para os que habitam debaixo da sua sombra.
Cor em Atziluth: Verde esmeralda
Cor em Briah: Azul
Cor em Yetzirah: Púrpura profundo
Cor em Assiah: Verde claro

1.2    Caminho 22º

O Enforcado = A Severidade da Soberania Harmônica pelas vias do equilíbrio. Marte atuando através de Libra sobre o sol. Geburah, a Sephirah emocional que trata dos reajustes, da atuação dinâmica da Justiça na correção dos erros atuando pelas vias de Libra, o signo do equilíbrio e do sacrifício sobre si em colaboração ao outro, sobre Tiphereth o centro produtor de consciência, vontade executiva a nível prático, harmonia; “He” do Mundo de Briah atuando através de “Yod” do Mundo de Yetzirah sobre o “Vô” do Mundo de Briah, Água da Água atuando através de Libra sobre o Ar da Água.

Corel caminho 22O 22º caminho é a Inteligência Fiel porque nela estão depositadas as virtudes espirituais que se acrescentam até que afluem para os que habitam debaixo da sua sombra.

Neste sendeiro nos deparamos com as virtudes espirituais acumuladas em Tiphereth e provenientes de Kether, Hochmah, Binah e Hesed assim como a quintessência das experiências materiais provindas das Sephiroth inferiores também convertidas em virtudes e agora colocadas à disposição de Geburah que as utilizará em seus trabalhos de correção dos erros. O texto deixa transparecer que as virtudes espirituais de Tiphereth não estão sendo absorvidas corretamente por Geburah sendo necessário um acréscimo de modo que as Virtudes se acumulam até que fluem “para os que habitam debaixo da sua sombra” que se refere a coluna da esquerda – Boaz (pois a da direita é branca Jakin). Este curso, a fruição refere-se à fidelidade responsável por este sendeiro de modo que a Luz espera fielmente as trevas para ilumina-la, para que possa ser compreendida e incorporada ao trabalho humano. Se as Virtudes espirituais (a Luz) não se acumulassem, se dispersariam por outros caminhos e não seriam compreendidos pelas sombras (Trevas) de modo que a Luz resplandeceria sobre as Trevas, mas estas não a reconheceriam.

A nível humano, este sendeiro nos induz a por nossas Virtudes Espirituais a serviço de nosso trabalho, estudo, atividades, etc., de modo que nossa espiritualidade não siga por um caminho e nosso esforço físico ou intelectual vá por outro, ou seja, nosso trabalho profissional deve ser um canal condutor de nossa consciência e devemos de nos abster de tudo aquilo que nos impossibilite de projetar a Luz.

Esse caminho está associado aos ajustes kármicos assim como o 19º (Hesed – Geburah) mas aqui são dados os primeiros passos onde Geburah pretende o resgate, a correção dos erros e, sob o império da balança (Libra), que pende o “Fiel”, na ponta da espada entre os dois pratos: o do mérito e o do demérito que demonstram que nada escapa do livro individual da vida e que cada um deverá compensar, em seu devido tempo, nas condições adequadas, o que acumulou de negativo; mas na outra ponta esta Tiphereth o milagreiro que cura as penas da alma pelo sacrifício (da causa) e diz “…teus pecados estão perdoados…”. Do mesmo modo que nas leis físicas, a Lei de causa e consequência, segue nos mundos espirituais, eis que ao liquidar as causas originais da doença, já não se encontra razões para suas existências, liquidando a causa cessa o efeito – a modificação de um estado interno corresponde a alteração de um efeito externo, isto segue o preceito de Hermes que afirma: “O que está em cima e como o que está em baixo e vice-versa.”

Contudo a determinados tipos de Karma que não podem ser modificados, são os chamados Karma duros a exemplo da cegueira, o amputado que já vem com uma enorme carga energética negativa de outras existências, atos e fatos praticados e que não há o que fazer, a natureza cobra tudo o que fazemos… Os karmas que estão em execução também não podem mais serem negociados, pois já estão sendo materializados. Veja na Sephiroth Geburah, 5º Caminho a relação dos Karmas existentes.

Uma outra maneira de alterar o Karma consiste em adicionar um elemento novo ao montante energético. E sabido cabalisticamente que dar início a alguma coisa, por ser uma energia Ketheriana, que ainda não passou por Binah portanto não sujeito ao Karma, altera a situação vigente. Um exemplo prático refere-se a um casal que está para se separar e então a mulher percebe que está grávida, assim, a criança, novo ser, força Ketheriana, salva o casamento. Temos aqui ainda a força de Tiphereth já que o sacrifício em prol a criança atua na unidade familiar e altera o sistema de forças anterior. Esta nova energia pode ser utilizada para modificar o destino e/ou seus aspectos desagradáveis, realizar outras ações que anulem as consequências das primeiras.

No sentido ascendente Tiphereth pede a redenção e assimilação dos erros pelo sacrifício ao passo que no 19º caminho nos deparamos com a polarização Justiça e Misericórdia administradas por Leão e sua moralidade embora também com resquícios do sacrifício de Tiphereth. É por este caminho (19º) que ocorre a confrontação kármica, mas é no 22º que é dado o primeiro passo.

Aqui também é o ponto onde podemos nos deparar com o Karma vindo de outras existências a fim de podermos equilibrar estas energias, alguns utilizam-se inclusive de hipnose, regressão, etc., contudo, passamos por muitas existências e épocas negras de modo que somente uns poucos estão em condições deste enfrentamento psíquico.

Mas o que vem a ser o sacrifício proposto por Tiphereth? Cumpre aqui esclarecer que o caminho espiritual assenta-se sobre três degraus a saber: 1) Morrer, que se refere a renúncia a morte psicológica dos defeitos, agregados psíquicos inumanos (negar a si mesmo é erradicar a causa); 2) Nascer – tomar a tua cruz, que trata-se de levantar a serpente do Kundalini – a Magia Sexual (falo e útero unidos formam uma cruz) e, por último 3) Sacrifício pela humanidade – o caminho do cristo (siga-me), que se refere aos atos que ultrapassam ao indivíduo e, principalmente, levar a libertação pelas vias do conhecimento da verdade. E neste sentido que está escrito:

Mateus 16:24 “Então, disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-me;”

Libra nos deixa a mensagem do equilíbrio e do sacrifício sobre si em colaboração ao outro; de que podemos pagar nossos karmas pelas obras ou pela dor.

Este sendeiro e ativado pelas Potestades (Geburah) e pelas Virtudes (Tiphereth) conjuntamente. O caminho de ida pela árvore é regido pela Potestade o 37 5->6: ANIEL e o caminho de volta pela Virtude 44 6->5: YLAHIAH.

Os aspectos entre Marte e Sol, tais como quadratura, conjunção ou oposição, no mapa natal são indícios de que o indivíduo está trabalhando neste sendeiro.

Palavras chaves: correção dos erros, ajustes kármicos, equilíbrio e sacrifício sobre si em colaboração ao outro.

1.3    Letra-força ל

tabela gematriaLamed é a decima segunda letra força – é uma letra simples. Na tabela das letras hebraicas o Lamed (30) se situa a esquerda do Gimel (3), que representava a exteriorização de Aleph (1) realizando as funções próprias de Binah e, do mesmo modo, Lamed atua em relação a Yod neste secundo ciclo da Árvore (de 10 a 18), assim, se encontrará também sob a regência de Binah neste novo ciclo de criações. Será, portanto, o segundo “He” de Ghimel (onde é “Vô”), ou seja, o resultado prático da ação divina expressa através de Ghimel que impulsionará o indivíduo a propor uma obra na Terra como reflexo de uma obra no céu.

A letra força Lamed expressa hieroglificamente um braço estendido e mais que isto, qualquer coisa que se estenda, que tenha um movimento expansivo ou se desdobre para o alto como um braço no sentido de ocupação ou posse, utiliza-se também a asa do pássaro. Como se trate de uma força ligada a Libra, o que está no alto é a expansão divina mediante a Lei, de modo que esta é revelada juntamente com a ideia de castigo a todo aquele que a viole.

1.4    Imagem, figura

enforcadoUm homem seminu, apenas com um pedaço de pano, se acha suspenso em uma forca onde em cada um dos lados encontram-se seis ramas cortadas (símbolo dos doze signos do zodíaco, os 12 Apóstolos, as 12 tribos de Israel, as doze faculdades, etc.), onde as laterais e o dormente formam a letra Tau, daí um de seus nomes “O enforcado. Este se acha amarrado pelos braços às costas formando um triângulo invertido. A perna direita está cruzada com a esquerda resultando em uma cruz. O fato de estar entre os signos do zodíaco pressupõe que o enforcado é o Sol. Esta posição entre duas colunas nos lembra o arcano 6, a indecisão, contudo enquanto no arcano citado a decisão é material aqui no arcano 12 se faz algo espiritual de modo que o porvir decisório é algo que o levará para o alto, daí o outro nome desta carta: O apostolado.

É interessante notar que este arcano representa o ponto de equilíbrio entre os arcanos 9 (a sabedoria) e o arcano (15) a fatalidade, ao passo que estes representam, sob o ponto de vista espiritual, ainda as duas mulheres do arcano 6, sendo o arcano 9 a mulher virtuosa e o 15 a rameira. Assim, este arcano nos remete a disciplina e submissão as Leis que deve ter o iniciado para trilhar o caminho espiritual, afirma-se que este arcano traz muitos sacrifícios, sofrimentos, muitas lutas. Significa não se identificar com os prazeres, desejos, emoções, dramas e cenas da vida, etc., mas manter-se vigilante.

12 o ApostoladoNo taro egípcio evidenciamos nas águas da vida uma representação que equivale a estrela de seis pontas que comanda os doze signos. O triângulo invertido bem como a triangulos com cruzcruz ao cruzar as pernas representa o domínio da matéria ou do sexo sobre a razão. O triângulo precisa ser invertido para ficar com a ponta para cima de modo que o homem (cruz em baixo – sexo) se ligue ao espírito (triângulo em cima), nossa trindade imortal, ou seja, o trabalho do apostolado consiste em fazer subirem as energias, combinar “a ânsia sexual com o entusiasmo espiritual. O objetivo é adquirir a alma, conseguir o ligamento da Cruz com o Triângulo da maneira correta.

Os doze pontos referem-se ainda as doze faculdades que tem o ser humano: os cinco sentidos, mas as sete virtudes dos sete chacras também conhecidos como as sete igrejas do apocalipse:

1ª – ÉFESO Base da espinha dorsal 4 pétalas
2ª – ESMIRNA altura da próstata 6 pétalas
3ª – PÉRGAMO altura do plexo solar 10 pétalas Mi
4ª – TIATIRA no coração 12 pétalas
5ª – SARDES na laringe criadora (o verbo cria) 16 pétalas Sol
6ª – FILADÉLFIA no entrecenho 2 pétalas
7ª – LAODICÉIA na pineal 1000 pétalas Si

Os chacras ou chakras, estes centros psíquicos descritos na literatura iogue, não se situam dentro dos órgãos aos quais eles são associados, mas sim no envoltório áurico, algo como um ovo de Luz, nos pontos que lhes correspondem aproximadamente.

Na Árvore, entendemos que os chacras se localizam ou relacionam-se nas seguintes posições:

Chacras - igrejas - planosMalkuth, nos pés, anus, base da espinha dorsal, o Lótus Muladhara ou igreja de Éfeso pois representa, por representar, o resultado final do processo vital, sua concretização final na forma, às influências desintegradoras da morte para que a sua substância possa ser novamente utilizada, o significado espiritual do processo de excreção, putrefação a decomposição;

Yesod, na base dos órgãos geradores, o chacra Svadisthana, o Lótus de seis pétalas, igreja de Esmirna;

Hod e Netzah, no plexo solar, o chakra Manipura, Lotus de dez pétalas, igreja de Pérgamo, nos confere as sensações do mundo mágico, inclusive o toque, é o cérebro das emoções, quando é desenvolvido conseguimos a telepatia e, como Netzah está ligado aos cinco sentidos, temos ai a cinestesia;

Tiphereth, no coração, o chakra Anahata, Lotus de 12 pétalas, igreja de Tiátira, favorece as viagens astrais e na 4º coordenada;

Geburah e Hesed, localizado na laringe, chacra Vishuda, Lotus de 16 pétalas, igreja de Sardes, nos confere a clariaudiência;

Binah e Hochmah, localizado entre as sobrancelhas, e o chakra Ajna, igreja de Filadelfia, Lotus de 2 pétalas e segundo alguns cabalistas tem relação com Daath e,

Kether, localizado acima da cabeça, é o chacra Sahasrara, de mil pétalas, corresponde a igreja de Laodicéia, corresponde a glândula pineal, refere-se ao centro da polividência, o centro da intuição, é o olho de diamante

1.5    Arcano menor: Rei de Espadas

rei de espadasLocalização na Arvore da vida: Binah (Vô)

No zodíaco o domicílio do Rei de Espadas é Libra.

Arcanos que governa: Ás de Espadas, Dois de Espadas e Três de Espadas

O Rei de Espadas possui os atributos de Binah, na qualidade de Vô do mundo das emanações (Atziluth) e representa o seu poder organizador de todas as coisas. Sua aparição no nosso jogo significará que em nossa peregrinação humana implantamos vários esforços para ordenar as coisas, o que temos explicado, elucidados, que temos trabalhado para torná-los compreensíveis, lógico, coerente. Graças a esse esforço ordenador tem sido possível estabelecer a ciência e agora o Rei de Espadas aparece para levar-nos à frente de uma organização que contribuímos para o estabelecimento.

A aparição do Rei de Espadas será sempre anunciadora de uma tarefa, uma responsabilidade ao mais alto nível. Anuncia-nos que devemos nos empenhar, colocar a mão na massa, pois viemos para marcharmos em um trabalho duro e que podemos nos sujar, de modo que é preciso estar sempre com o avental em serviço, a fim de que a sujeira não salpique as nossas vestes, isto é, que não mancha o nosso Ser espiritual. Cumpre diferenciarmos constantemente entre o que fazemos e o que somos, discernir entre a necessidade incontornável de realizar certos atos e a exigência de que eles permaneçam limitados a um marco e a um tempo; não nos envolvemos mais que isto.

O Rei de Espadas nos obriga a descer para a arena do mundo, para enfrentar os problemas de baixo nível. A sujeira característica dos brejos deve ficar presa ao avental que deixamos após o trabalho, retornando assim para a pureza primordial e a luz, porque os trabalhos que anuncia este rei de espadas são desenvolvidos na penumbra, em um mundo em que as sombras começam a dominar.

Palavras chaves: R♠ Rei de Espadas, Responsabilidade de alto nível

(Reta) Portador de responsabilidade, alto cargo, Homem de Lei, senador, etc.

(Invertida) Missão em momento difícil, sangue, caos, má sorte, maldade crueldade.

1.6    Elemento, ciclo zodiacal, planeta

Na ordem dos elementos, Lamed (12 = 1+2 = 3) corresponde Ar do Fogo no segundo ciclo da terceira Sephirah e também o Binah interiorizado já que Lamed é o Ghimel na fase “He” do nome יהוה – “Yod-He-Vô-He”.

Na trilogia dos elementos: Binah está relacionado com o signo de Sagitário.

No ciclo zodiacal יהוה – “Yod-He-Vô-He”, equivale à transição entre Gêmeos – signo mutável aéreo e Capricórnio, primeiro signo cardinal de Terra e do mesmo modo representa a fase de transição entre a teoria e a prática, assim, o indivíduo se dá conta que para conseguir qualquer mudança deverá colocar a mão na massa e dar vida aos seus projetos (Ar) com seus próprios esforços (Terra). As transições que ocorrem neste ciclo assemelham-se as de Daleth (4) que fazia do Fogo para a Água e o Cheth (8) que tratava da Água para o Ar, mas aqui refere-se a transição do Ar para a Terra.

No ciclo Sepher Yetzirah corresponde ao signo de Libra o primeiro signo aéreo (Fogo do Ar), a porta de entrada para as energias mentais.

Nome divino (Atziluth): VHYH והיה 7.0 Yahel
Arcanjo (Briah): Zuriel זוריאל
Coro Angélico (Yetzirah): Chedeqiel חדקיאל
Anjo regente da casa correspondente (Assiah): Yahel יהאל
Planeta regente: Vênus
Elem. Signo/Sephirótico: Ar/Fogo do Ar יו
Apóstolo: Bartolomeu
Tribo: Asher
Cartas do Tarô: Rei de Espadas יו que rege Ás, Dois e Três de espadas.
Hora planetária e astrol.: 12 às 14 horas da saída do Sol; de 181º a 210º no zodíaco.
Região do corpo: Rins

No processo cabalístico criativo bem como no zodíaco Libra é regido por Netzah-Vênus e pertence ao mundo cabalístico de formação (Yetzirah).

Libra é o signo cardinal do Ar. É o Yod de seu elemento e o Vô dos signos cardinais e, como tal, uma porta de entrada das forças mentais que haverão de transformar em profundidade a vida, uma vez que o elemento Ar corresponde as ideias, pensamento, razão, lógica.

Neste ponto, o indivíduo se dá conta de que seu empenho pessoal, essa obra que tanto adorou no ciclo anterior da Água, precisa ser compartilhada com os outros para que se adquira a magnitude e relevância.

O elemento ar é regido por Binah, de modo que esta Séfira exerce a prerrogativa restritiva. Esse sacrifício, caráter restritivo sobre si mesmo, permite uma colaboração com o outro, com a sociedade, o sócio, o cônjuge. Na fase anterior, a de Peixes – Água, tratava-se de renunciar a um desejo para realizar a Vontade. Aqui se trata de realizar a Vontade em conjunto para que o propósito seja compatível com o propósito dos demais. Libra é o signo que rege o matrimônio isso nos fornece uma ideia de que vem a ser o matrimônio

Em Libra compreendemos que o casamento não é um empresa sentimental, mas uma associação racional de duas pessoas complementares para realizar um projeto comum já que nenhum deles poderia realizar estando separados, logo, deduzimos que Libra não é um signo sentimental, como são os de Água (Câncer, Escorpião e Peixes), mas um signo que libera forças racionais. Libra significa, pois, o começo de uma vida baseada na razão e não nos sentimentos, e os nascidos sob este signo serão os agentes empenhados em unir o complementar, organizando associações, sindicatos, confederações ou agências matrimoniais.

Os maus aspectos planetários sobre Libra dificultam inicialmente união matrimonial, e em seguida, toda uma classe de integração do indivíduo à sociedade, fazendo dele, de um modo ou de outro, de um marginalizado.

O excesso de planetas neste signo impulsionar o indivíduo a se juntar aos outros tão exageradamente que pode militar em um partido de direita e de esquerda ao mesmo tempo, figurar em um sindicato patronal e de empregados, defendendo ideias contrárias em horas diferentes. Em Libra as ideias não estão ainda formadas, como não estão em Câncer, os sentimentos, nem em Áries o desígnio a executar. Como todos os signos cardinais o signo Yod, em Libra, as como forças mentais encontram-se no estádio das emanações (Atziluth) e é neste vasto mercado que o indivíduo escolhe a ideia a desenvolver; daí que possa ser de direita e de esquerda ao mesmo tempo sem contradizer sua profunda verdade.

Palavras chaves:

(+) Sacrifício sobre si em colaboração ao outro, sociedade, casamento, razão.

(-) Dificuldade associativa, militância bipolarizada, ideias contrarias.

CASA VI: A Casa VII expressa na Terra as potencialidades de Libra. Neste signo nasce o elemento Ar que origina a lógica e a razão que inclina o indivíduo na busca do complemento. Todo isso se cristaliza na Casa VII na forma da busca pelo outro, do complemento que há de permitir realizar nosso programa humano.

Como já foi dito, o caráter razoável desta busca não é sentimental. É interessante lembrar que antigamente os casamentos se realizavam pelos pais, sem que entrasse em conta os sentimentos dos interessados. Hoje são os sentimentos ou o sexo, o que origina um casamento o que não implica que isto tenha aportado estabilidade conjugal, o edifício, conjugal, talvez bem mais o contrário, já que acabando os sentimentos e o sexo se vai também o casamento. O bom casamento sempre ocorre quando se coincidem os planos intelectual, emocional, instintivo-motor e sexual, a Casa VII trata principalmente do mental embora Libra atue em todos os processos societários.

Vimos como na Casa V (Leão) aparece o amor, que é um dom divino (alma gêmea), e que nasce do sincronismo absoluto entre dois seres, de sua perfeita identificação de um com o outro por terem vivido experiências similares. Mas esse estado de perfeito gozo não é o perseguido pela evolução e esses grandes amores românticos não entram na política do Ser. São um oásis, um sumptuoso descanso entre duas batalhas e depois há que saber dizer adeus e prosseguir a peregrinação.

O casamento deve servir para limar arestas e limitar os poderes de uma personalidade que só submetendo-se às leis de Binah conseguirá realizar a sua obra. Encontraremos na Casa VII, pois, informação sobre o cônjuge, sua forma de ser, seu caráter, suas qualidades. Também nos informará sobre a personalidade dos parceiros, dos aliados, daqueles com que a vida nos confronta e, no geral, veremos na Casa VII a reação da sociedade diante de uma de nossas iniciativas, posto que a Casa VII se opõe a Casa I, que reflete o impulso de nossa vontade.

Os maus aspectos planetários sobre a Casa VII, nos anunciará um cônjuge difícil de mal caráter, más qualidades ou com problemas, psicológicos, de saúde, de dinheiro, etc., igualmente, anunciará aliados problemáticos e complexos, de modo que seria melhor não os ter, e más disposições da sociedade em relação às nossas iniciativas. Quando um excessivo número de planetas se encontra na Casa VII, o indivíduo é, literalmente, esmagado pelo outro, seja cônjuge, seja parceiro ou uma organização social.

Palavras chaves:

(+) Busca do complemento, cônjuge, personalidade dos sócios, reação da sociedade.

(-) Cônjuge ou sócio problemático.

Na ordem planetário representa a Vênus em razão deste planeta ser o regente de Libra o governador do 22º caminho.

Na ordem de fenômenos naturais o Lamed representa o vento – O princípio rápido (a ideia de equilíbrio como nos ventos tropicais). Aparece quando a água, emoções desaparecem – São os pensamentos. Porta de entrada do Ar. Representa o vento que transporta os germes do pensamento e os espalha pela nossa Terra

1.7    Discípulo: Bartolomeu (Nathanael)

As escrituras narram que Felipe e Bartolomeu eram amigos. Como Felipe era Tourino, portanto ligado a Vênus, conclui-se que Bartolomeu se refere ao outro signo venusiano, ou seja, Libra.

Cabe lembrar aqui que Bartolomeu é quem leva Judas Iscariotes ao grupo. Este foi o único discípulo não eleito por Jesus. Ocorre que, como já vimos, Bartolomeu é regido por Netza-Vênus que domina os cinco sentidos, o que implica que a traição vem pelas vias dos sentidos.

1.8    Tribo: Asher

Gênesis 49:20        De Aser, o seu pão será abundante, e ele dará delícias reais.

Asher, o filho de Zilpah, foi um dos doze filhos de Jacó e líder de uma das tribos resultado de sua união com Léa. Aser também é o ancestral de uma das 12 tribos de Israel, de mesmo nome.

1.9     3º Trabalho de Hercules: Capturar o Javali de Erimanto

Javali de erimantoUm javali aterrorizava as vizinhanças do monte Erimanto, no noroeste da Arcádia. Enorme e feroz, ele matava qualquer um que cruzasse o seu caminho. A tarefa era capturá-lo vivo. O animal foi cercado e, quando se cansou, foi dominado por Hércules.

No terrível e perverso javali está aquele que não consegue conviver em sociedade e é também o símbolo vivo de todas as baixas paixões animais relacionado ao Céu de Vênus, a morada dos Principados e ao signo de Libra. Trata-se de eliminar as sementes do ego no mundo astral, a sua causa secreta. São as tentações carnais venusianas, cumpre evitar cair rendido aos pés paradisíacos da deliciosa beldade feminina; beber o licor de mandrágoras; comer das maçãs de ouro do jardim das Hespérides. Cumpre aqui trabalhar com eletricidade sexual transcendente.

1.10 Descrição Sephirótica:

Lamed relaciona-se com a Sephirah Binah em seu segundo ciclo, assim, podemos constatar uma presença de Binah em Lamed por ser a terceira letra do segundo ciclo que vai de 10 a 18. Deste modo a inteligência se expressa pelas vias da interiorização, da transformação, do amadurecimento do segundo ciclo para posteriormente firmar a sua cristalização e mudar a ordem das coisas.

Axioma transcendente: “ainda que o Sol te fatigue de dia e a Lua te entristeça de noite, não leves os teus pés ao precipício, nem adormeças quando estejas em guarda”.

Horário: 3ª hora de Apolónio – “as serpentes, os cães e o fogo, (magia-sexual). Trabalho com a Kundalini.” Trata-se da primeira manifestação da matéria no intuito de transforma-la por meio da Alquimia. Deve-se, portanto, guardar uma moral disposta ao sacrifício, destruir como o fogo a natureza fixa (sêmen) para volatiliza-la (transforma-la em espírito: E=mc2).

1.11 Significado no jogo

Na lâmina 12 está representado pelo enforcado, o pendurado, o apostolado, etc. transmitindo a ideia de sacrifício ou de punição e significa a decisão de seguir o caminho espiritual aceitando suas consequências como um apóstolo. De outro lado a cruz sobre o triângulo invertido sugere a entrada de cabeça na matéria, assim, deverá trabalhar para inverter o triângulo e seguir o caminho que leva para o alto. o que também constitui o apostolado.

Sob o ponto de vista sephirótico representa a aventura de Binah em seu segundo ciclo, o começo da criação humana, de seu universo material e, ao mesmo tempo em que realiza seu sacrifício, é amparado pela sabedoria e doçura de Hochmah

1.12 Palavras chaves:

1.12.1 Manifestação Yod.

Abertura espiritual com renúncias, apostolado.

1.12.2 Manifestação He.

Pressentimentos que afligem, falta de clareza.

1.12.3 Manifestação Vo.

Nova visão do mundo, amadurecimento.

1.12.4 Manifestação He.

Contrariedades, angústias, quedas. Filantropia, entrega a uma causa, sacrifício pessoal, mão na massa. Abandono de algumas coisas, renúncias, sacrifício e auto sacrifício, dedicação, abandono submissão as Leis.

1.12.5 O lado negativo da força.

Projetos abortados, promessas não cumpridas.

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Filosofia Metafísica Quântica Cabalística – TOMO I

ÀRVORE DA VIDA – OTZ CHIIM

ELEMENTOS, PLANETAS, SIGNO, TARO

Autor: Inácio Vacchiano