I. Aries: Ayel


Nome divino (Atziluth):YHVH יהוה
Arcanjo (Briah):Malkidael מלכידאל.
Coro Angélico (Yetzirah):Sharhiel שרהיאל
Anjo regente da casa correspondente (Assiah):Ayel איאל
Planeta regente:Marte
Elem. Signo/Sephirótico:Fogo/Fogo do Fogo יי
Relação/mundos:“Yod” do Mundo de Atziluth
Apóstolo:Santiago
Tribo:Gad
Cartas do Tarô:Rei de Paus יי que rege Ás, Dois e Três de paus.
Hora planetária e astrol.:0 a 2 horas da saída do Sol; de 0º a 30º no zodíaco.
Período:21 de março a 19 de abril
Velas:3 vermelhas
Incenso:[sândalo, acácia, cipreste, absinto, balsamo e também a pimenta, a cebola, etc.]
Letras:Aleph – Yod – Aleph – Lamed
Gemátria:1+10+1+30= 42 = 4+2 = 6
Região do corpo:Cabeça
Metal:Ferro
Pedra:Rubi

As duas primeiras horas solar do dia encontram sob o domínio de Áries. Nestas horas poderemos estabelecer contato com o Criador e nos imbuirmos com sua mensagem. No processo criador de todas as coisas, as forças de Áries são geridas por Kether, o pai, Fogo do Fogo. No zodíaco e Marte o aspecto físico de Geburah, a quinta Sephirah, quem administras estas energias. Nos mundos cabalísticos Áries corresponde a esfera das emanações representada por Yod.

Áries é o primeiro signo cardinal e o primeiro da trilogia do fogo e, deste modo, é um sinal de penetração de forças. Trata-se da porta de comunicação das forças cósmicas com o homem e é por ela que o desígnio divino penetra em nós. Por Áries o indivíduo recebe o seu programa de vida do Criador, através da personalidade, um programa que logo se irá desenvolver com a ajuda e comunhão das forças dos outros signos.

Neste ponto o indivíduo ainda não sabe que é portador de um plano divino, não é ciente dos trabalhos que se desenvolverão sob a influência deste signo, só sabe que veio ao mundo para realizar algo novo.

O Ariano não espera nem fortuna nem felicidade: só ambiciona a glória de ser o primeiro, ou porta-bandeira, o herói, o que abre perspectivas, ou que estabelece o ponto primordial. Não é um homem para permanecer na Administração de uma empresa, de forma rotineira por toda a sua vida, porque não se encontra em fase de estabilidade, e toda a tentativa de reduzi-lo as normas de trabalho em vigor em nossa sociedade se chocará com sua missão que é de ser o princípio das coisas, mas não o seu administrador ou conservador.

Os Arianos são essenciais em qualquer empresa que se inicia, porque dão a ela seu inabalável entusiasmo, sua confiança no resultado final, sua imensa vontade de Triunfo. Então, quando uma empresa está consolidada, o Ariano entenderá que aquilo não é mais para ele e vai para outras frentes em que possa realizar a missão que lhe foi confiada de realizar a experiência de início das coisas.

Por encontrar-se na ponta de tudo os Arianos vivem em constante situação de perigo de modo que a Providência constantemente lhes saca dos apuros. O Criador usa os Arianos para romper os moldes e fazer com que a criação continue sua marcha adiante e daí que seja concedida a proteção divina.

Muitos planetas neste signo representam também muitos desígnios, algo como uma voz na cabeça dizendo: Faz isto, faz aquilo, etc. E, assim, estará a trabalhar ali e aqui impossibilitando cumprir uma vida organizada ou será o banido, o forasteiro, ou eterno peregrino que não conseguirão se ligar nem a afetos e nem as empresas. Estará sempre se mobilizando em prol de um porvir que se anuncia em sua imaginação brilhante, mas que nunca se realiza. Já as obstruções, maus aspectos planetários, sobre o signo impedirão que o indivíduo perceba com clareza a mensagem do signo e, portanto, não poderá continuar seu itinerário com precisão. No curso da vida sairá de sua órbita e atuará fora de seu campo natural.

Palavras chaves: (+) Peregrino, desígnio divino, programa de vida, entusiasmo, Providência.

   (-) Rotina, previsibilidade, desanimo.

A Casa I é a Casa Yod e nela o indivíduo planta as sementes de seu caráter, que hão de dar-lhe como colheita um destino. A vontade é a força dominante nesta Casa. A Casa I expressa a nível terrestre, ou que Áries representa a nível celeste. Nesta casa nós somos Áries, ou seja, lançamos ao mundo ou que de Áries há em nosso corpo psíquico-mental, emocional e de Vontade. Se Áries é a porta através da qual Deus se comunica com o homem, a casa I será o canal, através do qual projetamos nossa personalidade, a roupagem para a Terra. O ideal seria, no horóscopo, que esta casa coincidisse com o signo de Áries, assim como Touro com a casa II, Gêmeos com a casa III, etc., porem no manobrar humano as coisas acabam sendo trocadas. Quando Áries se encontra na Casa I, o plano divino é transmitido tal qual foi projetado para este mundo.

Se Áries é o promotor do desígnio espiritual, a Casa I será aquela que desenha a nossa silhueta física. Nela encontraremos a estrutura do corpo da pessoa, assim como a chave de seu código genético. A Casa I ou Ascendente nos indicará o seu propósito na existência atual.

Os maus aspectos da Casa I, ou o ascendente desnaturam o propósito do indivíduo, lhe obriga a emiti-lo em condiciones inadequadas, em um meio ambiente, ou por meio de um ambiente, que não é o ideal, ou que se tornam difícil seu contato com o propósito que irá dirigi-lo. A sociedade, a família, o cônjuge ou meio profissional não serão os ideais para a manifestação de sua personalidade e deverá lutar por toda a vida contra essa adversidade.

Se esses maus aspectos vêm do Sol ou da Lua, ou inimigo será ele mesmo, segundo seja homem (Sol) ou mulher (Lua), ou seu cônjuge; isto quer dizer que sua contraparte espiritual será hostil para com os propósitos da sua personalidade passageira e sua própria natureza interna será a que destruirá os planos elaborados pela personalidade material até que está se submeta aquela.

A acumulação de planetas no Ascendente dará ao indivíduo um excessivo protagonismo; fara com que sinta uma necessidade imperiosa de sobressair-se, de ser alguém a qualquer custo, de realizar feitos, sejam quais forem. Esse indivíduo disporá de uma força aparente e será facilmente manipulado por outras pessoas, representada pelos planetas situados neste setor, os quais lhe assegurarão o protagonismo que sirva aos seus interesses. Isso suscita muitas vezes ao indivíduo que só faz alguma coisa para se aparecer, incapaz de qualquer altruísmo, se não for oferecida uma fachada para seu orgulho pessoal. Será, pois, a marca de uma pessoa egoísta.

Palavras chaves:

(+) Personalidade, protagonismo, propósito, estado, condições do indivíduo, meio ambiente.

(-) Meio ambiente inadequado, contraparte espiritual hostil, protagonismo excessivo, orgulho pessoal, egoísta.

Áries é o primeiro signo do Zodíaco constituído e também o primeiro dos chamados Zodíaco constituinte – por elementos -, aquele considerado pelo nome sagrado יהוה – “Yod-He-Vô-He”, pelos elementos e na seguinte ordem: 1º, 2º e 3º do Fogo, 4º, 5º e 6º da Água, 7º, 8º e 9º do Ar e 10º, 11º e 12º da Terra. Na arvore Sephirótica corresponde a primeira Sephira de Atziluth ou seja: Kether. E pois o primeiro signo da trilogia do Fogo. Corresponde, deste modo, a fase de inicialização deste elemento. É um signo cardinal, ou seja, a porta de entrada por onde as energias cósmicas penetra no homem. O Gênio do signo é איאל Ayel que poderá ser invocado ou evocado para sanar tudo que seja de seu atributo neste interstício ou mesmo de interesse do nativo em sua senda evolutiva, quanto mais em seu período de manifestação.

Sendo o primeiro é o começo de toda criação e de tudo quanto venha existir no universo, tudo que tenha sido elaborado utilizando o material proveniente de Áries ou seja a Vontade, esta maravilhosa essência, princípio de tudo. Trata-se do primeiro dos atributos provindos de nossa divindade interna, de nosso Real Ser. É pelas vias de Áries que nosso Real Ser penetra em nossa personalidade humana para implantar seu desígnio, seu programa que será conduzido até a materialização. Disto se pressupõe que os Arianos sejam o veículo de alguma Vontade.

Na sequência das Letras que criaram o mundo a primeira letra refere-se a Aleph a semente do universo. Esta letra, pelo ciclo zodiacal יהוה – “Yod-He-Vô-He” (veja Tomo I) foi feita com os materiais provenientes de Aries de modo que expressa o desígnio do criador, por ser o primeiro signo do Fogo. No ciclo Sepher Yetzirah expressa a letra He (o Hierofante).

O Real Ser impulsiona o indivíduo para a realização de algum projeto que ele ignora, eis que, por vezes, se está desconectado de sua parte divina e ignora seu desígnio até que se manifeste no ciclo emotivo “He” e intelectual “Vô”. Os mais adiantados obtêm o vislumbre do projeto divino, contudo mirando pelas perspectivas de Áries somos totalmente inconscientes do material que nosso Real Ser está projetando.

No hemisfério norte (primavera – início do ano astrológico) e em nosso interno Áries representa o início da estação em que a natureza desperta a letargia do inverno, manifesta em nós os brotos primaveris, o início da renovação, a aceleração. A primavera atrai tudo de novo, novas aventuras, novos desafios. Em Áries colocamos qualquer assunto em marcha e como trata-se de um signo de início não é dado a aceitar conselhos, pensa que já sabe tudo. Além de não aceitar conselhos estes peregrinos fogem do temor e, pelo contrário, animam-se a perseverar ante as dificuldades em razão de seu Planeta regente do signo: Marte, o deus da guerra. Assim, Áries é o batedor do Zodíaco, aquele que leva a bandeira na frente e inspeciona o terreno antes dos demais, o infatigável lutador. Refere-se, pois, ao desbravador, o criador que está mais adiante do que aqueles que meramente desfrutam das criações.

Analisamos aqui o Signo em toda a sua pureza ou seja: não tendo Sol ou Marte mal aspectado ou carente de aspecto já que isto mitigaria suas características promovendo uma vontade inoperante, adormecida ou torcida. De outro modo uma concentração de planetas haverá de promover muitos programas e atividades em todas as direções e até queimará tudo que toque por excesso de fogo, parecendo, inclusive, estar fora da realidade. De outro modo os aspectos negativos darão um excesso de energia, difícil de canalizar, obrigando o nativo a realizar grandes façanhas para descarrega-las, o que tenderá a agressividade e excessos de radicalizações em todas as situações.

Mas prosseguindo em uma situação normal. Por ser o que sempre está adiante, Áries tende a ser objeto de críticas pois é aquele que se lança de cabeça sem analisar as consequências, parte para o ato e pensa depois. Não pretende as riquezas nem a felicidade, mas a glória de ser o primeiro, de chegar antes dos demais e receber a medalha sem que isto signifique deixar um companheiro para traz, pois mesmo ajudando quem está no caminho ainda consegue chegar adiante. No geral, possui um alto grau de imprevisibilidade fazendo muitas vezes o contrário do que se espera.

Trata-se de um signo que não faz rodeios, é de pouca diplomacia e prefere ir direto ao ponto, não leva em conta o caminho do meio de modo que se encontra sempre em um dos extremos. Por ser cardinal, de iniciativa se aborrece facilmente com a rotina, a monotonia, expurga a mediocridade. Assim, necessita estar sempre fazendo algo para sentir-se útil sob pena de sentir-se frustrado, apático, descaído. Por sua constante atividade sua presença e notada onde quer que esteja. Não conhecem o desânimo e o superam com incrível facilidade. Seu principal defeito é a ira.

A cada sete anos um signo rege o indivíduo e Áries rege os primeiros sete anos da infância, um período muito ligado a Kether de modo que a intuição está bastante aflorada o que ajuda a se livrar dos perigos. Aliás, estes indivíduos estão ao longo da vida mareando o perigo e, por esta ligação a Coroa, são constantemente livrados.

Se os arianos vivem em sua primeira encarnação, seja no ciclo de 108 existências ou mesmo dentro do atual ciclo de 36, serão instrumentos dóceis da divindade cujo movimento está em harmonia com o suceder cósmico. Contudo devemos nos lembrar que vivemos muitas existências e se estamos no segundo ou terceiro ciclo dos 36 passamos por um novo ciclo de experiências e nos encontramos novamente em Áries carregado de dívidas Kármicas, débitos contraídos de outras existências de modo que quando nosso Real Ser nos impõe um caminho haveremos antes de liquidar obrigações contraídas anteriormente e vivemos como se estivéssemos em outra região do zodíaco a que corresponda tal obrigação e posteriormente viver novamente no signo de Áries (neste caso) para cumprir os desígnios de nossa divindade interna. Neste sentido, para que cada um possa dispor do tempo suficiente para a realização das tarefas humanas os signos foram divididos em três Decanatos.

Em suas práticas diárias o ariano poderá utilizar o Mantra de cabeça AUM após entrar em estado Alfa, pode-se faze-lo mentalmente, mas principalmente verbalmente já que o Um é expresso pelo verbo: “No princípio era o verbo…”. Em AUM temos a força do Pai “A”; a força do Filho “U” e a força do Espírito Santo “M”, trata-se de um poderoso mantra Logoico. Pode-se cantar o mantra quatro vezes durante a prática. Depois deve-se levantar e estender o braço sete vezes em direção ao nascente enquanto abaixa a cabeça para adiante como em uma saudação. Posteriormente faz-se a saudação na direção dos outros elementos. O sete simboliza as forças da natureza que organizam a criação os sete planetas, sete Sephiroth abaixo do triangulo logoico. Neste momento imagina-se que a luz de áries inunde o cérebro, a glândula pineal e pituitária que favorece a percepção das dimensões superiores.

Aries também é o símbolo de RA, RAMA, o cordeiro e seu mantra poderoso é o “RA” que faz vibrar os sete centros magnéticos da espinha dorsal.

  • Carta do tarô: Rei de Paus

Localização na Arvore da vida: Kether (Yod)

No zodíaco o domicílio do Rei de Paus é Áries

Arcanos que governa: Ás de Paus, Dois de Paus e Três de paus

Os quatro reis, correspondem Atziluth, ao mundo das emanações, embora não se trate de seu ciclo inicial, uma vez que representam os poderes acumulados em nosso trilhar humano. São poderes que nós temos exercido e que projetamos aos demais e que por sua vez, estes nos retrocedem em uma relação de causa e efeito.

Os Reis em conjunto correspondem ao mundo das emanações (Atziluth), e representam o Yod das figuras e representam separadamente o nome divino, יהוה – “Yod-He-Vô-He” e se dividirá da seguinte forma: o Rei de paus é o Yod; o Rei de copas o He; o Rei de espadas o Vô e o Rei de ouros o segundo He.

A figura do Rei de Paus carrega em si os atributos de Kether, na qualidade de Yod do mundo das emanações (Atziluth). Representa a suprema autoridade, o poder supremo, uma força que temos de inclinar-nos inapelavelmente. Ele pode ser um juiz, um presidente, um rei ou alguém que fala em seu nome. A sua intervenção dará em nossa vida uma inflexão determinada e profunda, como no caso do réu que vai para a prisão, do recruta que vai para o serviço militar, um estudante que é ou não é aprovado. Trata-se de um ato que nos marcará por toda a nossa existência.

O Rei de Paus refere-se a uma personalidade abstrata que se incorpora em uma pessoa ou outra, que tem sido potencializada por nossa vontade no curso das existências, sendo gerada em nossa psique a partir de nossos pequenos ou grandes atos de poder que formaram o “fantasma” e que agora o temos diante de nós. Não há nada de pessoal no desempenho do rei de paus em nossas vidas, refere-se a outra face, o retorno da autoridade tal qual temos exercido.

Sua aparição pode significar que uma mão providencial se dirige a nós, nos levanta, nos exalta, nos magnifica, ou pelo contrário, nós dobramos e nos humilhamos. Segundo tenhamos usado o sublime sopro de Kether, o teremos agora em nosso favor ou contra nós.

Palavras chaves: Rei de ♣Paus, Força inapelável, abstrata ou não.

(Reta) Alto dignitário, plenipotenciário, enviado divino, representante da consciência coletiva, da Lei.

(-) Tutor, tirano, ditador, autocrata inquestionável, obrigação a cumprir.

Brevidade sobre os Reis

Os reis representam os nossos poderes, o ponto em que temos acumulado poder no curso de nossa vida. É sobre este ponto que temos de atuar eis que se trata de uma área representada pelas facilidades.

Se os reis não aparecem no jogo, esta será uma indicação de que o assunto não está maduro o suficiente para obter um resultado mais fácil. Isto não quer dizer que não se obterá o fruto cobiçado, mas será necessário lutar por ela, já que não aparecerá milagrosamente a pessoa que haverá de abrir a porta para as conquistas.

Quando a imagem dos Reis se refere a uma pessoa concreta e não é o representante anônimo de uma causa, de uma ideia, podemos ter certeza de que vamos ser confrontados com alguém que já conhecemos, e muito, em existências anteriores, pois quando encontramos pela primeira vez, uma pessoa, não podemos estabelecer com ela mais do que um relacionamento Yod, isto é, plantar com ele a semente de futuras realizações humanas. De outro lado, quando se realiza algo em comum com alguém, quando graças a este encontro se acessa ao conhecimento, a uma dignidade material, a um posto, ou se, de forma negativa, é o agente de um descalabro, este é um sinal inequívoco de que nossas relações com ele se encontram não em uma fase Yod, mas de segundo He, que é representado pelos reis no que as relações humanas se referem.

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A CABALA DE HAKASH BA HAKASH

Filosofia Metafísica Quântica Cabalística – TOMO II

A ODISSEIA ZODIACAL

Autor: Inácio Vacchiano

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