Já vimos que AIN SOPH significa Sem Limites e é um dos três véus da Existência Negativa na Árvore da Vida, é a Causa das causas, o motivo de todos os motivos, produziu os dez aspectos de seu ser e os denominou Sephiroth. Também é designado pelo nome de En-Sof (Em-si), o Infinito, Sem Limites, Infinito Espaço. Ele não tem forma nem aparência, nenhum recipiente o pode conter, e nenhum pensamento o apreender. Nele esta o dualismo da Infinidade primitiva original: o infinitamente pequeno e o infinitamente grande.
Vimos também que AIN SOPH: É o segundo aspecto dos Véus da Existência Negativa, onde já existe determinada manifestação; aí ficam todas as criaturas quando chega o Grande Pralaya (a Noite Cósmica), que não tem o direito de penetrar em AIN, ou seja no Imanifestado absoluto, que está para além do pensamento, do verbo, do Átomo, do Som, além de tudo que tenha forma, número, peso, etc.
Do AIN SOPH emana toda a criação, porém esta não é igual nem em essência, nem em potência a AIN que se vale da Divina Luz Incriada para irradiar de si próprio uma inteligência, uma perfeição, um poder infinito.
Esta emanação de AIN SOPH, por ser uma derivação de AIN possui um caráter finito e é chamado para a criação do Ancião dos Dias (Kether). AIN SOPH corresponde ao Ser de nosso Ser, este Pai-Mãe em nós. Como AIN SOPH não pode expressar-se no plano físico, limitado, atua mediante os Dez Sephiroth.
O todo incognoscível (AIN), ou zero radical, emana, ao começar uma manifestação ou universo, o AIN SOPH que corresponde ao En Soph, mônada pitagórica, o Verbo, o Arquimago, ou Hierofante, o Uno-Único, o Aunad-Ad budista, o Pneuma-Eikon caldaico, o Ruach Elohim ou Divino Espírito do Senhor flutuando sobre as águas narradas no geneis, aquele que existe por si mesmo, Anupadaka ou Manu-Swayambu-Narayana.
Para além do Íntimo (Hesed – topo do Triângulo Ético) está o Logos (topo da tríade Pai-Filho-Espirito Santo – Triângulo Logoico) e para além do inefável Ancião dos Dias está AIN SOPH (o Segundo Absoluto). À exalação de AIN SOPH chama-se Dia Cósmico (Mahamanvantara), à sua inalação, Noite Cósmica (Grande Pralaya).
No fim do Mahamvantara, as sete dimensões básicas do Universo deixam de existir (animais, plantas, etc.) e ficam reduzidas a um simples ponto matemático que se perde tal qual uma gota no Grande Oceano de modo que o tempo deixa de existir.
Afirma-se que Parabrahman, o Pai, AIN SOPH, Absoluto Manifesto espiritual (Segundo Absoluto), o Oceano do Espírito Universal de Vida, ao chegar a Grande Noite (Pralaya ou Dissolução do Universo) submerge-se entre o Espaço Abstrato Absoluto (AIN, Mahaparabrahman) durante 7 Eternidades (cada eternidade significa 311 040 000 000 000 anos) e neste período são recolhidos todas as Chispas Virginais (cada criatura vivente corresponde-lhe uma chispa virginal). os Planetas, o Sol, a Terra e a Vida terão desaparecido com todas as Chispas Virginais (criaturas viventes).
Ao iniciar-se a aurora de cada Universo a Eterna Luz Negra ou Obscuridade converte-se em Caos (alfa e ômega de todos os mundos) para daí iniciar-se suas formações (do Caos brota o Cosmo e das Trevas brota a Luz). As Trevas em si mesmas formam uma tríade Pai-Mãe e a Luz é o seu Filho. A Luz incriada (AIN) tem origem nas trevas de modo que estas constituem-se na Matriz Eterna.
O Absoluto (AIN) são trevas de onde saem a Luz (do AIN SOFH para AIN SOFH AUR [Luz Ilimitada]). A luz incriada do Absoluto sai das trevas profundas da Grande Noite, então dessas trevas, que não tem luz, brota uma luz incriada. Se fosse possível visualizar não se veria mais do que trevas profundas sem direita, sem esquerda, sem atrás ou adiante, sem encima e nem abaixo. Contudo para os habitantes do Absoluto estas trevas são Luz incriada de felicidade sem fim. Assim como vemos o mundo com nossos olhos o morcego vê com o som, os habitantes deste mundo têm sua maneira de ver seu habitat com seus olhos espirituais.
A Aurora do Dia Cósmico é um crepúsculo aterrador pois o Logos causal (equivalente a Binah) do primeiro instante lembra aos Deuses e aos Homens suas dívidas Kármicas e inicia-se a peregrinação de mundo em mundo (Des Sephiroth) até que se aprenda a viver governado pela Lei do Amor.
Do AIN SOPH emana toda a criação, macrocosmos e microcosmos, mas diretamente do AIN SOPH a este último e, pelas vias de AIN SOPH AUR, daquele. A criação não é igual, nem em essência, nem em potência ao seu emanador AIN SOPH. A primeira emanação do AIN SOPH é o inefável Ancião dos Dias, que é o Ser do nosso ser, os nossos Pai e Mãe. Assim, do AIN SOPH emana os dez Sephiroth.
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A CABALA DE HAKASH BA HAKASH
Filosofia Metafísica Quântica Cabalística – TOMO I
ÀRVORE DA VIDA – OTZ CHIIM
ELEMENTOS, PLANETAS, SIGNO, TARO
Autor: Inácio Vacchiano