.6 TIPHERETH


Virtudes1.1    Elementos constitutivos ou relacionados

Sephirah: Tiphereth (Em hebraico: תפארת Tau, Pé, Aleph, Resh, Tau – esplendor, magnificência, glória beleza).
Coro, nome cristão: 6 – Virtudes
Nome divino (Atziluth): Tetragrammaton Aloah Va Daath יהוה אלוה ודעת O Onipotente.
Arcanjo (Briah): Michael ou Mukael מיכאל.
Coro Angélico (Yetzirah): Malachim מלכים, Reis.
Material/Planeta (Assiah) ou Chakra Cósmico: Shemesh שמש, o Sol.
Inteligência Geomântica:  Michael ou Mukael מיכאל.
Regente do planeta:  Michael ou Mukael מיכאל.
Títulos conferidos: Zauir Anpin, o Rosto Menor; Melekh, o Rei; Adão; O Filho; O Homem.
Imagem Mágica: Um rei majestoso. Uma criança. Um deus sacrificado.
Símbolos/Armas mágicas: O Lamen. A Rosa-cruz. A cruz do Calvário. A pirâmide truncada. O cubo.
Forma geométrica: Hexagrama
Localização na Árvore: No centro do Pilar do Equilíbrio.
Relação/elementos: Ar da Água
Mundo do coro: 2 – Briah, Mundo das Criações, Astral, mundo dos desejos, elem. Água
Correspondência no Microcosmo: O peito. Plexo solar.
Correspondência no Macrocosmo: Os lugares arejados, o ar sereno, os palácios dos reis e as cortes dos príncipes, púlpitos, os teatros, os tronos, e tudo o que é real e magnífico.
Signo: Peixes – terceiro signo da Água.
Elemento zodiacal: Água
Texto yetzirático: O 6º Caminho é chamado de Inteligência Mediadora, pois nele se multiplicam os influxos das emanações, fluindo essas influências para todos os reservatórios das bênçãos com que se unem.
Experiência Espiritual: Visão da harmonia das coisas. Mistérios da crucificação.
Atributo: Harmonia, equilíbrio, soberania, esplendor
Virtude: Devoção à Grande Obra.
Vício: Orgulho.
Aspecto: n/t
Animais: Animais: Leão, crocodilo, lobo malhado, carneiro, o javali, touro, rei do rebanho. Pássaros: Fênix, águia, abutre, cisne, galo, corvo, gavião, pirilampos, besouro. Peixes: Foca, molusco, água viva, estrela-do-mar, ostra, estrombos.
Plantas: Calêndula, margarida, girassol, loureiro, verbena, cedro, palmeira, hortelã, videira, açafrão, mel amarelo, cravo, canela.
Pedras: Diamante laranja, topázio, citrino, pedra do sol, olho-de-tigre, heliotrópio, carbúnculo, crisólita. Metais: O ouro, em razão de seu esplendor.
Drogas: n/c
Cartas do Tarô: Os quatro seis: Seis de Paus: vitória equilibrada; Seis de Copas: alegria, perdão dos erros; Seis de Espadas: sucesso merecido; Seis de Ouros: sucesso material.
Cor em Atziluth: Rosa-claro.
Cor em Briah: Amarelo.
Cor em Yetzirah: Rosa-salmão intenso.
Cor em Assiah: Âmbar-dourado.
Velas:  3 amarelas
Incenso: [mirra, almíscar, estoraque, âmbar, e também aloe vera, cravo, louro, olíbano]

1.2    Disposições gerais

No segundo triângulo da Árvore da Vida, o Triângulo Ético, o Cristo Cósmico tem como centro de gravidade a Tiphereth. Para que o Segundo Logos, Vishnú, Hochmah, o Cristo Cósmico possa salvar um homem, tem de converter-se no Jesus Cristo Íntimo Particular (Tiphereth).

Kether-Pai; Chokmah-Filho e Binah-Espírito Santo, que compõe a coroa Sephirótica, são três pessoas distintas de um Deus verdadeiro, ou seja, no fundo são apenas um, individual, que é o Pai. Dentro do Pai está o Filho e o Espírito Santo assim como dentro de um Homem verdadeiro está o corpo (Malkuth), a alma (Tiphereth) e o Espírito (Kether) que formam um só, íntegro, unitotal. No antigo Egito esse único unitotal se denominava Osíris (Adão solar) que se desdobra em Isis, ou seja, a Eva solar (Uránia-Vénus, sua esposa) que sempre sai da costela de Adão seja em baixo ou em cima. Do um sempre sai o dois, ou seja, do Pai (Osiris) que está em segredo sai a sua esposa a Divina Mãe Kundalini (Isis) e da perfeita união entre ambos, Osíris-Ísis, nasce o menino Horus, (Aurus). Então Ela concebe, por obra e graça do Espírito Santo seu Esposo, o Terceiro Logos, o Cristo (Segundo Logos) em seu ventre virginal e imaculado. Este mistério se resolve levando-se em conta que ainda que Ela seja a esposa do Terceiro Logos, dentro do Terceiro Logos está o Segundo Logos e também o Primeiro Logos, porque no fim de tudo, o Logos é triuno, indivisível, unitotal, integro.

Da cópula santa e divina, concebe Ísis (Divina Mãe Kundalini Particular, RAM-IO.), que é Virgem antes do parto, no parto e depois do parto, pela Sagrada Concepção. Então advém Horus (Jesus-Jeshua, o Cristo) que descende do Segundo Logos e agora humanizado com o título de Filho do Homem (homem e mulher divinos).

Acerca do Cristo particular e Universal o V.M. SAW nos dá a seguinte explicação:

O Cristo Cósmico ou Cristo Íntimo Universal (Hochmah) é impessoal, universal e está para além da individualidade, da personalidade e do Eu; é uma força cósmica que se expressa através de qualquer homem que esteja devidamente preparado, como o fez por meio de Jesus, Hermes Trismegisto, Buda Gautama Sakiamuni, Quetzalcóatl, Krishna, etc, descende das esferas superiores, da Coroa Sephirótica, pelas vias do ventre de uma virgem conhecida como Ísis, Maria, Tonantzín, Insoberta, Maia, Cibeles, etc.

De outro lado há o Cristo histórico narrado na bíblia e o Cristo Íntimo particular (Tiphereth), a figura de Jesus humanizado que se trata da formação dos Corpos existenciais superiores que ocorre quando o Fogo Sagrado chegou à parte superior do cérebro, na quinta iniciação dos Mistérios Maiores e refere-se ao Homem Terreno (não confundir como o homem comum e corrente), i.é, que criou os corpos físico, etérico, mental, astral e causal ou da vontade consciente. Mas também há o Homem Celestial que se refere ao Filho do Homem, o Salvador, o Segundo Logos humanizado (Hochmah) que vem quando tem de cumprir alguma missão específica sobre a Terra, trata-se do filho da Divina Mãe – residente na Coroa Sephirótica.

Tiphereth é o Manas Superior da Teosofia Oriental, a Alma Humana (a Alma Divina é Geburah), o Corpo Causal. É essa Alma que sofre e que nos dá essa parte muito humana. Mas é necessário distinguir o Corpo Causal de Tiphereth, eis que, o Corpo Causal é o veículo de Tiphereth, por onde ocorre a sua manifestação.

O casamento da Alma Divina com a Alma Humana refere-se a união de Geburah com Tiphereth. Os textos esotéricos do Indostão que se referem a Trimurti Atman-Budhi-Manas tratam de Hesed-Geburah-Tiphereth respectivamente, ou seja, o Íntimo com suas duas almas: a Alma Espiritual (feminina) com a Alma Humana (masculina). Budhi (Geburah) e Manas (Tiphereth) são as Almas Gémeas dentro de nós próprios (ainda que não se as tenha encarnado), são as duas adoradas filhas de Atman (Hesed). Resta saber que temos encarnado dentro de si próprio uma fração da Alma Humana (Tiphereth) que é denominado Essência e que infelizmente está aprisionado, enfrascado, submergido no ego, no mim próprio, no si próprio, nos defeitos psicológicos. A Essência é a matéria prima necessária para se fabricar a Alma, precisa passar pela Nona Esfera, pelo Tantrismo Sexual, para que sofra transformações até converter-se na Pérola Seminal (semente) e posteriormente no Embrião Áureo (embrião) que se desenvolve para a Flor Aurea (formação) estabelecendo o Centro Permanente de Consciência.

Na região de Tiphereth está o “Pano de Verónica” o qual significa “Vontade Cristo. E é o Mundo da Vontade manifesta. Nesse Mundo somente se faz a Vontade do Pai tanto nos céus como na terra, afinal cumpre ao Filho fazer a Vontade do Pai, refere-se a Vontade Consciente, sendo assim, é preciso criar o Corpo da Vontade Consciente, o Corpo Causal que uma vez fabricado nos convertemos em um Duas-Vezes-Nascido.

Refere-se a 5º iniciação dos Mistérios Maiores onde nos deparamos com o Mundo da Música, o Templo da Música das Esferas. Afirma-se que um dos guardiões deste mundo é Beethoven. Estes sons baseiam-se nos compassos do Mahavan e do Chotavan (os ritmos do fogo que sustentam o universo) que mantêm o Universo no ritmo e na sua marcha perfeita sem que haja qualquer tipo de erro.

1.3    Introdução Sephiróthica

Arvore da vita sem nadaTiphereth é a sexta estância da Árvore Cabalística, é a segunda Sephirah da coluna Central, a do Equilíbrio, vem depois de Kether. E é o terceiro centro do Mundo de Criações (Briah). Tiphereth é o rosto visível de Kether a sua manifestação material, representada no universo pelo Sol. Trata-se de um centro de harmonia, já que todos os caminhos levam a ele, e dele saem sendeiros a todos os centros de vida. É nesta estância solar que se estabelece a consciência do homem, já que centraliza todas as experiências provenientes da coluna do Rigor (esquerda) e da coluna da Graça (direita), infundindo em nós a ideia de um equilíbrio entre a necessidade como Lei e a Graça Divina. Aqui se situa nossa consciência, isto é, a quintessência de tudo o que temos aprendido a longo das nossas existências, mas também é a sede de nossa alma, a substância energética desta consciência. É regido pelo Sol.

Tiphereth é a primeiro Sephirah que se localiza na coluna do meio, do Equilíbrio, depois de Kether. De um lado, é o Rosto visível de Kether, a sua manifestação material, representada no universo pelo Sol. De outro lado, em Tiphereth a Harmonia encontra a sua expressão. Todos os Caminhos levam a Tiphereth e Tiphereth leva a todos os Centros de Vida. Neste Centro nos deparamos com a Consciência do homem, o que centraliza todas as experiências provenientes da coluna do Rigor e da Graça, infundindo-nos com a ideia de um equilíbrio entre a necessidade de Lei (Geburah) e Graça Divina (Hesed).

A nível microcósmico poderemos utilizar as forças centralizadoras de Tiphereth, que expressa a Vontade Crística e que permite combinar harmoniosamente o impulso espiritual proveniente da coluna da direita com a necessidade material que vem da coluna da esquerda, se os demais centros realizam suas funções corretamente ou seja se não nos identificamos perversamente com seus prazeres.

Enquanto a Vontade de Kether é aquela que põe em movimento algo, um desígnio que nos propomos a realizar pela primeira vez, a Vontade em Tiphereth opera sobre as emoções (já que é a exteriorizadora de Briah – Ar-razão da Água-emoções), transmutando-as e permitindo a sua superação, abrindo assim a porta da razão em nosso comportamento diário.

1.4    Discorrendo sobre os elementos

Tiphereth (תפארת: Tau, Pé, Aleph, Resh, Tau.) traduz-se do hebraico como Esplendor, Magnificência, glória beleza, embora os termos Esplendor, Magnificência, soberania, harmonia e equilíbrio lhes sejam mais afins ao passo que Beleza seja mais próprio a Netzah e Glória à Geburah e também a Gedulah (conforme já explanado os termos se repetem) contudo ambos podem ser utilizados aqui como adjetivos de seus atributos. Também se tem utilizado o termo esplendor para Netzah e alguns cabalistas o utilizam em Hod. Aqui utilizaremos a beleza como qualquer que seja a coisa bela, moral ou material e que possua proporções harmoniosas. Aliás harmonia cai muito bem já que esta Sephirah faz a relação entre as Sephiroth superioras e inferiores, é o ponto central do equilíbrio de toda a Árvore ao passo que uma das experiências espirituais atribuídas a esta Sephiroth é a visão harmônica das coisas. Mas temos ainda o esplendor que é reputado a este Centro de Vida pelo seu brilho espiritual e material já que a visão interna nos mostra sempre uma Luz cegante e a externa o nosso Sol.

A ela se atribui a Esfera do Sol que é o psiquismo superior, a verdadeira visão iluminada, e associa-se com o grau superior da iniciação da personalidade (Carro de Mercabah – os Corpos Solares).

Para entendermos uma Sephirah devemos sempre considerá-las em relação às suas vizinhas, conforme sua localização na árvore, assim em Tiphereth, encontramos o Salvador, sacrificado na Cruz para a salvação de seu povo. Aquele que coloca Geburah em equilíbrio com Gedulah (ou Hesed). No equilíbrio de Tiphereth vislumbramos as misericórdias de Gedulah e as severidades de Geburah se unindo para a cura das nações. Netzah está relacionada às forças da natureza, com os contatos elementais; Hod é intimo da magia cerimonial e dos conhecimentos ocultos de Hermes (hermetismo) e Yesod está ligado a imissão das imagens de baixo para cima e de cima para baixo bem como com o psiquismo lunar e o duplo etéreo. Quando Tiphereth é assistida por Geburah e Gedulah oferece o psiquismo superior da individualidade. Mas todas referem-se aos aspectos subjetivos, ligados aos fatores psicológicos e da consciência humana e também aos aspectos objetivos que trata dos planos do Universo.

Acima de Tiphereth encontra-se a alma espiritual (Atma-Hesed, Bodhi-Geburah e Manas-Tiphereth) ou individualidade evolutiva; abaixo de Tiphereth (Netzah, Hod, Yesod e Malkuth) vislumbramos a personalidade inferior. O ego não ultrapassa a individualidade pois não tem acesso ao mundo causal, da 6º dimensão. Abaixo de Tiphereth a individualidade tem dificuldade de se manifestar em razão do ego drenar suas fontes (energia) e, em Kether, nos deparamos com a centelha divina ou o primeiro núcleo de manifestação do imanifestado. Daqui já podemos perceber de raspão que o pilar central (Kether, Tiphereth e Yesod) relaciona-se com a consciência e as laterais com os modos de operação das forças em níveis distintos.

A verdadeira vidência é característica de Tiphereth e é alcançada quando se transcende a consciência psíquica de Yesod. Ocorre que atualmente utilizamos a consciência cerebral pertencente a Malkuth que, diga de passagem, também tem as portas fechadas para muitos. Uns poucos, porém, podem enxergar alguns estalidos fantasmagóricos do plano astral que vem por Yesod, o projetor das imagens das Sephiroth superiores. Então para se chegar ao psiquismo superior temos que nos livrar de Malkuth e inicialmente contemplarmos Tiphereth sob os ombros de Yesod e, assim, ouviremos vozes e teremos visões mas saberemos que são representações simbólicas do subconsciente e por isto não devem ser tomadas literalmente sob pena de insanidade, eis que a consciência superior nunca é psíquica, mas intuitiva, e é desta maneira que tudo deve ser interpretado apartado das imagens sensoriais, instintivas cuja ausência é um indicativo que se está em um nível de consciência superiorSer Maior Personalidade. É neste ponto que temos o ponto de contato, por onde se manifesta o Santo Anjo da Guarda (as três supremas mais Hesed e Geburah que constituem nosso Ser Maior). Tiphereth é a ponte entre nosso Ser Maior e nossa personalidade (Netzah, Hod, Yesod e Malkuth) por onde se manifesta o ego. A experiência espiritual de Malkuth é a Visão do Anjo da Guarda Sagrado, e se estamos tratando de Tiphereth como o ponto de contato entre a individualidade evolutiva e a personalidade, pode ocorrer de se pensar estar ouvindo a voz de entidades desencarnadas ou do próprio Deus quando o que se houve na realidade é este Ser Maior, o Anjo Guardião.

O que se busca com o êxtase espiritual de Tiphereth é um relâmpago de magnésio na consciência que, se fosse prolongado, queimaria o cérebro e o sistema nervoso. Na prática o indivíduo pode acreditar que se chegou a Deus e depois o perdeu, contudo neste momento acessamos um centro da consciência que estava em inatividade e o despertamos para um novo propósito de vida, pois quem atingiu as raias da 6º dimensão não será mais o mesmo.

Nome divino (Atziluth): Tetragrammaton Aloah Va Daath יהוה אלוה ודעת ou Yod-He-Vô-He Aloah Va Daath. Pelo nome percebe-se que existe uma relação com a esfera de Daath que se encontra entre Kether e Tiphereth e tem-se ligado a ela o termo conhecimento e as vezes por entendimento, mas está ligado ao aspecto sexual de Sahaja Maituna que tem seu fundamento em Yesod (sexo) e em razão dos termos expostos tem se traduzido este nome como “Deus manifesto na Esfera do Espírito”.

Tiphereth relaciona-se a consciência que, aliás, na Árvore, está acima da personalidade (Netzah, Hod, Yesod e Malkuth). É, portanto, o oposto a magia e ao psiquismo de Yesod eis que está associado ao misticismo. É nesta esfera que nos deparamos com os Mestres, as Igrejas espirituais e a Grande Loja Branca aos altos modos de consciência e daí vem o nome Aloah Va Daath (conhecimento ou consciência superiores). Lembremos que as Sephiroth da coluna mediana expressam os níveis de consciência ao passo que as laterais os poderes e seus modos de funcionamento.

Um nome, vem a ser para nós, um nome de poder, à medida que compreendemos o seu significado e, estes nomes, devidamente compreendidos exercem influências sobre o Mago exaltando lhe e dirigindo-lhe a consciência para que assim entre em contato com a força espiritual desejada, por isto é importante compreender o significado dos nome sagrados. À medida que entremos em contato com estes nomes, imagens, etc. estas lembranças agitarão a supraconsciência e nos transportaremos ao arquétipo desejado. Seremos iniciados do plano em que já temos penetrado. Mas o nome de poder não se refere somente a sua vibração, há também que o adentrar emocionalmente, devotamente. Então para começar cumpre vocaliza-lo com a emoção de seu significado imaginando que suas vibrações percorrerão o infinito.

Arcanjo (Briah): Alguns cabalistas atribuem este nome ao Arcanjo Rafael e outros a Michael (Miguel ou Mikael).

Afirma-se que Rafael e Miguel estão ambos conectados ao sol em um momento ou outro. Que Rafael representa as forças básicas do sol, uma vez que, segundo dizem, está localizado dentro do “Sol”. Que Miguel representa as forças solares no aspecto do poder espiritual de “Herói Solar” – que pode ser um deus, um semideus ou um ser humano e, ao se representar o fogo infernal, tem a missão de guardar as abordagens da consciência desse fogo infernal. Neste diapasão estes dois anjos são trocados também na Sephirah Hod e alguns autores colocam Miguel como regente sobre os Beni Elohim sagrados.

anjo miguelMichael (מיכאל) é referido também como o príncipe do esplendor (Tiphereth). Literalmente, “Quem é como Deus?” ou “aquele que é similar a Deus” (mi-“quem”, ka-“como”, El-“deus”) – uma relação mais próxima como seu filho? Ele pisoteia os “anjos rebeldes” ou serpente a atravessando-a com uma espada, e tendo em mãos um par de balanças, símbolo do equilíbrio que representa Tiphereth. O fato de os rebeldes estarem sob seus pés indica que o ego não pode chegar ao mundo causal, região da Sephirah em questão, habitat da essência. No Livro de Daniel é mencionado como um “grande príncipe que defende as crianças do seu povo” – horas, as crianças são as essências.

Na Epístola de Judas, Miguel é citado especificamente como “arcanjo”. Os santuários cristãos em honra a Miguel começaram a aparecer no século IV, quando ele era percebido como um anjo de cura (os seres de Tiphereth são curadores), e, com o tempo, como protetor e líder do exército de Deus contra as forças do mal.

Aqui, na obra, temos adotado Michael para Tiphereth e Raphael para Hod, Michael promove a cura pela Luz e Raphael pela medicina de Hermes.

Coro Angélico (Yetzirah): O coro angélico de Tiphereth são os Malachim ou, traduzindo-se do hebraico, Reis. São princípios espirituais das forças naturais de difícil controle salvo para quem seja iniciado em Tiphereth. É preciso compreender e dominar estas forças em nosso interior para que os Reis Elementais ligados aos Malachin nos aceite, pois aqui vale o princípio de Hermes em seu aspecto inferior: “como é embaixo o é em cima”. Assim percebemos que o controle das forças elementais está relacionado a Tiphereth e não é por acaso que o Gênio 45 6->6 SEALIAH controla, influi, equilibra os elementos da natureza: Fogo-Água-Ar-Terra. Agitamos e estimulamos essas emoções em nossas naturezas para utiliza-las em um propósito. Estas forças se manifestam em nós pelas vias dos instintos de combate, exaltação, reprodução, fúria, etc. ligado a cada um dos elementos eis que elas, quando libertas, devem estar a serviço de nosso Real Ser e não do ego animal, então ao operarmos com estas energias o realizamos por intermédio dos Reis sob o governo do Arcanjo próprio da esfera. É necessário que sejam mantidas na esfera de Tiphereth para que se mantenham no âmbito da Magia Branca, deve haver uma correlação entre o natural (quatro esferas inferiores) e o espiritual (Tiphereth). Pode causar espanto que certas energias, não dissociadas das Qliphoth, sejam utilizados por entidades superiores, mas o que interessa aqui é sua finalidade na utilização para se evitar um mal maior. Uma determinada força pode servir tanto para o bem quanto para o mal dependendo de como se faz seu uso.

Material/Planeta (Assiah) ou Chakra Cósmico: O termo Shemesh שמש ou Esfera do Sol representa o aspecto físico desta força. Em Tiphereth o nosso Sol central é o representante da naturalização dos processos espirituais e, se formos observar as divindades curadoras, perceberemos que estão associados aos deuses solares. Então o Sol age como um curador quando a vida vai mal, eis que sua falta produz a enfermidade já que esta refere-se à carência de energia – o Sol e a vida estão intimamente associados.

O Sol é o centro de vida de toda a existência que tem início no próprio sistema solar. Exerce função prioritária nos metabolismos e processos vitais sejam dos animais, vegetais, pelas vitaminas, fotossínteses, etc. Recebemos a energia Solar diretamente por meio da Luz, mas também indiretamente por meio da clorofila nas plantas verdes. Há uma correspondência entre Tiphereth e o chamado plexo solar que possibilita recolher aspectos sutis da energia solar do mesmo modo como a planta o faz com a clorofila.

No mundo de Assiah está também representado pelo ouro, material incorruptível, que controla a vida política e econômica das nações, representa a vida exteriorizada, o dinheiro como vida, energia e, assim, podemos dizer que o dinheiro é a prova da capacidade de energia do indivíduo. Os movimentos monetários do ouro atuam na política das nações como os hormônios o fazem no corpo humano.

A nível de Atziluth o Sol como Dador de Vida e a fonte de todo ser é um símbolo de Deus Pai, chamado de o Sol por traz do Sol, ao passo que Tiphereth é o seu reflexo imediato pela coluna do meio.

O Sol contém a experiência de nosso passado ancestral e nele vão parar as mensagens emitidas pelos diversos planetas para que possam ser executados. É o rosto visível de Kether na fase que He. Constitui-se, assim, na vontade interiorizada. Os poderes do pai que são exercidos pelo Sol cósmico em nossas vidas micro-orgânicas. No Sol de nosso horóscopo residem os poderes de nosso Real Ser.

Em um horóscopo, os aspectos que os planetas vão formando só chegam a um resultado prático quando o Sol formar com eles um aspecto em analogia (bom ou mau), com ou quais planetas tenham formados entre si. É o Sol que move a nossa máquina humana: os impulsos provenientes de Júpiter, Marte ou de qualquer outro planeta não são decisórios: é o Sol que os recebe e executa. E a mensagem transmitida pelos planetas só serão executadas pelo Sol à medida que seja idônea a consciência que este Sol representa. Quando ocorre em um tema de aspecto violento entre dois planetas, constituindo uma autêntica chamada ao crime, a mensagem só será executada pelo indivíduo se este possuir uma consciência predisposta ao crime. Muitas vezes, ao falar dos efeitos do hipnotismo, diz-se que a um hipnotizado pode levar a realizar qualquer ato, salvo aqueles que a consciência reprove. Da mesma forma, um trígono de Mercúrio com Netuno, que dá uma elevada inspiração, só terá efeitos se o indivíduo já possuir um talento de escritor ou de artista. Esta regra indica que o mesmo aspecto planetário poderá dar um resultado diferente em dois temas, segundo o nível de consciência da pessoa.

O Sol condiciona as pulsações planetárias em sua forma peculiar de ser, isto é, com a consciência alcançada pela personalidade em sua batalha humana, em sua existência, e ao mesmo tempo, é evidente que esses efeitos repetidos uma e outra vez ao longo da vida acabam por modificar a personalidade solar primogênita, de modo que ao final da existência nos tornamos um ser distinto do que éramos ao tomarmos o corpo físico.

Como força executora, o Sol não é apenas o que institui os impulsos provenientes dos planetas, mas também, e acima de tudo, o que outorga os poderes para realizar a sua política. Nesse sentido, pode-se dizer que os planetas são os ministros do Sol, os plenipotenciários que, em um determinado momento, implementam os mandatos de sua vontade. No horóscopo, a posição do Sol vai nos indicar o ciclo que estamos trabalhando, no Fogo, na Água, no Ar ou na Terra. Os aspectos que os planetas formam com o sol indicam se há conecção ou não entre o centro da vontade executora e os seus ministros. Se a coordenação é medíocre, as pulsações dos planetas não chegarão com nitidez para a sede central e nem as ordens desta chegarão àqueles.

O Sol administra o material procedente de Leão de uma maneira positiva, incorporando ativamente no indivíduo a fidelidade ao princípio espiritual que se desprende de Leão, interiorizando o amor Crístico no coração da pessoa.

A Lua representa sua polaridade negativa, de modo que no terreno sexual, o Sol representa o masculino e a Lua o feminino. Isto significa que o Sol se manifestará muito distintamente no homem e na mulher. Para o homem, construirá sua personalidade profunda aparente, enquanto a Lua será sua personalidade profunda não aparente, a qual se manifestará em positivo através da mulher ou das mulheres que escolher como companheiras de vida. Para a mulher as coisas acontecerão ao contrário e o Sol se manifestará positivamente através de seu companheiro de vida.

Como não podemos ser homens e mulheres ao mesmo tempo, somos de um e de outro sexo em sucessivas existências, desenvolvendo em cada uma delas uma das polaridades, a positiva-solar ou a negativa-lunar. Ocorre assim que uma dessas polaridades pode estar muito desenvolvida e a outra não. Como o companheiro(a) que escolhemos representa a outra polaridade de nós mesmos, se esta polaridade, a inconsciente, está menos desenvolvida que a outra, escolheremos um companheiro subdesenvolvido vis a vis de nós mesmos, um companheiro brutal, tirânico, inculto, etc. De outro lado, pode acontecer que, a tendência mais desenvolvida seja a outra, a que não personificamos na presente existência e, então seremos nós os primitivos e nosso cônjuge o evoluído que terá que nos suportar.

Esta brecha entre a personalidade representada pelo Sol e pela Lua é devido a uma identificação excessiva em relação a um sexo. Se formos homens e amamos esta condição sexual acima de tudo, a outra existência será um corpo de homem, e em outra, e outra talvez, até que uma lei de necessidade nos conduza, a força, a ocupar um corpo de sexo feminino.

Ao se desenvolver um dos aspectos em detrimento do outro, far-se-á com que o aspecto desenvolvido se encarne em nosso companheiro de vida, de modo que o que tem sido repetidamente varão, encontrará uma esposa cada vez mais selvagem, até que, ele se torne o “selvagem” e, ninguém explicará como se encontrou nesta situação. A não adaptação a um sexo produz os mesmos resultados. Por isso, para conhecer autenticamente uma pessoa, é preciso conhecer também o seu cônjuge, pois este expressará, com a forma de ser, a parte negativa de sua personalidade, que não se vê e é ignorada. Então, veremos se há equilíbrio entre sua maneira positiva e negativa de ser, ou se existe um abismo entre ambos. Nesse caso, as qualidades que se manifestam não serão firmes, já que não estarão respaldadas pela parte obscura e inconsciente de sua personalidade.

Os maus aspectos planetários sobre o Sol, ou reduzem os poderes da vontade, ou então impõem-lhe uma atuação arbitrária. Mas sempre serão melhores os maus do que não os ter, já que neste caso, a vontade não chega a manifestar-se e a vida torna-se insípida e pobre em experiências.

Palavras chaves:

(+) Vontade interiorizada, consciência, fidelidade, amor crístico, polarização.

(-) Vontade fraca, situação arbitrária.

Quadrado mágico, sigilos do planeta, inteligência e espíritosol sigilo inteligência espirito

Experiência pessoal com OCH

Och é uma entidade que entre outras coisas nos auxilia a adquirir conhecimento, no dia 18/01/2015 fomos de barco a uma ilha, de marés, chamada areia vermelha e, durante o percurso, pareamos com um barco em que que ia uma romaria de N. Sra. Dos Navegantes. Pedi a OCH que me instruísse sobre a natureza da egrégora. Imediatamente o Padre nos cumprimentou. Entrei no espírito da egrégora e pude constatar que se tratava de uma entidade confortadora do raio Crístico. Vi que as pessoas chegavam em prantos e seus corações descarregavam com posterior alivio e leveza.

Títulos conferidos: Zauir Anpin, o Rosto Menor; Melekh, o Rei; Adão; O Filho; O Homem.

Tratando-se da coluna do meio, as referências ao Pai concernem-se a Kether que rege as operações elementais pelo nome sagrado יהוה – “Yod-He-Vô-He”; as referências ao Filho competem sempre a Tiphereth que rege o aspecto ético e regenerativo da religião, o aspecto exotérico de sua época e, as referências aos mistérios mais profundos e secretos ligados Espírito Santo (sexo) referem-se a Yesod.

caminho da flechaO objetivo é elevar a consciência pelo chamado Caminho da Flecha pelo Pilar Central, também chamado caminho da consciência, elevando-se de Yesod a Tiphereth já que este centro tem características inebriantes, doador de iluminação, ou seja, a introdução da mente em um modo de consciência mais elevado do que aquele acostumado pela experiência sensorial. Esta iluminação, após consubstanciada, precisa descer aos processos cognitivos para que sua Luz não cegue com seu brilho. Então o que vem aos processos cognitivos são os reflexos da Luz já que a mente, por exemplo, não tem como acessar esta dimensão, de modo que a Luz lança seus reflexos sobre certas ideias que se não existirem não seria mais do que uma experiencia cegante, ou seja: “para se fazer ouro, necessita-se ter um pouco de ouro”. De qualquer modo por mais breve que seja o relâmpago da iluminação já será o suficiente para convencer-nos da realidade das existências suprafísica embora seja insuficiente para ensinar-nos algo a respeito de sua natureza.

Simbolicamente e literalmente a encarnação da Criança, do Filho ocorre aqui, i.é, a experiência mística engendra pouco a pouco, muito humildemente, um conjunto de ideias e imagens que se se destacam, tornando-se resplandecentes e visíveis durante a iluminação e como o Cristo, nasce na manjedoura, pobre, não é admitida entre os humanos as primeiras imagens e experiências. É por Tiphereth que se efetua a tradução das experiências místicas da consciência, quando então se iluminam os símbolos. Cumpre dirigirmos o nascedouro inicialmente pela união do psiquismo com o espiritual; por meio do intelecto e seu posterior abandono, i.e., 1) concentração nas chaves, 2) meditação com a ajuda dos sentimentos e pôr fim 3) a iluminação por meio da Vontade.

adan cadmoImagem Mágica: A esta Sephiroth unicamente são atribuídas diversas imagens mágicas: Um rei majestoso, Uma criança e Um deus sacrificado. A princípio parece que estas figuras não tem relação entre si, contudo, analisadas sob o prisma da história do Kabir Jesua Ben Pandirah suas ligações vem a Luz. Então Tiphereth como Criança é a coagulação de Kether (Tiphereth é seu Filho); o rei de Malkuth e em sua própria esfera é o sacrificado tornando-se, assim, o mediador entre Deus (Kether) e o homem (Malkuth), ou seja, as três imagens relacionam-se a coluna central.

O termo sacrifício refere-se à transformação de uma força, energia em uma forma diferente a que se encontrava já que não existe uma destruição da força, mas somente da forma em razão da lei de conservação da energia. Assim, quando é efetuado um sacrifício transformamos uma forma estática em energia que poderá converter-se em outra forma qualquer ou permanecer solta indefinitivamente até que seja aprisionada novamente como por exemplo: o carvão incandescido que transforma-se em calor; a gasolina, em explosão, e que não seja presa numa câmara se expandirá até a dissolução em outra forma energética; a energia elétrica converte-se em magnética, cinética, calor, luz, etc.

Em Tiphereth é onde os conceitos arquétipos se cristalizam, tomam o seu lugar no mundo causal e ali tomam corpo e, por isto, é Chamado de “Á Criança”, o Cristo manifesto onde se encarna o ideal (filho) de Deus, mas também por onde ocorre a desencarnação sacrifical. Deste modo, todos os deuses sacrificados são referenciados nesta Esfera, aqui é onde se encontra os mistérios da crucificação. Assim, atribui-se Deus Pai à Kether e Deus Filho à Tiphereth. Em Tiphereth é quando Deus se manifesta na forma e habita entre nós por intermédio da consciência humana e, vemos o Pai, por meio do Filho. A função de Tiphereth aqui é estabilizar a forma para que esta esteja equilibrada com vistas a manifestação, por isto atua como um Mediador ou “Redentor” central de forças. Somente quando a forma está perfeitamente equilibrada, em boas condições e que Deus se manifesta, eis que compete ao Filho fazer a Vontade do Pai, ou seja, preparar a forma para sua manifestação, chegar a maturidade e tornar-se o redentor. Então o ideal divino da Tríade Suprema se encarna mantendo o estado virginal (emanação abstrata) também conhecido por Mariah, Grande Mar, Binah a Mãe suprema (em Malkuth está a Mãe Inferior) e mantém as Sephiroth centrais em equilíbrio lembrando que o ego não pode alcançar Tiphereth.

A imagem mágica é um tipo de forma e as forças arquétipas para manifestarem-se encerram-se na forma as quais nos aproximamos delas pelos seus efeitos sobre nossa consciência pelas vias dos sentidos não físicos que atuam tanto em Tiphereth quanto em Yesod (psiquismo) na coluna do meio diferentemente de quando operávamos nas Sephiroth superiores em que se utilizava o raciocínio por dedução partindo dos primeiros princípios, então aqui o processo é o inverso, o da indução por Tiphereth, pelas vias da experiência mística e neste caminho vemos comumente aquelas que terminam em uma Luz cegante. As visões que mantêm claramente a forma definida são determinadas por Yesod e as iluminações que não têm forma, abstratas, estão ligadas a Kether.

Tratando-se da coluna do meio, as experiências de Kether são metafísicas (realidade abstrata – raciocínio por dedução a partir dos primeiros princípios), as de Yesod são psíquicas (uma forma construída pela imaginação, representações diretas das formas astrais) e a de Tiphereth são místicas ou seja uma operação em que a consciência adquire o conhecimento pelas vias emocionais, não utilizando aqui as representações subconscientes simbólicas.

Na meditação os símbolos são utilizados como meios para concentrar a mente e nela introduzir alguns pensamentos que evocarão determinadas ideias e por fim estimulará determinados sentimentos que é por onde correremos pelas vias místicas. Quando nos referimos as quatro primeiras Sephiroth Malkuth (a consciência cerebral) é física e cuida do 1) relaxamento; Yesod é psíquica ligada às 2) imagens, a imaginação; Hod é psíquica a nível 3) mental e Netzah é psíquica a nível de 4) instintos, tudo para adentrar ao mundo da 5) Vontade em Tiphereth.

Símbolos/Armas mágicas: O Lamen. A Rosa-cruz. A cruz do Calvário. A pirâmide truncada. O cubo.

O Lamen refere-se um pingente, insígnia mágica pendurada no pescoço, na altura do coração de modo que paire sobre o peito e tem a função de representar uma determinada força. E, como estamos tratando de Tiphereth, uma operação na esfera de Shemesh requisitará uma imagem do Sol sobre o peito. Seu posicionamento efetua-se sobre o peito é, portanto, uma representação de Tiphereth já que esta Sephirah está associada com esta região no microcosmo. Em qualquer operação que se realize o objeto peitoral indicará a força que está sendo trabalhada. Então o Lamen é uma representação da força espiritual em operação e difere da Arma Mágica que é o veículo por onde fluirão as energias. Assim, em uma operação com o elemento Água podemos ter no peito o Lamen com as insígnias e nomes de poder, Arcanjos deste reino e, utilizar a Taça (representante do elemento tratado) como arma mágica e, com ela, realizar todos os seus gestos, concentrando as forças atraídas para a invocação.

Experiência pessoal com objetos de poder

Durante o percurso de sua vida, o mago acumula certos objetos de poder, armas mágicas que usará em seus trabalhos.

Certo dia caminhava numa praia deserta com um chapadão e em meio caminho havia um pequeno córrego onde haviam certas pedrinhas muito belas como se fossem de cristais. Apanhei algumas destas pedras.

Mais adiante fui me banhar em uma enseada, em um local um pouco perigoso onde já havia sido encontrado corpos boiando, pois, a maré subia e descia de forma inesperada. Perto de mim havia um jovem que não conseguia voltar para margem e desesperado me pediu socorro. É claro que veio o medo pois sei nadar somente para mim mesmo não estando apto ao salvamento de modo que se aquele jovem me agarrasse morreríamos nos dois. Contudo fui assim mesmo, torcendo para que a maré não subisse mais e, já estando no limite do perigo onde estava, na ponta dos pés, estiquei o braço mais que pude para tentar tirar o jovem daquele lugar. Por um milagre conseguimos escapar os dois. O Jovem ficou muito agradecido e então me retirei daquele poço.

Enquanto me retirava observei que estava com as pedrinhas em minhas mãos e me dei conta que ali havia um testemunho de natureza Crística, que aquelas pedrinhas, que ficaram magnetizadas com aquela energia, serviriam para os trabalhos desta natureza bem como para os casos em que outras pessoas tentam nos colocar para baixo. Estas provas vão sendo colocadas em nosso caminho a medida em que avançamos nos trabalhos internos e quando superamos manifesta-se em nós alguma virtude e poder.Cruz do calvário3

A Cruz do Calvário está ligada ao Cristianismo, é a cruz do sacrifício e sua cor é a preta. Sua haste é três vezes mais comprida do que os braços. Sua meditação produz à iniciação por meio do sofrimento, do auto sacrifício e da auto abnegação já que esta simbologia está relacionada ao Calvário.

Rosa cruz A Rosa-cruz refere-se a cruz do calvário firmada sobre três degraus com um círculo superposto. O Círculo representa a vida eterna bem como a sabedoria e a Rosa-Cruz como um todo indica a iniciação pelo caminho da cruz, os três degraus referem-se aos graus da iluminação. A Rosa Cruz geralmente é confundida com a Rosa Mundi (que tem sido chamada também de Rosa Cruz), uma chave para interpretação das forças naturais composta por uma mandala ao centro com 22 pétalas que representam as vinte e duas letras do alfabeto hebraico mais as Dez Sephiroth (10 pétalas têm atribuições duplas), eis que, correspondem no final aos 32 caminhos da Árvore da Vida. Com a Rosa Mundi[1] é possível confeccionar os selos dos espíritos, elementais seguindo-se o caminho das letras de seu nome.

Por constituir-se em uma figura hexaédrica o cubo também é atribuído a Tiphereth que ao ser desdobrada forma-se uma Cruz. O símbolo de Malkuth são dois cubos indicando o axioma de Hermes: “Assim como é encima o é em baixo”.

A pirâmide representa o Homem auto realizado, firmemente apoiado na terra e unido com os céus. É chamado também de Ipsissimus ou grau de Kether. De outro lado a pirâmide truncada refere-se ao adepto que atravessou o Véu de Paroketh (o véu do templo que se rasgou na morte do Salvador, no ato da crucificação) mas ainda não completou seus graus. Esta pirâmide truncada corresponde ainda as seis Sephiroth centrais que formam o Adão Cadmo (Microprosopos, o Rosto Menor, Zauir Anpin, o Rei, homem arquétipo) e que na Árvore é complementada pela adição das Três Supremas, que se resumem numa só, a unidade de Kether.

Forma geométrica: A forma geométrica relacionada a Tiphereth é o Hexágono, assim, os altares, pentáculos, construções ligadas a esta Sephirah poderão conter esta figura.

Ser Maior PersonalidadeLocalização na Árvore: Está localizada no centro do Pilar do adan cadmoEquilíbrio e apresenta três características que convém serem observadas. A primeira é que se localiza no centro de equilíbrio de toda a Árvore, ou seja, no seu centro temos a imagem de uma criança. Em segundo lugar, por estar nesta posição, representa Kether em um arco inferior e Yesod em um arco superior e, deste pondo de vista, temos a imagem de um rei (rei de Malkuth). Por fim em terceiro lugar temos o ponto de transmutação entre os planos da força (Homem Celestial, do Adão Cadmo, Zauir Anpin) e os planos da forma (Malkuth) cuja imagem é a de um deus sacrificado.

Mirando sob o ponto de vista de Kether (o Macrocosmo) percebemos que Tiphereth é o Sub Arvores miniponto de equilíbrio entre Hesed e Geburah; sob o ponto de vista do Microcosmos (Malkuth) percebemos que Hod e Netzah também encontram sua síntese em Tiphereth. Percebemos pela psicologia transcendental que as consciências de Kether e Yesod estão igualmente concentradas em Tiphereth.

Já vimos em Hesed que as seis Sephiroth, de que Tiphereth é o centro, são às vezes chamadas de Microprosopos, o Rosto Menor, Adão Cadmo, Zauir Anpin, o Rei, o homem arquetípico. Tiphereth é compreendida como o centro equilibrador das seis esferas a qual faz parte, e deste centro, e daí governa as demais como um rei. São essas seis que, para todos os propósitos práticos (secundários), constituem o reino arquetípico que repousa atrás do reino da forma em Malkuth, o último estágio da materialização, e nos permite dominar a matéria.

De outro lado temos o Hexagrama que representa a operação com os Sete planetas sob a araritapresidência das Sephiroth e de cada uma das letras do nome de sete letras, ARARITA.  O HEXAGRAMA também é chamado de emblema ou símbolo do Macrocosmo (assim como o pentagrama é chamado de estrela flamejante e símbolo do Microcosmo) de modo que Tiphereth fica ao centro rodeado por Saturno, Júpiter, Marte, Vênus, Mercúrio e Lua, os chakras físicos das ordens superiores. ARARITA אראריתא é um nome divino de sete letras, colocadas nas pontas e ao centro da estrela e formam as iniciais da frase que traduzida do hebraico expressa:

“Uno é seu princípio. Una é a sua individualidade. A sua permutação é Una.”

A colocação das letras e das cores nas esferas segue a orientação do Relâmpago Brilhante que desce de Kether a Malkuth. O ângulo superior representa também a Daath além de Binah-Saturno e o inferior representa a Yesod e, como já foi dito, os demais ângulos referem-se as restantes do Microprosopus. Aqui, na estrela, a dualidade também se faz presente nas figuras de dois triângulos separados: um de Fogo (para cima) e outro de Água (para baixo). Como no caso do pentagrama, cada ângulo côncavo do hexagrama lança um raio que representa a radiação do divino. Por isso, recebe o nome do hexagrama flamejante ou de estrela de seis raios. Diferentemente do pentagrama, o fato de não ficar uma ponta para cima não se constitui em um símbolo negativo em razão de sua essência Crística que é toda positiva. Sua utilidade refere-se à invocação ou evocação das forças divinas pelo ritual do hexagrama[2]. Estas Sephiroth, são consideradas para os propósitos práticos, pois constituem o reino arquetípico (secundário, para fins práticos – pois o primário está na tríade, de onde surte a emanação primordial) que repousa atrás do reino da forma em Malkuth e domina completamente a passividade da matéria.

Correspondência no Microcosmo: Na anatomia do microcosmo o peito é a correspondência atribuída a Tiphereth. É nesta região que se localizam os pulmões e o coração, mas também se lhe atribui o plexo solar com sua rede de nervos.

Os pulmões trabalhando nos lembram a relação entre o microcosmo e o macrocosmo ao determinar a entrada e a saída do movimento periódico da atmosfera sem sessar, de dia e de noite. O coração é a bomba que providencia a circulação do sangue como o Sol que ao dar vida movimenta toda a natureza eis que se não existisse tudo se congelaria e ficaria sem movimento e sem vida é, portanto, o coração de nosso sistema.

Lembremos o texto relativo ao capítulo referente ao Método, que há duas operações que podem ser efetuadas com a Árvore da Vida, a primeira situa as Sephiroth em nossa aura evocando nela o diagrama da Árvore e no presente caso situa Tiphereth no plexo solar (região acima do umbigo, entre o peito e o abdômen), dentro de nós, dessarte concentra-se neste ponto recebendo as influências da Sephirah, o que é um bom método para a meditação e, na segunda, nos transportamos para dentro delas (Sephiroth) e, aqui, em Tiphereth, permanecemos como de pé, dentro do Sol, onde então podemos trabalhar com o poder da Sephirah e receber sua iniciação.

Experiência Espiritual: A este Centro de Vida, unicamente, são atribuídas duas experiências espirituais: a Visão da harmonia das coisas e os Mistérios da crucificação.

Na visão harmoniosa das coisas nos deparamos com o trabalho dos Malachim ou Reis angelicós desde o ponto espiritual da natureza e, percebemos que a manifestação, é só um aspecto mais denso do espírito, que vai descendo do alto até a materialização na mesma relação existente entre Hochmah e Binah, ou seja, do Manto Interno da Glória ao Manto Exterior do Ocultamento que cobre o primeiro. Não é por meio do contato, união energética, com os elementais que nos unimos a natureza, pois neste nível estaríamos incorrendo na degradação e bestialidade, uma involução a uma fase primitiva, uma fluição ao reino das Qliphoth. De outro modo, esta união se faz pela Visão Harmoniosa das Coisas, pela intermediação dos Reis Angélicos, por meio da compreensão dos princípios espirituais que subjazem as coisas materiais. Assim, os contatos com os seres elementais são feitos em nome de seu Rei Governante e, do mesmo modo como os Mestres ascencionados são um iniciador para nós, somos também iniciadores para estes elementais.

Em outro ponto temos o Mistério da Crucificação que se opera tanto a nível de macrocosmos quanto microcosmos. O campo macrocósmico refere-se aos grandes redentores que nos aspectos da Triade Suprema nascem de um Deus (aqui, Hochmah) e de uma Virgem (Binah) que representam a Força e a Forma reunidas e revelam a natureza dual de Tiphereth. O terreno microcósmico refere-se à consciência mística, a compreensão dos mistérios da crucificação e ao poder do sacrifício (transformação da Forma em energia e energia em Forma) a nível de consciência, a alteração dos estados de consciência rumo a um psiquismo superior de modo que possamos transformar a energia estática em cinética. A nível psicológico liberamos a essência enfrascada no ego para transforma-la em alma, em consciência.

Virtude: Refere-se à Devoção à Grande Obra. A devoção se opera em razão de algo que é superior a nós mesmos e pode ser um sentimento, um idealismo, etc., mas quando entra em jogo um conteúdo emocional então vem a adoração e aí navegamos entre o tangível e o intangível adquirindo conhecimentos que estão além dos sentidos.

Vício: O vício atribuído a esta Sephirah é o orgulho que tem suas raízes no egoísmo de modo que ficamos tão ligados a nós mesmos que não sobra espaço para se unir com o que for exterior. O oposto do egoísmo é o penetrar no exterior por meio da simpatia ilimitada, que caracteriza o amor onde se pretende possuir uma coisa para se unir a ela (ser um com ela) e ser possuído em reciprocidade. O orgulho, por outro lato, pretende estender seus limites para, unilateralmente, possuir tudo o que está a sua volta. A Harmonia de Tiphereth implica em dar e receber sem reservas para participar do sacrifício da crucificação. Eliminando-se a orgulho solar surge a Fé e a humildade.

Animais: Entre os animais, solares estão os magnânimos, corajosos, ambiciosos de vitória e renome, como o leão, rei dos animais, o crocodilo, o lobo malhado, o carneiro, o javali, o touro, rei do rebanho.

Pássaros: Também entre os pássaros, há os que são solares: a fênix (que renasce das cinzas, ressuscita), a águia (rainha dos pássaros), o abutre, o cisne e aqueles que cantam ao nascer do Sol, como se quisessem despertá-lo, além do galo, do corvo e do gavião.

Fora esses, todas as coisas que têm alguma semelhança com as obras do Sol, como os pirilampos (vaga-lumes) que brilham à noite, e o besouro, que é uma criatura que vive sob esterco de vaca, e cujos olhos mudam de acordo com o percurso do Sol.

Peixes: O bezerro do mar (foca), o molusco e o peixe chamado medusa (água viva), os quais brilham à noite, e o peixe chamado astéria (estrela-do-mar), por seu ardor fustigante, e os Estrombos (moluscos com uma concha espiral), que seguem seu rei; além da margarita (Ostra – Meleagrina margaritifera), que também tem um rei e, seca, endurece até virar uma pedra de coloração dourada.

Plantas: Também entre as plantas e árvores, são solares aquelas que se inclinam para o Sol, como a Calêndula, margarida, girassol, e aquelas cujas folhas se dobram quando o Sol está para se pôr, e quando ele nasce abrem as folhas aos poucos. A árvore de lótus também é solar, como se constata pela figura de seus frutos e folhas. Assim como a peônia, a quelidônia, o bálsamo, o gengibre, genciana, díctamo e verbena, que é útil para se profetizar e para expiações, bem como para expulsão de espíritos malignos. O loureiro, o cedro, a palmeira, o freixo, a hera, a vinha, além daquelas que nunca temem os extremos do inverno. Também são solares a hortelã, a almecega, a zedoária, açafrão, bálsamo, âmbar, almíscar, mel amarelo, áloe ligniforme, cravo, canela, cálamo-aromático (ácoro), pimenta, olíbano, manjerona doce e libanotis.

Pedras: São aquelas que se assemelham aos raios do Sol por sua cintilação dourada, como a pedra olho do Sol ou olho-de-tigre, tendo a figura como da pupila do olho, do meio para cima emite um raio brilhante ela conforta o cérebro e fortalece uma vista; também o carbúnculo que brilha à noite; a pedra crisólita tem uma coloração verde-clara que colocada contra o Sol, emite um brilho na forma de uma estrela dourada; a pedra chamada íris ou arco íris que é como o cristal em cor, geralmente encontrada com seis lados, se colocada contra um teto, com uma parte contra os raios do Sol e a outra parte em sombra, coleta os raios do Sol em si e, ao enviá-los por meio de reflexo, faz aparecer um arco-íris na parede em frente, e, também, a pedra heliotrópio, verde como o jaspe ou a esmeralda, cravejada de manchas vermelhas, quando colocada na água, reflete os raios solares com uma viva cor vermelha, torna um homem coerente, renomado, famoso, além de conduzi-lo a uma vida longa. Há ainda o topázio e o citrino entre outras.

Metais: O ouro, em razão de seu esplendor.

1.5    Caminho 6º

Corel caminho 6O 6º Caminho é chamado de Inteligência Mediadora, pois nele se multiplicam os influxos das emanações, fluindo essas influências para todos os reservatórios das bênçãos com que se unem.

O fato de ser uma Inteligência Mediadora, com características unificadoras faz com que Tiphereth seja a única Sephira que contém duas experiências espirituais e diversas imagens mágicas. Ser Maior PersonalidadeDe outro modo é a receptora dos “influxos das emanações” que vem de cima, manifestação exterior das cinco mais sutis, mas também como princípio espiritual, a causa das influências que fluem “para todos os reservatórios das bênçãos” que estão nas quatro abaixo. “Nele se multiplicam os influxos das emanações” que vem de cima, dos princípios arquétipos.

Se a considerarmos pelo lado da forma (olhando a partir adan cadmodas quatro inferiores) ela será a Força que ainda não tomou a Forma, por outro lado se a considerarmos pelo lado Força (olhando a partir das cinco superiores) ela será a Forma em que a energia será enfrascada, pois as formulações amorfas de Kether (Arik Anpin – Rosto Maior – Macroprosopus – Ancião dos Dias) tomam forma em Tiphereth (que quando vista do de baixo, de Yesod-Malkut e, por ocupar o centro, passa a ser o Zauir Anpin – Rosto Menor – Microprosopus – Filho – Adão Cadmo – Homem Arquetípico – Malek), multiplicando assim os influxos.

Os influxos de Tiphereth são formulações de ideias arquetípicas, a estrutura invisível de toda criação manifesta, que se cristalizam a partir das emanações espirituais, das potências superiores, diferentemente do que ocorre no plano astral (Tríade Mágica) onde as imagens são reflexos das formas. Assim, a Sephirah em questão é o mediador entre o microcosmos e o macrocosmo, valendo aqui o preceito de Hermes: “Como é em cima o é em baixo” e então temos o Sol por trás do Sol (Shemesh), trabalhando na manifestação.

Estamos no Caminho de Tiphereth, o coração do mundo que devolve purificados todos os fluidos que a ele chegam, onde todas as emanações confluem e saem de lá multiplicadas. Esta multiplicação pode ser entendida também como uma intensificação das vibrações, um aumento do calor em que se queimam os germes portadores de sombras, do mesmo modo quando o Sol físico sai e dissipa a escuridão, a umidade e tudo vibra mais intensamente. Os homens bem-aventurados, que se sintonizam com esse Sol, veem produzir-se neles essa multiplicação vibratória e se beneficiam dessa constante purificação.

A nível humano, devemos nos tornar esse coração que purifica, que se apresenta todos os dias no céu para queimar as escórias. Todas as escolas herméticas recomendam aos seus discípulos que queimem suas escórias diariamente. Trata-se da morte do ego. Implica neste caminho que se ao acordarmos pela manhã, e o nosso Tiphereth interno não se levantou no horizonte, ou seja acordamos com rancor de véspera, significa que estamos em plenas trevas, que não ocorreu a multiplicação dos fluxos do sendeiro 6º. E se continuar assim pelos próximos dias significará que nossa vida estará mergulhando em uma penumbra cada vez mais densa. É preciso, pois, fazer com que nosso Tiphereth queime cada rancor, ódio, ressentimentos de vésperas utilizando-se para tanto a imaginação e a Vontade. Imaginando o esplendor solar destruindo todas as larvas até a desintegração final, a fim de que a cada dia possamos ser homens novos, com dívidas saldadas, sem números vermelhos a resgatar.

O caminho 6º é regido pela Virtude 45 6->6: SEALIAH.

Palavras chaves: Influxo e refluxo das emanações, mediador entre o microcosmos e o macrocosmo, purificação, multiplicação das emanações, sol que queima as escorias, das larvas.

Mantra relacionado a esta Sephiroth

Hare Krishna, Hare Krishna,

Krishna Krishna, Hare Hare,

Hare Rama, Hare Rama,

Rama Rama, Hare Hare.

1.6    Cartas do Tarô

O Seis de Paus é o Senhor da Vitória equilibrada. O Seis de Copas, o Senhor da Alegria. Mesmo o naipe considerado maléfico de Espadas transforma-se em harmonia nessa Esfera, assim, o Seis de Espadas é conhecido como o Senhor dos Sucessos Merecidos – isto é, o sucesso obtido após a batalha. O Seis de Ouros é o Sucesso Material, ou seja, o poder em equilíbrio.

Os seis em conjunto representam a consciência que tudo harmoniza e equilibra. Separadamente o nome divino, יהוה – “Yod-He-Vô-He”, se dividirá da seguinte forma: o seis de paus é o Yod; o seis de copas o He; o seis de espadas o Vô e o seis de ouros o segundo He. Tiphereth se encontrará particularmente identificado com seis de espadas.

Trata-se aqui do estado em que o homem já se confrontou com as suas primeiras dificuldades do período de criação que emanam dos três. Neste ponto superou as graves dificuldades decorrentes da obra já instalada provenientes dos episódios dos cincos, e agora, tendo superado os estados emotivos, se predispõe a estabelecer em definitivo a sua empresa no mundo material. Estamos diante dos estruturadores da vida material. Aqui o indivíduo se situa no limiar de um mundo de delícias, em que tudo tende a ser fácil. É certo que encontrará ainda algumas dificuldades em seu caminho, mas que poderão ser resolvidas civilizadamente.

Então nos depararemos aqui com dois pontos: 1º) Final das dificuldades. 2º) Facilidade para se obter o que deseja, porque habita uma terra fecunda a qual dependerá apenas do esforço próprio para se obter o sucesso.

1.6.1    Seis de paus

seis de pausRecebe o título de Senhor da Vitória Equilibrada. Refere-se ao elemento Fogo e astrologicamente corresponde a posição do Sol transitando pelo terceiro decanato de Leão onde Tiphereth manifesta seus fluxos mediante as roupagens deste signo regido por Tiphereth-Sol que o influencia e sob as pulsações do regente deste decanato que é o Sol.

Neste ponto, Kether o primeiro ponto de partida na Arvore e no zodíaco, o centro produtor de iniciativas, a essência divina, expressa-se por intermédio de Tiphereth, a Sephirah que transmite mais LUZ que qualquer outra, responsável pela consciência, que tudo harmoniza, e pela manifestação da Vontade de Kether a nível prático. No mais, o resultado desta alquimia se exteriorizará ainda pelo tom prismático de Hesed, o coordenador deste subciclo evolutivo.

O Seis de Paus é o Yod (יהוה “Yod-He-Vô-He”) do quaternário dos seis, deste modo, possui uma relação com Kether o iniciador supremo, o primeiro, que está acima de todas as coisas e refere-se à influência de Tiphereth no plano espiritual (Tiphereth em Yod).

Aqui as forças de Hesed e Tiphereth estão em harmonia eis que Tiphereth como Vô do segundo ciclo é o executor natural de Hesed. Então a força “Vô” impulsa o desenvolvimento exuberante da planta – neste momento em que sai da terra e se desenvolve. Dessarte temos a frutificação de Hesed no paraíso de Tiphereth.

Sabemos que em Hesed tudo se desenvolve indistintamente, sem restrições e que, em um futuro, termina por acarretar a intervenção de Geburah. Contudo, como Tiphereth exerce a função de “Vô”, como Binah, este mesmo mecanismo de restrição elimina a necessidade da atuação de Geburah, o que significa um grande prenúncio de vitória equilibrada e justa, respeitando os adversários. Dessarte, esta força equilibrante atua de forma definitiva sobre a Lei primordial trazendo a paz e a unidade perdida.

De outro ponto temos Kether manifestando-se pelas vias de Tiphereth, ou seja, a vontade do Pai sendo expressa pelo Filho de modo harmônico e equilibrado o que também resulta na vitória da Vontade.

Palavras chaves: 6♣ Senhor da Vitória equilibrada.

(Reta) Riquezas, luxo, abundância, expansão, unificação, respeito do inimigo, grandeza de alma;

(Invertida) Esperança – espera, promessa, previsão.

1.6.2    Seis de copas

seis de copasRecebe o título de Senhor da Alegria. Refere-se ao elemento Água e astrologicamente corresponde a posição do Sol transitando pelo terceiro decanato de Escorpião onde Tiphereth manifesta seus fluxos mediante as roupagens deste signo regido por Geburah-Marte que o influencia e sob as pulsações do regente deste decanato que é o Sol.

Neste ponto o Amor-sabedoria de Hochmah expressa-se por intermédio de Tiphereth, a Sephirah que transmite mais LUZ que qualquer outra, responsável pela consciência, que tudo harmoniza, e pela manifestação da Vontade de Kether a nível prático. No mais, o resultado desta alquimia se exteriorizará ainda pelo tom prismático de Hesed, o coordenador deste subciclo evolutivo.

O Seis de Copas é o He (יהוה “Yod-He-Vô-He”) do quaternário dos seis, deste modo, possui uma relação com Hochmah o supremo representante do amor e refere-se à influência de Tiphereth no plano astral (Tiphereth em He).

Temos então que Tiphereth atua sobre Geburah para implantar ou restaurar a harmonia no plano sentimental, o prazer e os amores perdidos, as privações impostas pelo cinco de copas. Ocorre o encontro de Geburah regente do signo de Escorpião com Hesed no terceiro decanato do mesmo signo e, tal qual sucede na arvore, nesta carta Tiphereth equilibra os dois. Neste sentido são fechadas as feridas, rancores e perdoados os erros passando para o status de: “como se nada houvesse ocorrido”.

Palavras chaves: 6♥ Senhor da Alegria, harmonia, perdão dos erros.

(Reta) Segunda oportunidade, passado que volta, decrepitude, antiguidade;

(Invertida) Porvir, futuro, regeneração, reprodução.

1.6.3    Seis de espadas

seis de espadasRecebe o título de Senhor do Sucesso Merecido. Refere-se ao elemento Ar e astrologicamente corresponde a posição do Sol transitando pelo terceiro decanato de Aquário onde Tiphereth manifesta seus fluxos mediante as roupagens deste signo regido por Binah-Saturno que o influencia e sob as pulsações do regente deste decanato que é o Sol.

Neste ponto as restrições de Binah o construtor do universo, centro instituidor de todas as coisas de onde emanam a Lei e a ordem, expressa-se por intermédio de Tiphereth, a Sephirah que transmite mais LUZ que qualquer outra, responsável pela consciência, que tudo harmoniza, e pela manifestação da Vontade de Kether a nível prático. No mais, o resultado desta alquimia se exteriorizará ainda pelo tom prismático de Hod, o coordenador deste subciclo evolutivo.

O Seis de Espadas é o Vô (יהוה “Yod-He-Vô-He”) do quaternário dos seis, deste modo, possui uma relação com Binah a inteligência ativa e refere-se à influência de Tiphereth no plano mental (Tiphereth em Vô).

Trata-se de um fluxo em que Tiphereth reina e, sem percalços, estabelece suas Leis junto ao indivíduo de acordo com seus merecimentos em virtude de suas atuações passadas e de seu presente programa de vida. A fim de dar este prosseguimento a pessoa se desfaz de tudo o que seja desnecessário, inútil, parasitário e constrói sua vida de acordo com as necessidades cósmicas sejam estas necessidades de amor ou do rigor no intuito de subsistir. Temos aqui a criação do porvir na justa medida e com a conjunção de todas as Sephiroth que se comunicam com Tiphereth de modo que está luz já estará manifesta no pensamento por obra de Binah e se projetará em seu terceiro “Vô” no mundo físico, proporcionando que a então forma mental se converta em objeto. E como há um grande fluxo das ideias de cima para baixo o resultado será o inovador, o descobridor, o inventor, trabalhos de vanguarda em empresas novas.

Caso este fluxo não tenha forças suficientes para vencer seu curso, dará origem ao pedantismo como resultado da potência que não se transformou em ato, frustração, uma falha no caminho, mas que poderá ser corrigido se a energia, embora não tenha forças para prosseguir por si, encontrar em sua rota um facilitador, um outro instaurador do fluxo.

Palavras chaves: 6♠ Senhor do Sucesso Merecido, criador do porvir inovador, nova ordem.

(Reta) Descobertas, revelação, criação, invenção, notoriedade, diploma, vanguarda;

(Invertida) Caminho, porvir, maneira, inovação, investigação.

1.6.4    Seis de Ouros

seis de ourosRecebe o título de Senhor do Sucesso Material. Refere-se ao elemento Terra e astrologicamente corresponde a posição de Sol transitando pelo Terceiro decanato de Touro onde Tiphereth manifesta seus fluxos mediante as roupagens deste signo regido por Netzah-Vênus que o influencia e sob as pulsações do regente deste decanato que é o Sol.

Neste ponto Hesed com o seu poder espiritual realizador das bondades, expressa-se por intermédio de Tiphereth a Sephirah que transmite mais LUZ que qualquer outra, responsável pela consciência, que tudo harmoniza, e pela manifestação da Vontade de Kether a nível prático. No mais, o resultado desta alquimia se exteriorizará ainda pelo tom prismático de Hod, o coordenador deste subciclo evolutivo.

O seis de Ouros é o 2º He (יהוה “Yod-He-Vô-He”) do quaternário dos seis, deste modo, possui uma relação com Hesed o instrumentador do Paraíso e refere-se à influência de Tiphereth no plano físico (Tiphereth no 2º He). Aqui, as energias de Tiphereth estão diretamente associadas a Malkuth, que representa a personalidade física em Assiah.

Por tratar-se do 2º He, os presságios são de realização imediata quanto mais se tenha a influência de Netzah que é o 2º He do segundo ciclo e concomitantemente encabeça o terceiro ciclo como Yod no mundo etérico de Briah, conjuntamente com à expressão de Tiphereth no plano físico.

Então temos aqui que as forças de Tiphereth (harmonizadoras) contatam as de Netzah (mentais), responsável por estruturar um mundo feliz, harmônico onde a mente e a harmonia trabalham em união e abandonam a parte da glória que receberia do seis de espadas para formar a felicidade material. Refere-se, pois, ao indivíduo que se encontra nesta zona de conforto ao qual pretende instalar-se definitivamente. Ocorre que enquanto no seis de paus este indivíduo havia edificado um ambiente social, e no seis de copas construía sua felicidade interior resolvendo suas pendengas do passado, neste ponto, entende ter chegado seu momento de repouso e edifica sua felicidade exterior.

Enquanto o quatro de ouros, que reflete a ligação de Hesed com Netzah, sem passar pelos centros de vida intermediária (Geburah, Tiphereth), que implicou em uma felicidade prematura que corrompeu a alma, no seis de copas Tiphereth realiza o equilíbrio, a harmonia e estabelece uma felicidade que seja aceitável para todos, não causando invejas e repugnâncias e, como estamos tratando de ligação com Netzah-Vênus, as iniciativas ocorrerão pelas vias da arte, da beleza, da cooperação, etc.

Palavras chaves: 6♦ Felicidade material, sucesso material e amor estável.

(Reta) Dinheiro, residências secundarias;

(Invertida) Desejo, paixão, zelos, ilusão.

1.7    Evocação para o dia de quarta-feira – Dia do Sol

Eu vos invoco, vos conjuro e me cofio a vós, Anjos fortes e santos de Deus, pelos nomes de Adonai, Eye , Eye, que é aquele que foi e que há de vir, Eye, Abiaye, e em nome de Saday, Cados, Cados, Cados, que está sentado junto ao Altíssimo, acima dos Cherubins, e pelo grande nome do mesmo Deus, forte e poderoso, que é exaltado acima de todos os céus; Eye, Saraye, que criou o mundo, os céus, a terra, o mar e tudo que neles há, no primeiro dia, e os selou com seu santo nome Phaa e pelo nome dos anjos que governam o quarto céu, a quarta legião, e servem diante do Altíssimo, excelentíssimo e potentíssimo Salamia, anjo grande e honrado, pelo nome de sua estrela que é o Sol, por seu signo, pelo nome de sua estrele que é o Sol, por seu signo, pelo nome do imenso Deus vivente e por todos os nomes acima pronunciados; Eu te conjuro, te invoco, Michael, grandíssimo anjo, que é o chefe e governante principal deste dia do Sol, pelo nome de Adonai, o Deus de Israel, que criou o mundo e tudo que nele existe.

Vos conjuro em nome do santo e misterioso TETRAGRAMMATON a vir até aqui para assistir-me neste trabalho, que venhais em meu auxílio e realizeis todas as minhas vontades. AMEM.

OM, TAT, SAT, TAN, PAM, PAZ, AMEM.

[1] Veja o capítulo mandala da rosa cruz que trata do assunto e o Mapeamento e confecção dos pentáculos no Tomo III da obra.

[2] Veja o capítulo intitulado Ritual do Hexagrama

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A CABALA DE HAKASH BA HAKASH

Filosofia Metafísica Quântica Cabalística – TOMO I

ÀRVORE DA VIDA – OTZ CHIIM

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Autor: Inácio Vacchiano