O triângulo da arte


Há uma leve referencia acerca do triangulo da arte no título sobre a decima Sefirote (Malkuth). Trata-se de uma das armas mágicas que pode auxiliar o operador no contato com os mundos menos densos.

Ocorre que é composto de três lados, portanto regido por Binah é como este Sefirote tem a missão de transformar a energia em forma e, em última instancia, em matéria, deduz-se que pode materializar estas entidades.

Na versão mais comum o triangulo consta de 4 nomes que aparentam ter origem grega:

  1. ANAPHAXETON:

Tem-se dado como significando “Grande Deus de toda hoste celestial”.

A quem diga que a palavra pode ser uma corruptela do Grego bíblico ANAPHEXION,onde ANA = “através” e “PHEXION” = luz, clareza, tornar claro ou ANAPHENETON = “através da manifestação”. ANAPHAINETON poderia ser também a palavra original, dita por um grego a um latino, ocorrendo então troca de fonemas. A palavra poderia significar “acender fogo”. Ao que tudo indica aqui refere-se e comina o Mundo de Atziluth e, o nome sagrado cabalistico neste plano “Eheieh אהיה – AHIH Eu sou o que sou”.

  • PRIMEUMATON:

Refere-se ao ”Primeiro e Ultimo”. Corruptela de duas possíveis palavras, Primoimaiton ou Prinoimaiton. De raízes gregas,com “Oimaton” significando “Pensar” e “Primus” de raiz latina “primeiro”. O que leva ao real significado da palavra “Pelo primeiro pensamento” ou “antes de pensar”. Cumpre lembrar ainda que o pensamento se refere ao Mundo de Yetzirah, portanto esta energia estaria acima deste nível, ou seja, o Mundo de Briah e corresponde a segunda divindade do Mundo de Atziluth cujo nome sagrado cabalístico é “(Jehovah – o Yod) – Yah, יה O Infinito”

  • TETRAGAMMATON:

“τετραγράμματον”. Esta já nos é mais conhecida. “O inefável nome de Jehovah יהוה – “Yod-He-Vô-He””. Em grego Jehovah יהוה – “Yod-He-Vô-He” era grafado como Tetragammaton. Ao que tudo indica aqui refere-se ao Mundo de Yetzirah e corresponde a terceira divindade do Mundo de Atziluth cujo nome sagrado cabalístico é “Jehovah Elohim יהוה אלהים O Eterno”.

  • MICHAEL:

Ao redor do círculo. É o anjo do fogo, também conhecido como Rei do Sol e do Raio, e também relacionado a Virtude de Tiphereth-Sol que destrói o ego na batalha pela consciência. A invocação, pelo seu nome, supostamente controla ações violentas dos espíritos fora do triângulo.

Este instrumente tem sido muito utilizado na Goétia para aprisionar energias inferiores. Cumpre esclarecer que estas egrégoras foram criadas em tempos de evolução muito anteriores a nossa, em períodos muito mais bárbaros ainda que o nosso, de modo que tudo pode sair de controle e, corriqueiramente ocorre o repique em razão da Lei de Ação e Reação, posto que, enquanto no mundo cabalístico da árvore positiva tudo se dá de acordo com as Leis universais, neste plano inferior estas Leis não são necessariamente observadas e, disto resulta a preferência de muitos magistas, mas que fatalmente se depararão com seu retorno, pois a Lei Natural, resultante de Binah, é fatal. Am alguns casos estas formas se alimentam de rituais bárbaros, sangrentos, cruéis e, por simpatia, por lei de afinidade vibratória, acabam exigindo isto de seus operadores que o fazem de pronto sem qualquer resistência a vibração do plano trabalhado já que se tornam um só durante o ato, que tem início mesmo antes do ritual, pois a intenção e o preparativo já faz parte de tudo – “quando olhamos para o inferno, o inferno também olha para nós”.

Contudo, cumpre observar que a utilização do instrumento segue as Leis Universais e como uma arma serve para defender o cidadão ou um bandido cometer um assassinato, assim também ocorre no plano espiritual.

No plano positivo e, em nosso modo de trabalho, utilizamos os três nomes sagrados cabalísticos de Atziluth para compor o Triangulo da Arte ou seja: “Eheieh אהיה”, “Yah, יה O Infinito” e “Jehovah Elohim יהוה אלהים O Eterno”, O Nome de Michael também pode ser utilizado sem problemas.

A arma mágica é colocada no Leste, com o incenso da energia que se vai trabalhar a sua frente e, no momento de invocação ou evocação faz-se o signo do Gênio que se quer entrar em contato no espelho negro. Cumpre recitar os nomes sagrados relativos aos quatro mundos como já ensinado no Tomo III e traçar o ritual de invocação das energias pela estrela do pentagrama ou hexagrama conforme seja o caso.

Se quiser pode-se colocar o pentáculo no centro do triangulo ou sobre a mesa central entre os quatro elementos, já que já foi traçado o símbolo do gênio sob o espelho negro.

Tenho optado para colocar o Triangulo da Arte em pé e a fumaça do incenso e/ou o espelho negro em si ativa a clarividência para ver o que pretendemos, obter respostas, etc.

Caso:

Lembremos que o feiticeiro é escravo das receitas mágicas, mas o mago compreende a trabalha com as fontes universais adaptando-as as suas necessidades.

Então vamos lá: Inicialmente adquiri o espelho no mercado e fiz o ritual adaptado a cabala, mas alguma coisa estava errada. Trabalhamos com o instrumento e de algum modo liberamos alguma coisa maligna que por certo já vinha com o material, talvez tenha sido utilizada anteriormente na Goétia. Tanto Eu como uma amiga sensitiva nos demos mal com a experiência e durante toda a noite não tivemos paz, a perturbação continuou até que cada um de nós fizéssemos um trabalho de limpeza.

Peguei o instrumento, fechei em uma caixa e deixei em um quarto nos fundos por uns dois anos até que decidisse o que fazer, como controlar para que aquelas entidades não voltassem a nos incomodar.

Por fim decidi trabalhar novamente com o Triangulo. No dia do ritual fiz a consagração de vários pentagramas com seu ritual próprio e também utilizei os rituais para limpar o instrumento e por fim consagra-lo.

Usei um dos pentagramas de metal, consagrados, para ficar pendurado, de modo positivo, no centro do espelho e cobri o Triangulo com um pano preto de Binah. Agora, sempre que vou utilizar o instrumento, descubro o espelho e puxo o Pentagrama para cima. Deu certo, a arma mágica tem funcionado corretamente.

De qualquer modo me parece mais seguro manter o Triangulo fora do circulo mágico. No mais me parece sensato não se meter com entidades da árvore negativa ou egrégoras de tempos bárbaros para que as coisas não saiam de controle.

Abaixo segue o ritual de consagração do Triângulo da Arte:

TRIANGULO DA ARTE – CONSAGRAÇÃO

  1. Conjuração dos quatro
  2. Oração
  3. Oh Deus! Autor de todas as coisas boas, me fortaleça, esteja aqui, ilumina-me, Senhor!
  4. Ilumina este TRIANGULO DA ARTE para que ele(s) seja(m) consagrado(s) nos ritos da tua santa magia. Traga os teus espíritos angélicos para iluminar e abençoar este TRIANGULO DA ARTE “.
    1. Colocando uma mão em cima da ferramenta, diga:
  5.   “Você, oh criatura inanimada de Deus, seja santificada, consagrada e abençoada para o propósito magístico. Que nenhuma força maligna possa vir de ti e se o fizer que seja barrado e banido imediatamente. Pelo mistério figurativo deste TRIÂNGULO DA ARTE eu o usarei com os paramentos da Salvação na força do mais elevado.
  6. GABRIEL, RAFAEL, URIEL MICHAEL, que minhas vontades possam ser cumpridos pela vossa mão ó ADONAI! A quem pertencem o louvor e a glória para sempre e sempre mais! Amém!”