Você já deve ter tido a oportunidade de ir a um órgão público, banco etc. para tentar resolver alguma coisa e, então, lhe pedem um documento e depois outro e depois outro, parece que nunca acaba.
Que tal pedir a aprovação de uma planta na prefeitura e toda vês que você vai lá lhe exigem que corrija alguma coisa, e depois outra e outra. Mude a cota, agora coloque a área verde assim, o número da garagem, agora está outra cota, na planta de cima faça deste jeito…
Que tal financiar um imóvel na CEF? Traga estes documentos. Agora falta esta certidão. Está faltando o comprovante disto. Agora da vara de falências.
Bem agora venceu o prazo destes documentos e você terá que traze-los novamente atualizado.
Abrir uma conta para receber o salário parece fácil, mas conheço um rapaz que há três anos não consegue abrir sua conta. Sempre inventam alguma coisa.
POR QUÊ ISTO OCORRE?
Com a experiência de quem trabalhou por 28 anos no serviço público vou relatar o que sei sobre o assunto.
- Pessoas desqualificadas ocupando o cargo.
E mais comum do que se pensa a escolha de pessoas desqualificadas para ocupar cargos de chefia, direção nos Órgãos Públicos.
Diferentemente do que acontece na vida privada onde a má escolha pode resultar na falência da empresa, privilegiando-se a meritocracia, na vida pública quem define os dirigentes comumente não sofre qualquer prejuízo pelas suas escolhas.
Devemos lembrar que o Empresário que cresce geralmente já sentiu no bolso a consequência de suas escolhas inúmeras vezes.
No setor público há inocência e muita vaidade dos dirigentes, assim, basta ter um bom “relacionamento”, “saber agradar”, participar da “grei”, que todo o resto será garantido.
- Apadrinhamento, clientelismo
No serviço público ainda há muita gente que entrou pela porta dos fundos ao viés do político de plantão ou outra autoridade que está pouco se lixando para o que não preencha seus bolsos.
Sendo cargos provisórios e sem perspectiva as pessoas que o ocupam estão lá apenas para receber seus proventos no final do mês, tratando o contribuinte como o que realmente são para elas: Um incômodo.
Vele lembrar que seu lastro está no apadrinhamento ou seja, somente quem coloca é que tira, não restando qualquer autoridade aos Supervisores.
- Desídia, prevaricação
Quem ocupa um cargo ou função passa pelos mesmos problemas por inúmeras vezes, então é comum que se estabeleçam rotinas para resolvê-los. Assim, quando não o faz é por pura preguiça. Preguiça esta que acaba gerando inúmeros transtornos ao contribuinte.
O que custa elaborar uma planilha com todos os documentos necessários para um determinado fim.
Em muitos casos tenho a sensação de que o servidor faz de propósito só para humilhar o contribuite, seja pela falta de um sorriso, porque não é bonito, não foi com a sua cara.
Aliás neste ponto sugiro que sempre envie uma pessoa do sexo oposto a do servidor(a) com um bom “sex appeal”, pois o preguiçoso geralmente é também um pervertido…
- Chefia condescendente ou má fé
Entramos aqui na questão da desídia e prevaricação por parte da chefia, que seja por incompetência (isto mesmo, não sabem o serviço) ou por prevaricação – pretensão de perseguir, punir, impor “animus internus”.
Já tive a oportunidade de ensinar o serviço a meus chefes (seja má escolha ou que entraram pela porta dos fundos), vi até advogados não sendo recebidos por Juiz por pura birra.
Caixa Econômica Federal
Esta instituição tem o pior atendimento que existe. Não é só no Nordeste, pois vi também no sul. Então vou trata-la em separado.
Tenho bons motivos para acreditar que muita coisa rola por ali. Uma fruta azul toda bichada por dentro. Há parcas lembranças de gerentes tratassem bem uma pessoa que não fosse autoridade ou influente.
Aposto a experiência de 28 anos de serviço na frase abaixo.
Os funcionários de qualquer repartição são o espelho direto da chefia.
A CEF é ruim em seu atendimento porque sua chefia é péssima. Acrescida do interesse sem qualquer camuflagem de um banco capitalista.
É muito humilhante para qualquer cidadão tratar com esta instituição.
Sua causa vem principalmente do lastro político, de estar de posse do dinheiro de uma nação, de sua ligação com megaempresas que torna todo o resto muito pequeno…
O Minha Casa Minha Vida, plataforma do PT, é uma verdadeira romaria de rebaixamentos morais aos cidadãos e as pequenas empresas que não tem como financiar as vultuosas campanhas do Governo de plantão e assim conseguir as benesses da grande “grei”.
Então neste caso, a burocracia é utilizada para diminuir os financiamentos aos imóveis feitos pelas pequenas empresas em detrimento das grandes.
Aqui em João Pessoa, em 2013, a CEF deixou a mingua os pequenos por mais de seis meses, liberando quantias vultosas nos períodos que compreendiam o natal e o ano novo a megaempresas.
Então em instituições como a CEF o mal atendimento visa ao retorno dado pelos que interessam mas tem ainda outras questões.
Para ser promovido é preciso dar um retorno financeiro a instituição. Assim, quem faz grandes aplicações, seguro, etc é melhor tratado.
Um corretor me confidenciou que a CEF estava exigindo que os pequenos construtores deixassem o dinheiro parado na conta por pelo menos um mês se quisesse que sua documentação andasse. É isto mesmo, o Banco iria investir o dinheiro por um mês em seu nome e o correntista receberia um aperto de mão nada mais.
Outro corretor me confidenciou que estava liberando metade de sua comissão para fazer sua documentação andar.
Ai daquele que for contra o sistema. Vai para uma tal de lista negra.
A corrupção na CEF é muito difícil de ser controlada, já que muitas autoridades usufruem de suas benesses.
Sei de um Senhor que foi ao Ministério Público prestes a receber uma ligação que denunciaria uma quadrilha, um esquema e o então Promotor limitou-se a informar-lhe acerca dos procedimentos…
Que tal dividir o Banco em setores mais autônomos e separados ou passar atividade as outras instituições para melhorar o atendimento.
ou
TALVEZ SEJA A HORA EM PENSAR COMO ACABAR COM O BANCO ESTATAL E TORNAR A CEF AOS MOLDES DO BANCO DO BRASIL
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Inacio Vacchiano - Filósofo, jurista, jornalista, escritor, etc. 