Alguns meses após mudarmos para o Estado da Paraíba, Eu e minha Esposa fomos procurar um gastro para nos consultar pela UNIMED.
Acabamos no consultório de um médico que diziam ser o mais renomado do Estado. O “bam bam bam” como dizem. Um jovem cheio de títulos que a princípio nos atendeu muito bem.
Nos mandou realizar uma bateria de exames e endoscopia indicando seu laboratório para faze-lo. Fomos lá para a feitura do exame e tudo foi muito bem até terminarmos.
Posteriormente voltamos ao seu consultório para marcar um retorno para saber o resultado dos exames e pegar a receita dos medicamentos.
Minha esposa estava passando mal.
O médico não quis atender mais e marcou nova consulta para depois de seis meses.
Indignado liguei para o consultório e mandei avisar que caso ele não nos atendesse iria entrar com uma petição por crime de omissão de socorro, que posteriormente iria processá-lo por danos morais, materiais e junto ao CRM (na verdade deveria ser CRMV). Disse que teria o prazo que Eu levaria para elaborar a petição e que não ligaria de volta.
Em poucos minutos a secretária ligou e marcou para tarde a consulta.
O médico nos recebeu com cara de indignação e de vítima. Viu os resultados laborais e passou a receita.
Posteriormente entramos no assunto e o mesmo se queixou que recebia pouco da Unimed, e deu a entender que seu atendimento era um ato de caridade, uma esmola que dava aos pacientes.
Disse ao médico que não sabia quanto ele estava ganhando, mas que nós pagávamos caro pelo plano, que ele não era obrigado a fazer parte da cooperativa, que seria mais proveitoso protestar saindo da mesma do que negar atendimento aos pacientes que o pagam, mesmo de forma indireta, lesando-os. De outro modo as providências cabíveis seriam tomadas pela Unimed. Que o mesmo estava obstaculando a melhoria da instituição.
Ele fazia parte da Unimed, recebia o pagamento mas não queria prestar os serviços de forma adequada.
O médico disse que já havia sido processado e que ganhara as ações. Lhe respondi que só ganhou porque o advogado da vítima deve ter empurrado com a barriga o processo… Mas que se fosse comigo seria diferente já que nós mesmos redigimos a petição.
Na Paraíba temos observado a falta de caráter de muitos médicos que querem somente atender bem famílias tradicionais da região ou quem paga as consultas em dinheiro com boas perspectivas de ganho em futuras cirurgias.
Ouso a dizer que seriam capaz até de inventarem doenças para operar e tirar dinheiro de quem tem condições. São verdadeiros açougueiros de jaleco branco.
Grande parte dos médicos que tem alguma decência já estão em idade avançada. Uma boa prova disto é a reportagem abaixo que mostra um médico de 72 que foi para trabalhar em um jogo de futebol e morreu em campo.
Então fica a pergunta: Porque um médico de 72 anos foi convocado para prestação de socorro eventual em um jogo de futebol?
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Médico ‘reserva’ passa mal em campo e morre em jogo do Paraibano 2014
Partida era entre Santa Cruz-PB e Auto Esporte. Médico escalado para o jogo não foi ao estádio e substituto teve embolia pulmonar três minutos depois da bola rolar
O que parecia mais uma cena inusitada do Campeonato Paraibano de Futebol terminou em tragédia. Na noite desta quarta-feira, no Estádio da Graça, em João Pessoa, a partida entre Santa Cruz-PB e Auto Esporte atrasou em mais de uma hora por falta de médico em campo (o escalado para o jogo alegou uma enxaqueca e não compareceu ao estádio). A solução do time mandante foi chamar às pressas o médico da equipe, Dorivaldo Pereira, para assumir o posto. Ele chegou no local com 1h20 de atraso e o jogo finalmente pôde começar. Mas por apenas três minutos. Dorivaldo, que era cardíaco, passou mal e teve uma embolia pulmonar que evoluiu para uma parada cardíaca. Ele foi atendido pela ambulância no centro do gramado da Graça e levado em estado grave para a Clínica Dom Rodrigo. Mas morreu pouco tempo depois de dar entrada na unidade de saúde.
A partida em questão estava programada para começar às 20h30 e reunia os dois últimos colocados da 2ª fase do Campeonato Paraibano. Inicialmente, seria o médico Anuar Mohammed que ficaria na beira do campo, mas ele não foi para o Estádio da Graça. E sem um profissional de medicina na praça esportiva, como manda o Estatuto do Torcedor, o árbitro Euneres Inácio não autorizou o início do jogo.

(Foto: Rammom Monte / GloboEsporte.com/pb)
Começou então uma corrida contra o tempo por parte dos dirigentes do Santa Cruz. O árbitro deu um prazo de uma hora para que um novo médico chegasse ao local. E só quando faltava cinco minutos para o fim do prazo é que o diretor de futebol do clube, César Wellington, disse que um novo médico chegaria à Graça em 25 minutos. O árbitro resolveu esperar com o consenso dos dois clubes.

Dorivaldo Pereira, de 72 anos, chegou ao estádio às 21h50. Sorridente e sob aplausos da torcida, que chegou a festejar a sua chegada, já que só assim a bola poderia rolar. Já com bola rolando, ele chegou a sentar no banco de reservas do Auto Esporte, mas foi chamado para sentar no banco do time mandante.
Três minutos depois, contudo, ele começou a passar mal. Ficou pálido, teve dificuldades de respirar e suava muito. Foi imediatamente atendido pela ambulância, que “estacionou” no círculo central do campo, e logo em seguida levado à clínica. Sob protestos dos dirigentes do Santa, que sem saber da gravidade do caso queriam que o jogo tivesse continuidade, a arbitragem cancelou a partida.
A confirmação da morte do médico aconteceu menos de uma hora depois dele ter deixado o estádio. O filho do médico, Dorivaldo Júnior, informou que o velório de seu pai vai acontecer no município de Santa Rita, na casa dele. O corpo vai ser velado ao longo de toda a noite e vai ser enterrado nesta quinta-feira.
A família informou ainda que ele teve um problema parecido em fevereiro deste ano, mas que vinha se recuperado bem desde então.

(Foto: Rammom Monte / GloboEsporte.com/pb)
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