Já informamos em vários posts como a Caixa Econômica faz para forçar os clientes do Governo Federal (não da Caixa Econômica Federal), a população pobre, carente, indefesa, a fazerem seguros, títulos de capitalização, construcard etc ao adquirirem um imóvel pelo programa Minha casa Minha Vida.

Informamos como funciona parte do esquema de corrupção entre os engenheiros e o pessoal interno da instituição.

Vamos agora dar mais algumas dicas:

Bem, antes da assinatura dos documentos a CEF exige uma série de documentos inúteis para prorrogar os processos daqueles que não lhes interessa e sempre solicitando pouco a pouco. Então hoje falta alguma coisa, amanhã inventam de fazer uma inspeção inútil na obra, depois exigem documentos como:

ART: Exigido para que a prefeitura libere o alvará para construir o imóvel, se o imóvel já está registrado em cartório é porque teve esta licença assim como as próximas.

Licença de operação: Esta licença é obrigatória para se tirar o habite-se.

Habite-se: Sem o habite-se não se faz o registro no cartório. Assim, o documento original é entregue no Cartório de Registro de Imóveis e quem faz o registro fica somente com uma cópia.

Certidão Simplificada da Junta Comercial: Esta certidão exigida, não serve para comprovar absolutamente nada. Quando o imóvel é registrado em cartório todos os documentos exigidos já comprovam legalidade do registro que se torna perfeito e acabado. Assim o imóvel deve estar livre de ônus, desimpedido em todas as esferas governamentais inclusive relativos aos particulares. Caso isto não ocorra, o Cartório que registre um imóvel irregular responde por perdas e danos.

POR FIM A CAIXA SEGURA O DINHEIRO DE QUEM VENDE O IMÓVEL

Após tudo concluído e assinado o dinheiro vai para a conta, MAS FICA BLOQUEADO.

Isto mesmo fica bloqueado por uns dias, sem correr juros. Mas a Caixa ganha com isto, basta multiplicar o numerário, que é alto, pelas ocorrências e jogar no mercado financeiro.

Às vezes aparece que está bloqueado na tela do computador ou nos terminais, mas também fica bloqueado sem aparecer nada.

Então o vendedor comparece a agência para o desbloqueio e um gerente vem lhe atender.

Aqui começa as negociações.  São oferecidos, títulos de capitalização, seguro, abertura de contas “eles querem um relacionamento forçado – um estupro jurídico-econômico”, querem a qualquer custo parte do dinheiro do cliente do Governo Federal, etc.

Fica a forte impressão, uma imposição psicológica, de que o dinheiro não será liberado ou não será liberado tão fácil caso não se aceite algum produto ofertado pela Caixa Econômica Federal, ou inda que procedimentos de imóveis posteriores poderão ser dificultados, o que geralmente ocorre com quem não se “relaciona” com a entidade do jeito que eles impõe.

A Empresa ou pessoa física fica “queimada” em uma rede corporativa, refém de procedimentos obscuros.

Depois de feitas as transações o gerente informará que havia um erro do sistema e o dinheiro que antes estava em sua conta bloqueada, fica liberado.

Se qualquer dos funcionários, gerentes forem questionados sobre o assunto, vocês verão em sua cara aquela expressão de vítima, de quem não sabe do que se está falando.

Eles controlam todos os procedimentos sem observância ao princípio da legalidade e da transparência.

Uma das formas de resolver isto seria que todos os procedimentos estivessem à disposição do cliente na internet a partir do protocolo, com opção de baixa-los para o computador pessoal e que serviria como prova contra eles.

Com relação ao bloqueio interno dos valores não há o que fazer, já que ocorre de aparecer o dinheiro na conta, mas não o bloqueio.

Outra forma seria passar o financiamento para os Bancos Privados, eis que em razão da corrupção interna da CEF, ainda que pagando uma taxa a estas entidades, o dano seria muito menor…

08/05-2013: Adendo -> Fiquei sabendo que um construtor amigo nosso que vendeu 4 (quatro) apartamentos pela CEF foi obrigado a deixar o valor de 2 (dois) apartamentos em sua conta corrente parado, sob pena de seu dinheiro não sair tão cedo. Como ele sobrevive da construção civil aceitou os termos impostos pela CEF.

O Ministério Público precisa averiguar o tempo de demora para a burocracia em várias empresas. Observará que algumas empresas e mutuários receberão em tempo record enquanto outas se afundam em precedimentos obscuros.

Lembro-me de quando trabalhava na Justiça Federal que a CEF sempre contratava os advogados que ganhavam continuamente as demandas contra ela. Eles tem ótimos advogados que ajudam a dar suporte a todas estas falcatruas sem serem pegos…

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